Lua Nova em Câncer – Que Tipo de Relacionamentos Vamos plantar?

“Não se diz  ‘preciso de você portanto te amo’,  mas antes, ‘eu te amo e por isso eu preciso de você'”

A Lua Nova em Câncer (08/07/2013, 4:15, hora de Brasília) nos convida a refletir sobre a qualidade das nossas relações íntimas e familiares e como nos relacionamos com o princípio da Mãe e do Bebê dentro de nós. Como e onde exercemos nossa maternagem e o que fazemos com esse bebê dependente e vulnerável que habita em cada um, seja em mim ou no outro. Como lidamos com nossa necessidade de pertencer e ao mesmo tempo com a necessidade também saudável de espaço e autonomia. Como cuidamos da nossa nutrição física, como provemos nossa nutrição emocional. O que fazemos com nossas carências mais cruas e vorazes.

Em Câncer os sentimentos são profundos, ancestrais e muitas vezes, desconfortáveis. Entramos em contato com nosso lado mais vulnerável, mais inseguro, mais dependente e infantil, aquele lado regressivo que gostaria de permanecer pra sempre no colinho da mamãe e quem sabe até voltar ao seu útero, onde tudo era confortável e seguro, onde a sensação de proteção era completa e principalmente, onde o senso de inteireza e unidade com a vida era único. Sim, gostaríamos de permanecer lá para sempre, mas a vida não alisa e Capricórnio, signo oposto a Câncer nos diz que a realidade é dura, mas que se crescemos e amadurecemos é mais fácil olhá-la de frente. Embora o desejo de simbiose com a mãe seja primitivo e forte, o impulso solar para o desenvolvimento e individuação também é grande. Felizmente.

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A Lua nos fala do passado, pessoal e familiar, obscuro, instintivo, inconsciente. O Sol nos puxa para o futuro, claro, luminoso e consciente. Esses dois princípios duelam dentro de nós constantemente, às vezes mais ou menos em harmonia, às vezes diametralmente opostos.
E como sabemos, toda Lua Nova abre um ciclo novo que dura cerca 29,5 dias e que tem seu ponto culminante na Lua Cheia. A Lua é nova quando está conjunta ao Sol, e a imagem mais apropriada é a do casamento e da união sagrada entre os princípios Masculino e Feminino, e nessa conjunção, como numa cópula entre macho e fêmea, uma semente é plantada, que frutificará na Lua Cheia.

Câncer é regido pela Lua, o “planeta” que regula as marés e os líquidos e fluidos do corpo. É o mais úmido de todos os planetas em Astrologia, assim, Câncer é um dos signos mais férteis, criativos e fecundos. É preciso então escolher com muito cuidado quais sementes queremos plantar numa Lua tão fecunda, pois se não escolhermos direito, podemos não gostar da colheita e descobrir isso tarde demais. Além disso, a fertilidade de Câncer fica exacerbada agora com Júpiter trafegando este signo até julho de 2014. Júpiter, o planeta da expansão e do crescimento, e, portanto, um planeta também muito fértil, tem sua exaltação em Câncer. Zeus-Júpiter era o maior namorador do Olimpo, ele deitava-se com deusas, ninfas e mortais, quisessem elas ou não. Sua prole era a mais vasta de todas, simbolizando o infinito potencial fertilizador deste planeta. Não podemos, seja por descuido ou desleixo, desperdiçar essa oportunidade e esse potencial fertilizador e deixar que ervas daninha nasçam onde deveriam vicejar sementes de nutrição e cura.

Analisemos nossas relações íntimas, nossas relações familiares, o nível de carência e dependência emocional, os comportamentos regressivos e infantis, nossos potenciais criativos nunca expressados… Estamos satisfeitos com a forma como conduzimos nossa vida doméstica? Estamos felizes com nossas trocas emocionais? Há equilíbrio entre dar e receber? Em que papel nos vemos com mais freqüência, no da mãe cuidadora e controladora ou no do bebê vulnerável e carente? Temos maturidade para amar o outro pelo que ele é ou o usamos para aplacar nossas carências e inseguranças? Será que conseguimos perceber a diferença entre amor e dependência?

E, a partir de todas essas perguntas básicas, façamos a pergunta mais importante de todas: que tipo de relacionamentos queremos plantar neste novo ciclo que se abre?

Temos três dias para a escolha das sementes, enquanto a Lua está escura. Escolhamos bem, aremos a terra e semeemos quanto a Lua começar a aparecer no céu, daqui a três dias.

Boa semeadura para você!