A Semana Astrológica

Semana de 13 a 19 de junho – Trazendo expansão, crescimento e transição, a semana vem com a força do Quarto Crescente, mas também nos força a reconhecer os limites da realidade em que vivemos.

O Sol protagoniza boa parte da ação do período, ao fazer quincunce a Marte, sextil a Urano e quadratura a Quíron em Peixes. A falta de sincronia e o embate entre o Rei (Sol) e seu embaixador (Marte) está super irritante porque o acordo parece impossível de ser alcançado, um fala pau o outro pedra; os valores são díspares por demais… O ciclo de retrogradação de Marte vai chegando à sua conclusão – pelo menos da parte mais óbvia – e Marte já desacelera para estacionar em 29 de junho. Os próximos dias irão requerer muito jogo de cintura para harmonizarmos nossos planos e sua correta execução, que estão aparentemente em desajuste. Planejamos tudo de forma desapegada, objetiva e lúcida, mas parece que esquecemos que, humanos que somos, estamos sujeitos a paixões, instintos, emoções traiçoeiras e oscilações de ânimo e da energia, que talvez comprometam a execução dos objetivos desenhados com tanta aplicação. Devido a isso, ainda há muita irritação e desassossego no ar, demandando auto-vigilância e boa gestão da própria agressividade. Tudo vem para o nosso crescimento e maturidade.

Mercúrio ingressou em Gêmeos, uma de suas casas, onde fica super confortável, tão confortável que às vezes se torna mais peralta e traquinas ainda. Nesta semana faz sesqui-quadratura a Plutão em Capricórnio e fica em orbe de oposição a Saturno em Sagitário, aspecto exato na semana que vem. A mente está ágil e super afiada, mas aqui e acolá o inconsciente dá o ar da graça e tanto movimento, inquietude e perspicácia podem cobrar um preço e enfatizar os blues Geminianos, e a oscilação de humor (especialmente para os Geminianos de Sol, ASC ou Lua) pode ficar mais acentuada… Urge investigar do que fugimos em nossa tão grande e tão perseguida mobilidade. De qualquer maneira, Mercúrio em Gêmeos está em ótima forma, mais serelepe do que nunca, propiciando destreza, sagacidade e perspicácia à mente, que dá pulos e cambalhotas, voa cá e lá, aprontando todas em meio às descobertas que vamos fazendo nessa semana de impulso e crescimento.

Vênus Triufante - William A. Bouguereau - Reprodução
Vênus Triufante – William A. Bouguereau – Reprodução

Vênus dá um último voo na liberdade aérea de Gêmeos e mergulha fundo da densidade de Câncer. Antes, porém, precisa lidar com o descompasso com seu par romântico, Marte, retrógrado em Escorpião e ainda com as feridas e fragilidades representados por Quíron, embates que ocorrem já na segunda-feira. O início da semana fica, pois, suscetível a algumas rusgas nas relações, que podem funcionar como motivo de maturação e estreitamento dos laços ou de mágoas e desentendimentos – tudo depende de como nos conduzimos neste campo. Já em Câncer Vênus se expressa de modo mais romântico e sensível e a intimidade fica mais favorecida nas relações. É um signo mais tradicional e conservador, necessitando de maior vinculação emocional, ao contrário da Afrodite livre Geminiana. Vênus ingressa em Câncer na sexta-feira, dia 17, onde fica até 12 de julho, quando entra em Leão.

Marte recebe quincunces de Vênus e do Sol, mas também faz um quincunce a Urano em Áries e como Sol e Vênus estão em sextil a Urano, Marte vira foco de um Yod-Dedo de Deus, uma configuração imprevisível em sua manifestação e classicamente associada com acidentes e fatalidades dependendo de alguns fatores no mapa natal. Assim, precisamos atentar para evitar ações precipitadas ou imprudentes, nascidas da incongruência entre nossos verdadeiros desejos e aquilo que o ego acha que tem que ter/fazer a qualquer custo. Autorreflexão faz-se essencial.

Mas o principal movimento da semana é a quadratura Saturno-Netuno, que ocorre no sábado, 18, a segunda de uma série de três – a primeira foi em 26 de dezembro e a última acontecerá em 10 de outubro. Já escrevi sobre esta quadratura Saturno-Netuno aqui, mas, em resumo, ela fala de um momento difícil de lidar com nossas ilusões; nossos castelos de areia são levados pela maré porque careciam de estrutura sólida e firme. Esse momento em que os véus são retirados de nossos olhos e vemos as coisas como elas de fato são pode ser um momento doloroso, em que nos sentimos fracassados e desalentados e isso, num plano coletivo, porque a quadratura representa, exatamente, um momento social. Portanto, em linhas gerais, esta sensação de desesperança é algo que todos sentimos no período desde dezembro de 2014 até dezembro de 2016, aproximadamente. Entretanto, longe de nos deixar abater pela desesperança, precisamos levantar a cabeça e aprender com nossos erros, crescer com nossos equívocos e escolhas erradas. Saturno-Netuno é um aspecto que também promete a realização de grandes sonhos, quando nos alinhamos com sua significação mais elevada e deixamos que as ilusões se fragmentem. É um aspecto que fala de perdas necessárias, que propiciam maior maturidade. Em termos práticos, essa quadratura cíclica representa a dissolvição de governos, confusão política e social, engôdos, crises nos sistemas religiosos, políticos e financeiros; também pode representar epidemias e doenças infecto-contagiosas, uma vez que Netuno dilui a eficácia das fronteiras de segurança simbolizadas por Saturno. Esta quadratura ocorre com os dois planetas retrógrados, o que significa que ambos estão no ciclo de oposição ao Sol, um período em que algo emerge do inconsciente, para ser assimilado pela consciência e pelo ego. A oposição Sol-Saturno já ocorreu agora no início de junho; a oposição Sol-Netuno acontecerá somente em setembro, quando o Sol estiver em Virgem. Assim, a despeito da sensação de confusão generalizada, se tivermos paciência e permitirmos a dissolvição da rigidez e nos permitirmos sentir a incerteza sem precisar agir sobre ela, em algum momento poderemos enxergar um pouco de sentido no caos aparente à nossa volta, algo se cristalizará e poderemos avançar um pouco mais no entendimento de nós mesmos e também do mundo; dos ciclos (necessários) de construção e desconstrução de que consistem a vida.

A Lua viaja super lenta na fase do Primeiro Quarto: começa a semana em Libra e torna-se Corcunda em Escorpião na quinta-feira. Está grávida de muitas promessas, que serão paridas na Lua Cheia do dia 20, segunda-feira, a segunda Lua Cheia em Sagitário deste ano – algo não muito comum, termos duas Luas Cheias consecutivas no mesmo signo – uma Lua Cheia que será menos tensa do que a anterior, que ocorreu conjunta a Marte retrógrado. A partir de agora o ciclo lunar se ajusta no eixo zodiacal, ou seja, passamos a ter a Lua Nova num signo seguida da Lua Cheia no signo oposto da mesma polaridade, de modo que no próximo ciclo, por exemplo, teremos a Lua Nova em Câncer e a Lua Cheia no signo oposto, em Capricórnio. Nos meses anteriores (desde março/2015) essa ordem estava invertida, primeiro tínhamos a Lua Cheia e duas semanas depois tínhamos a Lua Nova no signo oposto da polaridade – mais ou menos como comer a sobremesa antes do jantar…  A Lua será Cheia na segunda-feira, dia 20 de junho, às 08h02min no horário de Brasília e às 12h02min no horário de Lisboa, a 29°32 de Sagitário.

SEGUNDA-FEIRA, 13 – A Lua está em Libra separando-se de um trígono a Mercúrio, recém ingresso em Gêmeos. À noite ela se irrita com Netuno em Peixes, que está estacionário para entrar em retrogradação hoje, partir das 17h43min. Dona Lua ainda conversa harmoniosamente com Saturno em Sagitário. Vênus em Gêmeos está em quincunce pleno a Marte retrógrado em Escorpião, que é foco de um Yod-Dedo de Deus, já que também faz quincunce a Urano, que recebe sextil de Vênus. Vênus também faz quadratura a Quíron, exata hoje. A semana começa dinâmica e relativamente animada. Sentimos necessidade de harmonia e a buscamos de toda maneira possível. Contudo, há momentos em que nos sentimos fora de ritmo, um tanto isolados, querendo mais contato e socialização. O problema é que nem sempre a socialização flui, uma vez que em nosso afã de interagir, talvez ignoremos que o outro pode estar em outro clima, desejando solitude. Assim, temos a sensação de falta de sincronia, seja interna, seja com o mundo. É bom lembrar que o comportamento ou reação do outro não pode determinar nossas atitudes, nem mesmo nossos sentimentos.

O dia está propício para percebermos essas diferenças de tempo, o nosso tempo e o tempo do outro; o fato de, às vezes, esses tempos estarem dessincronizados não quer dizer que haja, necessariamente, um problema, precisamos apenas respeitar e esperar até que as coisas se ajustem e estejamos, de novo, no mesmo ritmo. É provável que a taciturnidade do outro não tenha nada a ver conosco – e vice-versa – portanto, nada de ficar em cólicas, ansiosos, pensando onde nós erramos. Em termos afetivos, o dia está meio contraditório. Parte de nós quer flanar e voejar por aí sem laços nem embaraços, mas tão logo nos lançamos neste movimento, o outro lado se ressente da falta de intimidade profunda com a/o parceira/o, que por sua vez, pode se sentir abandonado e esteja, também, um tanto ressentido, ciúmes acionados. Concretamente, essa influência pode até se manifestar como pequenas ou grandes rusgas entre os casais, causadas exatamente por esse descompasso dos tempos diferentes e do dilema comum da liberdade versus intimidade ou ainda, o dilema entre se entregar ou se proteger por medo de se magoar. Um quer ficar junto, o outro quer estar a sós ou fazer outras coisas mais livremente… Uma boa conversa, de forma madura e amorosa pode esclarecer estes impasses – o único problema é que a DR tem que ser bem conduzida, para que cure, ao invés de aprofundar a ferida e o abismo entre um e outro. Também não podemos resvalar na culpa por sentir o que sentimos, tampouco culpar o outro pela diferença de ritmo, pois isso tornaria um pequeno desarranjo num bicho de sete cabeças – e ninguém quer chegar a esse ponto, certo?

TERÇA-FEIRA, 14 – O Sol está em sextil pleno a Urano. O Mercúrio Geminiano faz sesqui-quadratura a Plutão em Capricórnio, que recebe também a quadratura da Lua em Libra. A Lua ainda faz oposição a Urano em Áries e desentende-se com Mercúrio, mas se harmoniza com o Sol. Netuno está, definitivamente, retrógrado. Dia causticante e cheio de desafios, mentais, emocionais e concretos. Mas é uma energia dinâmica, de ação e resolução, que precisa sair do pingue-pongue mental para a decisão e atitude no mundo objetivo – decisão e ação que ocorrem, principalmente, no âmbito dos relacionamentos. Precisamos atender nossa necessidade de harmonia e equilíbrio, de parceria e socialização, sem no entanto, comprometer nosso amor próprio e o desejo por autonomia, muito menos, sem comprometer a verdade e nossa integridade interior. Há muita tensão no ar, mas é uma tensão criativa, que nos impulsiona a fazer escolhas e caminhar decididamente, em vez de hesitarmos no meio do caminho. No meio de tudo talvez nos sintamos visceralmente divididos, tendendo a achar que o anseio premente por autonomia implique em eliminação ou diminuição da cumplicidade com o outro, porém, isso não precisa ser assim. Se aceitarmos nossa ambivalência interna termos condições de achar saídas inteligentes e perceber que a admissão de um sentimento ou necessidade não implica, necessariamente, na exclusão ou supressão de outros. E se podemos conter nossas ambivalências e permitir que coexistam dinamicamente dentro de nós, podemos também achar soluções para os dilemas aparentemente sem saída que nos oprimem.

QUARTA-FEIRA, 15 – A Lua Libriana se afina lindamente com sua dispositora, Vênus, que trafega os últimos graus de Gêmeos e fica vazia logo depois, às 04h01min. A Lua ingressa em Escorpião às 10h19min de onde logo se indispõe com Mercúrio em Gêmeos. O Sol Geminiano hoje faz quadratura exata a Quíron em Peixes e quincunce, também exato, a Marte em Escorpião. Saturno está muito próximo da quadratura exata a Netuno. Sono mais tranquilo, despertar harmonioso, embora estejamos um tanto meditativos… Meditamos na complexidade da vida, com suas tramas intricadas de dor e alegria, de beleza e terror… O Sol Geminiano, normalmente leve e descomplicado, hoje se depara com com essas questões inextrincáveis, incompreensíveis para a mente racional que quer ver tudo de forma límpida e direta. Como explicar o inexplicável? Como achar sentido naquilo que não tem sentido, que escapa ao entendimento? Porque tanto sofrimento e pesar? Porque também são parte do tecido da vida e nós, bichos “racionais” precisamos aceitar, mesmo que não compreendamos. O dia fica colorido de uma melancolia indefinível, que por vezes se alterna com cinismo, quando dizemos a nós mesmos que não nos importamos com nada disso, que assim é a vida, que não nos atinge. Mas por dentro sabemos que estamos mais sensíveis e duvidamos de nós mesmos e dessas certezas cínicas. De toda forma, a insegurança e dúvida que carregamos não deve nos acabrunhar ou nos derrubar no solo, deve antes, nos humanizar e nos fazer perceber que somos humanos e na dor todos somos iguais… Essa incerteza que nos torna vulneráveis, pode também nos aproximar uns dos outros, se assim permitirmos. Do contrário, poderá ocorrer o oposto. Quíron, na busca de encontrar a cura para si mesmo e sua ferida, desenvolveu muitos remédios que beneficiaram a outros, embora ele mesmo nunca tenha se curado. Ao invés de tornar-se amargo, tornou-se ainda mais benigno e compassivo, ajudando àqueles que podia. Esta é uma lição que deve ser apreendida do mito: o não se deixar amargurar quando nos deparamos com nossas imperfeições intransponíveis, ao contrário, deixar que elas nos aproximem mais dos outros iguais a nós.

QUINTA-FEIRA, 16 – De Escorpião, a Lua faz sesqui-quadratura a Quíron e também ao Sol, entrando na fase Corcunda. Mais tarde ela faz trígono a Netuno em Peixes e sextis a Júpiter em Virgem e Plutão em Capricórnio, ambos em trígono. O dia está denso e propenso à introspecção, mas essa introspecção é benéfica porque nos permite elencar nossos recursos e nos orientar de maneira mais focada na direção de nossos propósitos e interesses. Buscamos agregar valor ao nosso trabalho, tarefas e atividades em geral, agregando também sentimento e paixão, de modo que nos concentramos com gosto e vigor naquilo em que nos engajamos, decidida e comprometidamente. O dia está mesmo favorável ao trabalho concentrado, à execução cuidadosa de tarefas que exijam apuro e foco. A cumplicidade, seja afetiva ou amigável, também pode dar maior sentido  àquilo que fazemos e juntos descobrimos formas mais simples, porém mais efetivas e mais coordenadas de fazer as coisas. Acuracidade, feeling e intensidade nos fazem sentir muito vivos de novo e nos levam a testar alguns de nossos limites e nos aprofundarmos porque hoje não queremos a superfície, respiramos fundo e apenas mergulhamos, abraçando o desafio do dia! Que venha a vida, suculenta como fruta madura! Doce ou ácida, degustaremos até o fim!

SEXTA-FEIRA, 17 – É dia de Vênus e ela muda de casa hoje, ingressando em Câncer às 16h39min. A Lua faz conjunção a Marte e fica vazia logo depois, às 10h53min, ingressando em Sagitário às 22h34min. A Lua ainda faz trígono a Quíron e quincunce a Urano, virando foco do Yod junto com Marte. A sexta-feira fica ainda mais com cara de sexta com uma Lua vazia praticamente o dia todo… Não tem mesmo muito o que inventar, é rever o que foi feito na semana, eliminar obsoletos, reciclar o que for possível e deixar a agenda já pronta para a semana que vem porque o dia pede quietude e reflexão. Reflexão sobretudo sobre nossas raivas mal resolvidas, contidas e putrefatas, que nos envenenam por dentro, mas que não purgamos nem deixamos ir… Pensamentos tóxicos, auto-cobranças, criticismo, dos outros e de si mesmo… A sensação de impotência diante dos próprios sentimentos pode ser algo frustrante e paralisante; sentir algo visceralmente, mas forçar-se ao autocontrole, conter a expressão, seja para provar para si mesmo que se pode, seja por medo de se expor ou de se tornar vulnerável… Mas tanta contenção enche o tanque, às vezes, e então transbordamos, dejetos tóxicos e corrosivos qual arsênico, não purgados devidamente, que podem contaminar as relações e a atmosfera ao nosso redor. O dia oferece essa chance de lidarmos com esses dejetos, com nossas frustrações e com a raiva corrosiva, mas que guardamos e contemos dentro de nós. Podemos olhar para isso e lidar com esses conteúdos e então canalizá-los de forma adequada, de maneira que não contaminem nosso humor e nem nossas relações. Conscientizar-nos daquilo que nos frustra e deixa vulneráveis e desanimados, para que isso não precise nos controlar mais. Quando olhamos com carinho para nossas fraquezas e dificuldades, aceitando-as ao invés de rejeitá-las, damo-lhes lugar em nosso coração e então temos chances de transformá-las e de nos liberar delas, chegando à leveza e à cura. E quando curamos a nós mesmos, curamos um pouquinho do mundo.

SÁBADO, 18 –  Saturno faz a segunda quadratura a Netuno, ambos retrógrados, exata hoje. Mercúrio em Gêmeos recebe a oposição da Lua em Sagitário, que já se prepara para ser cheia. A Lua também faz quadratura a Netuno em Peixes e conjunção a Saturno, além da quadratura a Júpiter, exata na madrugada de domingo. O sábado começa cheio de ideias, que jorram aos borbotões, misturadas com sentimentos desencontrados, exuberantes, mas caóticos… Nós pensamos ou sentimos? Intuímos ou racionalizamos? No meio do vendaval precisamos achar um abrigo seguro, que nos propicie lucidez e ponderação. Um ponto no espaço-tempo que nos proveja a serenidade de um olhar interno mais cuidadoso, que nos permita repassar o conflito aparente entre a cabeça e o coração, de onde ele vem e para onde nos leva… A sensação de isolamento, longe de atrapalhar, é bem vinda, porque estar a sós nos ajuda a acalmar o rebuliço interno e serenar sentimentos, pensamentos e a própria alma. Assim, conseguimos divisar inseguranças pertinentes de medos irreais, oportunidades reais de conjunturas fantasiosas e, encarar a neblina espessa que confunde e ilude e, como um cego, fechar os olhos da objetividade para enxergar com nosso centro, com a bússola interna. A sensação de peso é grande, mas paradoxalmente, também é libertadora porque muitos véus caem e vemos as coisas como são, sem disfarces ou brilhos enganosos. Tendo lidado com essa desesperança e desamparo, quem sabe conseguimos re-encontrar nossa alegria interior, mesmo que seja tímida; reencontrar uma esperança incipiente de que ainda podemos mudar o rumo das coisas; reencontrar nosso bom humor e espontaneidade, a despeito de quaisquer problemas e dificuldades com os quais precisemos lidar. Primeiro acalmamos a alma e então o mundo também se acalma.

DOMINGO, 19 – A Lua Sagitariana faz quadratura a seu regente, Júpiter. Posteriormente a Lua se afina com o libertário Urano em Áries, enquanto quadra Quíron em Peixes. Marte faz quincunce exato a Urano hoje. Um dia propenso aos excessos e exageros, caso não estejamos atentos à nossa voracidade do que quer que seja: aventura, riscos, comida, álcool, diversão, zoeira, gastanças… Sabe aquela pessoa “sem noção”? Que não percebe a hora de parar? Pois é… Que ferida tentamos esconder, que buraco tentamos encobrir, que vazio tentamos preencher com tantos excessos? Vale a pena nos questionarmos sobre isso antes de nos arriscarmos em aventuras reais perigosas, que desafiam nossa segurança, só para provar que “podemos” fazer isso. O dia está sujeito a acidentes, daqueles idiotas e estúpidos, que ocorrem por descuido e inconsequência, porque, gabolas e exibicionistas que estamos, tornamo-nos desastrados não prestamos atenção a detalhes simples mas fundamentais e, então, nos expomos ao erro, à fatalidade, à palavra errada, na hora errada, à situação sem volta. Contrariamente, podemos nos sentir presos e subjugados e resolvemos “dar um basta” em tudo, mas nosso senso de timing está comprometido, de modo que agimos na hora ou da forma equivocada, o que pode piorar, ao invés de melhorar a situação. Se nos damos conta das inseguranças e anseios que originam nossa histeria, podemos cuidar e lidar com isso e então tirar proveito do lado bom dessa energia esfuziante que permeia o dia e que convida também, depois de reconhecermos nossas limitações e fraquezas, ao bom humor e à alegria e a um olhar mais filosófico sobre esses bloqueios e deficiências de que tanto nos ressentimos. E então a vida pode voltar a ser leve.

Uma linda semana para você, que seja leve e serena!

 

mariaeunicesousa

Maria Eunice Sousa é astróloga de orientação psicológica, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene. Mora em Cuiabá, onde atende com Astrologia, trabalhando também como tradutora e intérprete (Inglês-Português). Além de Mapa Natal e Revolução Solar, também atende com Astrocartografia e Espaço Local (formada pelo Kepler College), Mapa Infantil, Mapa de Relacionamento e Mapa Vocacional.

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