Lua Nova em Leão – Assuma Suas Cores Verdadeiras!
Quem é você verdadeiramente?
A Lua Nova deste mês ocorre a 14°34 de Leão e tem aspecto harmonioso com Urano em Áries como contato principal, acordando-nos para nossa singularidade e nossos potenciais criativos adormecidos. Recebe ainda um cutucão incômodo, indireto e inconstante de Quíron em Peixes, fazendo-nos duvidar de que nossa singularidade seja algo positivo e duvidar ainda de que a necessidade de sentirmo-nos especiais seja legítima.
Vamos olhar isso com cuidado.
Leão é o signo da Criança Divina, que nunca cresce e que é cheia de potenciais criativos que nunca morrem. Sol e Lua em Leão vêm nos lembrar da criança que fomos um dia – e que se tivermos sorte, continua viva dentro de nós – inocente, cheia de sonhos e potenciais. A criança brincalhona, espontânea, cheia de perguntas impertinentes, cheia de confiança e ansiosa para descobrir a vida, olhando pra tudo com olhos novos e extasiados, maravilhados. Em algum momento enquanto crescíamos essa criança tornou-se demasiado séria, responsável, cumpridora dos seus deveres de adulta. Adormecidos ficaram muitos dos sonhos, dos potenciais, da espontaneidade, da alegria pueril, da criatividade, da capacidade de maravilhar-se diante do inusitado… Mas especialmente, talvez tenha ficado adormecida uma parte única de nós, aquela que nos distingue dos demais. Nós não percebemos, mas às vezes, pra nos encaixar, para ser aceitos na família, no grupo, na sociedade, para ter sucesso, abafamos em nós aquilo que é mais especial e mais singular, ansiosos que estamos para nos adequar à norma estabelecida do que é certo, bonito, adequado, bem sucedido. Adequamo-nos à norma e ao que se espera de nós. Mutilamos potenciais criativos, famintos pela aprovação do mundo.
Como resultado, às vezes olhamos no espelho e não reconhecemos o estranho que nos olha de volta. Quem é esse estranho que paramos de reconhecer há tanto tempo? Quando é que nos distanciamos tanto de nós mesmos? Quando é que aquilo que nós somos tornou-se tão difícil de ser aceito até por nós? Será que só há sombra nesse lado nosso tão negado e encoberto? Será possível uma reaproximação?
A Lua Nova em Leão, com suas cores “Uranianas e Quirônicas” nos convida a olhar no espelho de frente e descobrir:
“Quem sou eu verdadeiramente?”
É hora de investir tempo para descobrir a resposta, ou pelo menos enamorar-se da pergunta. É hora de valorizar o que há de especial e único em nós e que nos diferencia de todos os outros à nossa volta. Às vezes aquilo que parece mais esquisito e estranho é na verdade nossa maior dádiva, nossa maior riqueza. E ao invés de tentar esconder e disfarçar tal característica física ou traço de personalidade, seria melhor vê-los sob uma luz nova e realçá-los, tirando proveito deles. Assumir nossas cores verdadeiras, mesmo as mais berrantes.
Assim, ao invés de nos mutilarmos, abrimo-nos para uma maior aceitação e integração das nossas diferentes facetas. Dolly Parton, que tem Plutão em Leão, tem uma frase maravilhosa que resume isso magistralmente: “Descubra quem você é realmente e seja, de propósito!”. Sem desculpas, sem justificativas, de cara limpa e feliz. Lembra da estória do Patinho Feio?
É momento de acordar para nossos potenciais criativos!
Num email recente sobre a carta do Diabo, no Tarot, alguém me lembrava: “Seja o criador de sua própria vida!” o que me fez lembrar Liz Greene falando que a principal criação de Leão é tornar-se ele mesmo. Mais uma vez, tornemo-nos nós mesmos, de propósito, sem escamotear nada. Reconhecendo, inclusive a sombra, fazendo as pazes com ela, sem ter que impingi-la ao mundo ao nosso redor.
Voltando àquela criança que éramos: ela continua dentro de nós. Se criarmos o ambiente propício, ela reaparece e nos premia com a recuperação da alegria, da confiança na vida, da espontaneidade. Premia-nos com a imaginação fértil, dizendo-nos que embora ao longo da vida tenhamos visto que “nem tudo é possível” como dizem os jargões de auto-ajuda, ainda podemos ter plenitude interior se nos permitirmos brincar e olhar o mundo com olhos novos, com olhos de descoberta. Especialmente, se nos autorizarmos a ser quem somos, com integridade e autenticidade.
E para aqueles a quem nunca foi permitido ser essa criança espontânea e brincalhona, quaisquer que tenham sido as circunstâncias – significadas normalmente por um Saturno ou Plutão fortes, em aspecto com Sol, Lua ou Ascendente – lembramos Mae West, que dizia “você nunca é velho demais para tornar-se mais jovem” e Picasso que também falava: “Leva muito tempo para tornarmo-nos jovens”.
Mae West tinha Sol em Leão e Lua em quadratura com Saturno e Picasso tinha Saturno em Touro, em aspecto difícil com o Ascendente em Leão e em oposição ao seu Sol em Escorpião. Acredite, eles sabiam bem do que estavam falando.
E você, quem é você realmente?
Quando é que vai permitir-se, finalmente, ser criança?
Adoro seu estilo astróloga-escritora!! Concordo com Mae West, quando afirma que “nunca somos velhos demais para tornarmo-nos mais jovem” Beijos