As 12 Noites Sagradas – CÂNCER: a Mãe, o Bebê e a Parteira

cancerrE então chegamos a CÂNCER, o signo da MÃE e do FILHO.

(Se você não sabe o que são As 12 Noites Sagradas, clique aqui)

“Uma estrela brilha no céu emanando o seu brilho da Constelação de Câncer o portal do qual emanam as forças espirituais dos Querubins os Seres da Harmonia.”

“Foi a ação dos Querubins no início da evolução que criou o cinturão protetor de estrelas em volta do nosso sistema separando-o da totalidade macrocósmica.”

“Esta ação está expressa na própria configuração do tórax: as forças de Câncer configuram os doze pares de costela, o invólucro protetor físico do coração, o órgão da vida.”

“Os Querubins trazem o impulso para que as transições de um ciclo para outro ocorram de forma harmoniosa. Eles atuam na forma da espiral cujas forças vem do ciclo anterior, criam um invólucro e se direcionam para o próximo ciclo – em uma seqüência repetitiva, harmoniosa. Podemos observar estas espirais cósmica também em ciclos menores da natureza . São os Querubins que cuidam por exemplo que a semente do outono renasça como uma nova planta na primavera.”

“Na biografia encontramos também estas transições no nosso desenvolvimento que às vezes se apresentam de forma dramática como crises.”

“Nesta Noite Santa através do portal de Câncer recebemos os impulsos espirituais dos Querubins que nos trazem força para nos harmonizarmos com o novo e cria aconchego para que os momentos de transição ocorram de forma harmoniosa.” (1)

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Câncer – De um livro Medieval de Astrologia Wikimedia Commons

CÂNCER é o primeiro signo de ÁGUA. Água Cardinal. É um signo feminino, passivo, negativo. É regido pela Lua, o satélite que rege as mulheres e os sentimentos, justamente por isso, é o signo do SENTIR, o signo do pertencimento. A casa no mapa natal onde temos Câncer é onde ansiamos por PERTENCER, é onde precisamos de SEGURANÇA, sobretudo EMOCIONAL. Câncer é profundamente apegado à FAMÍLIA e às suas origens, seja ao lugar onde nasceu ou até mesmo à pátria, por isso mesmo o LAR é de importância primordial para o canceriano. E o que é o lar senão um outro útero, onde nos refazemos das labutas do mundo? O lar é onde buscamos proteção e refúgio e por isso tem tudo a ver com Câncer. Câncer também dá muito valor à HISTÓRIA e ao PASSADO, por isso se interessa muito por museus, arqueologia, História… E por isso ele é o signo da MEMÓRIA. Ah, e adora colecionar fotos antigas, normalmente tem montes e montes de álbuns de família (aliás, Câncer adora colecionar e tem grande dificuldade em se desapegar). Gosta de sentir que precisam dele, porque gosta muito de CUIDAR dos outros e de NUTRIR a família, os amigos, o parceiro, seja com comida ou com afeto. NUTRIÇÃO e cuidado são palavras-chave para o signo, que rege os seios e a amamentação, assim como o estômago.

A CRIATIVIDADE é uma das suas principais características, nascida da grande SENSIBILIDADE, da IMAGINAÇÃO muito fértil e dos sentimentos profundos e viscerais que o alimentam. É só dar uma olhada nas biografias e ver que muitos poetas nasceram sob o signo de Câncer. É COMPASSIVO e muito PROTETOR de tudo aquilo que lhe é caro. Às vezes também pode ser TÍMIDO, mal-humorado, DEFENSIVO e até apelar para chantagem emocional ou manipulação quando se sente ameaçado ou quando sente que está prestes a perder o objeto sagrado da sua afeição.

Câncer é extremamente reservado e CAUTELOSO diante de novidades, bem diferente de Gêmeos, que anseia por elas – aliás, o signo seguinte é sempre a antítese do signo anterior. Seu movimento é LATERAL, INDIRETO, TANGENCIAL, exatamente como o caranguejo, que dá nome ao signo. Aliás, podemos aprender muito da natureza de Câncer estudando e observando o caranguejo. Você alguma vez já observou um caranguejo na praia? Se tiver oportunidade não deixe de olhar. Esse crustáceo, que é o “animal” símbolo de Câncer e que inspirou o símbolo gráfico do signo, é capaz de ficar um longo tempo parado, olhando em volta, sem se mover, só observando. Quando tudo se aquieta ou quando ele acha que ninguém está olhando, ele sai em disparada, numa carreira decidida em direção ao seu objeto de desejo – tomara que não seja seu dedão do pé! – que ninguém nem sabia qual era. Quando ele agarra, não solta jamais. Suas patas são, na verdade, como pinças, que ele usa para agarrar as presas e simbolizam sua grande tenacidade. O bicho vive tanto na superfície quanto embaixo da terra, onde faz buracos que são suas tocas. Ele pode ficar muito tempo sobre a terra, mas quando se sente ameaçado dispara para sua toca e fica lá isolado por um longo tempo, até se sentir seguro para subir à superfície de novo. Ele não sabe nadar, apenas anda no fundo de rios ou mares e precisa de água, de lugares úmidos para viver. Sua carapaça é super dura e resistente, para proteger uma carne macia e delicada. Assim como as serpentes, ele “troca de roupa” várias vezes ao longo da vida, pois conforme vai crescendo, a carapaça fica pequena e se quebra naturalmente, surgindo outra por baixo. Ele tem ainda umas anteninhas que usa para captar cheiros e sabores, tanto no ar quanto na água, uma ferramenta que pode ser muito útil à sobrevivência, já que o avisa de possíveis predadores ou presas. Várias partes do corpo são cobertas por cerdas que são sensíveis ao tato.

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Câncer – Astrologia Medieval Reprodução de Wikimedia Commons

Praticamente tudo o que se refere ao caranguejo se aplica ao signo de Câncer: ele vai atrás do que quer de forma indireta, e raramente deixa os outros saberem no que está realmente interessado, até mesmo para evitar competição e rivalidade. Então, quando menos se espera, ele faz um movimento lateral, mas decidido, agarra a presa e não solta – a TENACIDADE desse signo é famosa! Por causa disso Marte está em detrimento aqui, porque Marte gosta e precisa que as coisas sejam diretas e objetivas e com Câncer nada é direto. Da mesma forma que o crustáceo, quando se sente ameaçado, Câncer se tranca no seu refúgio – o lar, doce lar – bate a porta do quarto e não abre para ninguém, seja porque está irritado e magoado ou porque está receoso de algo. Suas MUDANÇAS DE HUMOR também são folclóricas – lembre-se, é regido pela Lua, que a cada dia está diferente! Normalmente apresenta uma couraça dura, uma aparência talvez até meio fria a princípio. Mas não se engane, essa casca grossa é na verdade para proteger a enorme VULNERABILIDADE EMOCIONAL e a profunda SENSIBILIDADE. Da mesma forma que o crustáceo, Câncer tem “antenas psíquicas” que captam variações no ambiente e que o fazem adequar suas respostas e reações ou simplesmente se proteger em caso de perigos – os signos de água geralmente têm essas antenas psíquicas. Como a água, ele também assume as formas das coisas que toca, apesar de ser Cardinal, tem uma capacidade grande de se adaptar, moldando-se com facilidade às necessidades daqueles que ama, sem perceber que, às vezes, se anula completamente, tentando ser o que o outro quer que ele seja. Os signos de água são muito difíceis de definir, de compreender completamente, sempre haverá uma parte INACESSÍVEL, mesmo ao mais íntimo dos amigos. É muito afeito a abraços e demonstrações abertas de AFETO e SENTIMENTOS, sejam eles alegres ou densos.

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Câncer – Vitrais da Catedral de Chartres – França Reprodução Wikimedia Commons

Uma das grandes dificuldades de Câncer é o APEGO e a DEPENDÊNCIA EMOCIONAL que ele tem que combater vida afora e que o faz, eventualmente, apelar até mesmo para a chantagem emocional. Seus sentimentos abissais também podem ser esmagadores, o que o fazem entrar no MELODRAMA e ter dificuldade de se desapegar de coisas ou de pessoas – assim como o caranguejo, suas “pinças” psíquicas são super potentes, o que lhe dá uma grande tenacidade, para o bem ou para o mal.

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Cãncer – Guido Bonatti – Liber Astronomiae Reprodução – wikimedia Commons

Super APEGADO à MÃE, ele precisa, em algum momento ao longo da vida, cortar o cordão umbilical para conseguir se desenvolver como individuo adulto, maduro e separado e conseguir ter autonomia e auto-suficiência, a exemplo de Capricórnio, seu oposto complementar. Sobre esse laço poderoso com a mãe é o que tratam os mitos de Câncer, que exploramos abaixo.

Escaravelho – By I, Chrumps, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=2521547

Câncer é visto como o grande cozinheiro do Zodíaco, mas será que é só isso? E quais são seus mitos? Novamente recorro a Liz Greene em A Astrologia do Destino (2) para falar destes mitos. Para ressaltar a fonte e os créditos deste texto, que é uma tradução livre e resumida do original, os parágrafos seguintes estão em itálico. Ela começa sua exploração da simbologia do signo por falar de uma das imagens mais arcaicas associadas com Câncer, que é a do escaravelho, um besouro que é símbolo de imortalidade – os egípcios o viam como um besouro empurrando uma bola de esterco e para eles o escaravelho era uma imagem da auto-criação, acreditava-se que ele surgia daquela bola de esterco – que é na verdade o meio adequado para que as larvas se desenvolvam. Os Caldeus diziam que através de Câncer os homens desciam das esferas celestiais para a encarnação, então chamavam ao signo de “O Portão dos Homens”. Alguns textos gregos antigos diziam que era Câncer e não Áries quem abria o Zodíaco, que era o signo primeiro da roda. “Isso está de acordo com a idéia que representa a primeira aparição da vida, a entrada do espírito num corpo físico. A cúspide da quarta casa, a casa natural de Câncer, tem sido associada com o fim da vida; aqui é vista também como o começo, pois este é o ponto do Sol à meia-noite, quando o velho dia morre e um novo dia nasce”, diz Liz Greene, sendo assim, é a própria semente e fonte da vida – o que liga o signo não só à Mãe, mas também ao Pai porque aqui não falamos apenas da saída do útero, mas da própria semente espiritual que fecunda o óvulo e que inicia a vida.

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A Grande Mãe – Escultura neolítica de Cuccurru – Museu nacional de Arqueologia – Cagliari – Itália – Reprodução de Wikimedia Commons

O caranguejo aparece num dos trabalhos de Hércules, aquele em que ele mata a Hidra de Lerna. Antes que ele conseguisse vencer a batalha, ele quase a perdeu porque Hera, a mulher de Zeus e sua antagonista – Ela odiava todos os filhos bastardos do marido – enviou um caranguejo, que  “mordeu” seus tornozelos e pés, quase fazendo-o perder a batalha. Mas Hércules conseguiu finalmente pisar nele e esmagá-lo. Para honrar a criatura, Hera o colocou nos céus como a constelação de Câncer. A ira de Hera, diz Liz Greene, não é só a ira da esposa traída que odeia a prole ilegítima do marido. É principalmente a ira do matriarcado contra o herói que ameaça suas regras. Este é um dos temas principais de Câncer, a batalha contra a mãe e A Mãe, a luta pra sair de seu abraço sufocante e debilitante, que tenta evitar que o filho cresça e se torne independente dela. Permanecer nos braços e no colo da mamãe é profundamente tentador, mas em ultima instância pode significar a morte psíquica porque o individuo nunca será inteiro, maduro e separado enquanto não se libertar desse poderio. A Grande Mãe arquetípica, por vezes, prefere destruir seu filho a permitir que ele escape de seu domínio. O caranguejo e a Hidra são aliados e o caranguejo usa das táticas indiretas, vindo por trás, ao invés de confrontar a Hercules abertamente – esse é um aspecto sombrio de Câncer, diz Greene, onde o parceiro abertamente oferece amor e suporte, enquanto secretamente tenta minar a autoconfiança do outro nos seus momentos de luta, exatamente para que ele não se torne independente. Então há duas dimensões de Câncer: a Mãe Terrível, que quer controlar a consciência do filho a todo custo, e o Pai Divino, que é a fonte da vida e a quem o herói deve aspirar para se livrar do domínio primitivo da mãe.

Outra imagem citada por Greene é a Uroboros, a Grande Serprente Cósmica que come a própria cauda devorando a si mesma para depois dar à luz a si própria novamente. A Uroboros é um dos símbolos mais antigos da origem do homem e do universo, o elemento criativo primal, o oceano do inconsciente coletivo, como disse Jung. Câncer, pois, representa esse útero materno, que traz a união do masculino e feminino, a fonte eterna de vida e da criação. Greene diz que o clássico “Complexo de mãe” associado a Câncer, não se refere necessariamente à mãe biológica, embora ela possa ser um gancho adequado da projeção da Mãe Arquetípica. Esse complexo faz a pessoa buscar, vida afora, a imagem da mãe em parceiros afetivos, buscando alguém que “cuide” dela como a mãe, ou ao contrário, procurando alguém para cuidar,  pra ser seu “bebê”. Obviamente isso não é um complexo consciente, senão não seria um complexo.

Ouroboros numa parede do Castelo de Ptuj (Eslovenia) – foto de Johann Jaritz – Reprodução de Wikimedia Commons

Tiamat, a serpente-monstro da mitologia Babilônica também é parte da mitologia de Câncer. Ela teve muitos filhos e começou a devorá-los, mas seu filho Marduk, um deus de fogo e herói solar, a matou antes, repetindo o tema do filho que precisa “matar”  (psiquicamente) a mãe para poder se individualizar.

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By Roberto.Amerighi – Own work, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=42395496

Uma outra imagem associada a Câncer é a da Parteira, aquela que ajuda a trazer vida nova ao mundo, que funciona como portal, que media a chegada da nova vida. Assim, artistas de áreas diversas funcionam também como “parteiras” ao trazerem à vida as imagens informes dos reinos oceânicos, que anseiam para serem manifestas, seja na forma de uma criança, seja na forma de uma composição ou obra de arte.

Há muitos outros mitos e imagens que falam deste signo e de sua qualidade primal, além de sua infinita criatividade, que muitas vezes se manifesta de forma mais óbvia apenas no desejo da maternidade ou paternidade. Porém nosso objetivo não é esgotar essas imagens e mitos, apenas trazer presente os temas básicos do signo. Greene diz que “a imagem da Grande Mãe ou Grande Deusa permanece como uma força das mais poderosas vida afora na trajetória do Canceriano. E esse laço super-poderoso pode paralisar tanto homens quanto mulheres e os amarra de tal maneira que o potencial individual é afogado. O lado luminoso é o potencial de mediar, como a parteira, as imagens do inconsciente. A questão da separação é um rito de passagem dos mais importantes para Câncer e tem que ser feito, sob pena de o filho permanecer para sempre um infante preso ao poder da Mãe. Como o caranguejo, que tem que ficar perto tanto da água quanto da terra, Câncer é levado a ancorar-se no mundo concreto com um pé eternamente na água, assim, ele pode finalmente se tornar o útero através do qual as crianças do mar podem nascer.”

Os Arquétipos e figuras de Câncer são:

A Mãe e o filho, O Bebê, A Parteira, O Cozinheiro, O Poeta, O Nutricionista, O Lunático, A Grande Mãe

A Sombra de Câncer está ligada, primeiramente, ao signo oposto, Capricórnio. Câncer precisa aprender com a Cabra, como ser independente e autossuficiente, como desenvolver maturidade emocional e como se responsabilizar por si mesmo sem esperar que os outros tomem conta dele. Quando muito negativo Câncer pode se endurecer mais do que Capricórnio e negar os próprios sentimentos, para se defender deles. Outra parte da Sombra deste signo, você adivinhou, tem a ver com os jogos de manipulação a que ele recorre para evitar separações, para manter o objeto de sua dependência por perto. Liz Greene (4) lembra que ele às vezes expressa verbalmente parte dessa sombra, sem se dar conta, ao dizer que “é melhor que algumas coisas não sejam ditas”. Mas, diz ela, não é que ele seja cego, porque ele é muito bom em ler as subcorrentes.

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Deutsche Fotothek Astrologie & Sternzeichen & Kalender – Cancer – Reprodução Wikimedia Commons

De acordo com Greene, outra faceta surge no criticismo destrutivo, aquele que vem disfarçado de elogio e que se for confrontado, será negado veementemente: “Imagina, jamais quis dizer isso!” Sim, ele não quis dizer, mas disse! Inconscientemente ele realmente acha tudo o que verbalizou. O lado luminoso é compassivo, sensível, gentil, cuidadoso… Mas por dentro ferve muito ressentimento por tudo o que ele vem fazendo por você e por todos os outros, todos os sacrifícios e tudo o que ele fez e deu a você, sem nenhum reconhecimento e=ou retorno! Com o tempo esse ressentimento vira aquele criticismo destrutivo, a ofensa disfarçada de cuidado. Sim, como diz Greene, esta Sombra pode ser fria, gélida, cruel, dura e implacável, mais do que qualquer Capricorniano poderia sonhar. E o que ele pode fazer para trabalhar isso é não se sacrificar tanto, não fazer tanto, especialmente quando ninguém pediu nada! Na sua ânsia de ser necessário ele faz demais, assim outros ficam lhe devendo afeto, companhia, o que seja…

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Jacob Jordans – Cancer – Reprodução de Wikimedia Commons

Por último, Greene adiciona a mania de repetir informações sem checar as fontes ou a veracidade dos fatos, e quando manifestando essa faceta negativa, torna-se um fofoqueiro mais maldoso do que o Geminiano, porque por trás do “dizem que”, “ouvi dizer”, “falam por aí”, há muito veneno destilado e novamente o preconceito, que ele compartilha com Touro, e que, por sua vez, nasce do medo do novo, do desconhecido e do que é de fora, estrangeiro… Isso tudo é uma estratégia de defesa e auto-proteção. Como toda sombra, ele não está ciente dela e ela vaza em momentos de distração. A melhor forma de lidar com a sombra é confrontá-la, se possível, gentilmente porque a pessoa objeto de tais indiretas e manipulações aos poucos vai também ficando ressentida e envenenada e se isso não for ventilado e trabalhado honestamente dentro da relação, este relacionamento está fadado a morrer. Mas às vezes, diz Liz, o melhor mesmo é ignorar. Cada situação é única e as pessoas vivendo o enredo é que sabem qual a melhor atitude a tomar.

By National Bank of Belarus – https://www.nbrb.by/, Public Domain, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=54638159

Meditação para Câncer

Essa meditação é tirada de um livro de Elisabeth Broke. Faça-a num lugar onde não vá ser perturbado por pelo menos 20 minutos. Deite-se no chão de forma confortável e solte qualquer peça de roupa que esteja apertada. Respire profundamente várias vezes e se auto-induza a um relaxamento. Relaxe corpo e mente. Volte sua atenção para dentro de você mesmo. Afunde dentro de você mesmo…  Mais fundo, mais fundo… Veja-se como você era dez anos atrás… Visualize as roupas, o corte de cabelo, o que estava fazendo então naquele momento da vida… Tenha uma imagem bem vívida de você mesmo nessa época. Então, volte mais dez anos e repita o processo… Tome tempo para realmente SENTIR essa idade… Vá voltando de dez em dez anos, repetindo o processo, até chegar ao ponto em que era um bebê nos braços da sua mãe. Olhe nos olhos dela, sinta o amor profundo da sua mãe por você. Deixe seu olhar doce banhá-lo inteiro e inebrie-se com esse sentimento… Sinta se há algo que você gostaria de dizer a ela, e diga, de forma extremamente respeitosa e reverente. Agora volte mais um pouco, até o útero, quando você era um com sua mãe. Sinta-se nadando nas águas do útero, no líquido amniótico. Escute, há um tambor batendo, bum-bum! Bum-bum! Bum-bum! Que ruído é esse? Escute atentamente, é o coração da sua mãe, batendo em uníssono com o seu! Sinta o que ela está sentindo. Ela está feliz, preocupada, nervosa? Por que? Consegue compreender agora por que ela agiu como agiu tantas vezes? Sinta-se novamente envolto pelas águas e apenas aproveite esse idílio e essa união perfeita, esse momento de paraíso! Agradeça à sua mãe (e junto, a seu pai) pela vida que ela lhe deu, agradeça profundamente. Gradativamente vá voltando ao presente. Se achar dificuldade pra voltar, faça o caminho inverso: visualize-se quando bebê, depois aos 10 anos, depois aos 20, etc. Até chegar à sua vida atual, ao seu quarto. Respire fundo e sinta seu corpo. Abra os olhos e escreva suas impressões. (3) Se quiser pode escrever uma poesia, desenhar, pintar, compor uma canção…

Música para CÂNCER

Amanhã é dia de LEÃO!

Fontes:

(1) Edna Andrade, em Festas Cristãs

(2) Liz Greene – A Astrologia do Destino

(3) Liz Greene – Astrology for Lovers

(4) Meditação retirada de A Woman’s Book of Shadows – Elisabeth Broke

(5) Sue Tompkins – The Astrologer’s handbook

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Maria Eunice Sousa é astróloga de orientação psicológica, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene. Mora em Cuiabá, onde atende com Astrologia, trabalhando também como tradutora e intérprete (Inglês-Português). Além de Mapa Natal e Revolução Solar, também atende com Astrocartografia e Espaço Local (formada pelo Kepler College), Mapa Infantil, Mapa de Relacionamento e Mapa Vocacional.

3 thoughts on “As 12 Noites Sagradas – CÂNCER: a Mãe, o Bebê e a Parteira

    • 11 de janeiro de 2016 em 15:24
      Permalink

      O que você quer dizer com “evidências”, Giuliano? A evidência com que trabalhamos é a subjetiva. Estamos falando aqui de arquétipos. Um signo é um arquétipo e nenhuma pessoa é um arquétipo. Nenhuma pessoa é um signo puro. O arquétipo se manifesta em situações diversas mas a pessoa, embora possa vivenciar a experiência do arquétipo em momentos diversos, ela não é isso e também nenhuma pessoa traz apenas os arquétipos do signo solar, visto que no mapa natal trabalhamos com pelo menos 11 corpos celestes, mais os ângulos. Astrologia é mais do que horóscopo de jornal. A Astrologia natal trabalha com subjetividades e a pessoa se “reconhece” ou não dentro da psicologia do signo. Ela percebe ou não que os arquétipos são pertinentes à sua vivência.

      Resposta
  • 7 de janeiro de 2018 em 23:57
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    Boa noite amada!
    Fiz esta leitura, e olha, foi custosa. Sai totalmente da minha zona de conforto. Câncer não aparece no meu mapa natal.
    Antes de começar a dizer como foi meu processo nessa meditação, preciso dizer: Tivemos uma Lua cheia no primeiro dia deste ano, estou sentindo de seu artigo sobre este momento marcante e inicial de 2018. Não é uma cobrança, mas é que toda lua cheia e lua nova venho no seu portal para me situar nos trânsitos planetários. Continuo no aguardo.

    Agora vamos lá. Como eu ia dizendo…foi inédito para mim. Quase não me pego pensando em câncer. O lado escuro da lua é o que mais me clareia. E agora cá estou eu nesta noite sagrada.
    Para buscar referências no meu dia, preciso me esforçar, pois acho que teve pouco de câncer.
    Mas escolhi três fatos:
    a) Hoje quando acordei – antes de beber o primeiro copo de água e escovar os dentes – comecei a conversar com minha mãe, sobre coisas da minha vida, de minha postura, meu fechamento de corpo, meu processo de meditação, minha ligação com a natureza, anjo da guarda… coisas que ela geralmente não bota muita fé. Hoje ela botou, ouviu, atenta e curiosa, interessada em mim. Conversamos por horas sem nenhum desentendimento. Isso foi muito bom pois ela geralmente é fria e acha que eu não preciso dela para nada, “desmamei cedo”.

    b) Minha mãe nunca nesta vida me deu flores. Pelo contrário, já plantei inúmeras roseiras para ela, já trouxe buquês, já colhi flores na mata para presentea-la…e hoje eis que tive uma surpresa: minha mãe trouxe um buque de rosas brancas selvagens crescidas naturalmente em um canteiro perto da chácara que ela trabalha. Achei magnífico, fiquei cheirando as rosas a noite toda, foi ótimo. Achei isso simbólico, logo ela, ariana com lua em leão, rude, fogo, explosão, braba. Foi tão dócil.

    c) Hoje falei sobre gravidez aqui em casa. Disse sobre eu engravidar e ter filhos, não gostaria disso pois não me imagino mãe, sinto vontade beliscar minha barriga pq minha pele não deve esticar o suficiente para ser morada de outra criatura. Não sei, meu chakra uterino se estressa ao pensar nisso; enquanto ao mesmo tempo tenho uma atração profunda por pensar noutro coração batendo dentro de mim. Desejo e repulsa. Como entender? Minha mãe me entendeu!

    Será que isso tem a ver? Ou será que estou forçando uma relação, um arquétipo? Nos outros dias senti maior presença factual das energias astrais. Câncer é meio tímido em mim. Não sei andar de lado como um caranguejo. Minha cabra é forte! A lua não me mostra onde ir, ela me mostra onde não devo estar. Meu bercinho teve prazo de validade, não durou muito tempo. Não sei lidar muito bem com esta energia canceriana. A meditação inclusive me assustou um pouco, confesso que não fiz. Mas prometi que hoje vou dormir na cama com minha mãe. Deixei um bilhete de boa semana para ela perto das flores brancas que ela trouxe para mim.
    Sigo no programa das 12 noites.
    Amanhã é leão, fixo!!! Brado retumbante (=
    Abraço de quem vai dormir com mais dúvidas do que certezas.
    (mas vou dormir com mamãe rs)
    Letícia.

    Resposta

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