Vênus Retrógrado – Síndrome do Patinho Feio
O planeta Vênus está retrógrado em Capricórnio desde o dia 21 de dezembro de 2013. Estacionou a 28°57’ de Capricórnio no dia 20 e no dia 21 iniciou sua longa descida ao mundo inferior, onde ficará até o dia 31 de janeiro, alcançando o grau 13 do mesmo signo. (Para entender o que é retrogradação, veja os princípios básicos ao final do artigo)
E o que significa isso? Qual o impacto em nossa vida diária?
Vários impactos são possíveis quando Vênus está retrógrada mas antes vamos entender o ciclo de retrogradação de Vênus e sua mitologia. RETROGRADAÇÃO é um movimento em que, do ponto de vista da Terra, o planeta parece se mover para trás. Na verdade, o planeta em questão não se move para trás, isso é uma ilusão de ótica causada pela posição do planeta em relação ao Sol. Cada planeta tem um ciclo de retrogradação diferente, que depende de sua distância do Sol. Como é um fenômeno que se dá diretamente por causa da relação dos planetas com o Sol, seus efeitos implicam questões que o ego precisa trabalhar no longo caminho em direção à inteireza e completude. No caso de Vênus essas questões têm a ver com amor, relacionamentos, sexualidade, valores, auto-estima, prazer, beleza, arte, senso estético, gostos…
Gostaria de ressaltar que este texto é baseado principalmente no livro Retrograde Planets, de Erin Sullivan(1), um dos melhores e mais completos textos já publicados sobre o assunto, e também nas minhas observações com clientes.
Mitologia
Sullivan começa o capítulo relacionado a Vênus chamando a atenção para a dualidade de Vênus, e lembra o mito em que Afrodite nasce de Zeus e Dione, como duas deusas: Afrodite Urania, celestial, inteligente, espiritual, filha do pai e Afrodite Pandemos, das pessoas comuns, preocupada com a sensualidade e com a sexualidade, a filha da mãe. Poderíamos relacionar Afrodite Pandemos com o terroso signo de Touro, pelas suas características instintuais, alinhadas com o corpo, a fisicalidade, e os cinco sentidos; já Afrodite Urania rege Libra e seus ideais estéticos, civilidade e racionalidade. Ela menciona esse mito porque ele é extremamente relevante para os períodos de retrogradação deste planeta, especialmente para a Conjunção Inferior.
A Proporção Áurea
Vênus tem grandes ciclos de 8 e 243/251 anos. O seu ciclo menor é de cerca de 18/19 meses, ou seja, a cada 18/19 meses ele desaparece no céu para aparecer somente por volta de 45 dias depois. O seu ciclo de retrogradação é um dos mais raros, tanto que apenas cerca de cinco por cento de mapas natais apresentam Vênus retrógrado. Durante oito anos o planeta fica retrógrado apenas cinco vezes, cada vez num signo diferente, até voltar ao signo inicial. Quando traçamos e unimos as linhas através destes signos, um desenho se forma: uma estrela de cinco pontas, um pentagrama. O número cinco e o pentagrama têm uma simbologia que é, em si mesma, extremamente rica e tão antiga quanto o surgimento dos primeiros números. O número cinco é relacionado com a Proporção de Ouro, Número Áureo ou Número de Ouro, uma proporção muito usada na arte e arquitetura e que é relacionada à letra grega PHI. Este número é extraído da Seqüência de Fibonacci, uma sequência de números naturais, na qual os primeiros dois termos são 1 e 1, e cada termo subsequente corresponde à soma dos dois precedentes: 0,1,2,3,5,8,13,21… Representa crescimento constante, estando envolvido com a natureza do crescimento em espiral geométrica perfeita, uma espiral encontrada exaustivamente na Natureza, como por exemplo no padrão de crescimento das conchas marinhas.
O número cinco relaciona-se também com o número de dedos das mãos e pés humanos, simbolizando a capacidade de entendimento e a subseqüente capacidade de criação e realização a partir desta compreensão. Os estudos esotéricos associam o número cinco com a inteireza do mundo material. Sullivan diz que o padrão criado pelo ciclo de retrogradação de Vênus forma a base da Proporção de Ouro e esse número de ouro é ativado durante os períodos em que o planeta estaciona, direto ou retrógrado, a intervalos de 72 graus, que é a divisão exata de 360 graus do círculo perfeito. Quando se traça esse ciclo em detalhes minuciosos, ele forma uma imagem ainda mais bela: uma mandala que é a imagem de uma flor de lótus. Só isso já nos deixa extasiados com a simbologia e numinosidade deste ciclo. Mas ainda tem mais.
O ciclo mágico de Vênus retrata sua dança cósmica com Sol e Terra. Vênus nunca fica mais do que 48 graus distante do Sol. Quando atinge 45-48 graus à frente do Sol está no ponto máximo de elongação Leste, e aparece linda e fulgurante no Céu noturno, como Hésperos, a estrela Vespertina, filho de Eos, deusa da alvorada. Então ele diminui velocidade e o Sol parece chegar mais próximo, até que estaciona a não de mais que 30° à frente do Sol. Este é o ponto estacionário-retrógrado SRx, e lentamente ele começa a mover-se para trás, ou assim nos parece, até que se encontra com o Sol, quando se dá a Conjunção Inferior ou Conjunção Baixa. Essa conjunção é chamada de “inferior” exatamente porque está na mesma longitude do Sol, entre este e a Terra.
Diz-se então que toma lugar um Casamento Sagrado, uma conjunção alquímica, entre o Sol, Vênus e a Terra, completamente oculto de nossas vistas, pois, estando tão próximo do sol, o brilho de Vênus desaparece e ele torna-se invisível para nós. Erin Sullivan olha para as culturas Asteca e Maia para explicar o que ocorre aqui, porque segundo ela, de acordo com todas as evidências, essas culturas Mesoamericanas entendiam verdadeiramente a retrogradação de Vênus, tanto em movimento quanto em simbolismo. Ela menciona os estudos de Bruce Scofield sobre os painéis de El Tajin (México) que começam com Vênus como a Estrela da Noite. Ele diz que na fase retrógrada Vênus “toma a forma de um homem e anda pela Terra”(2). Então ele (Vênus) encontra a deusa do amor Xochiquetzal e a faz quebrar suas promessas de pureza… A partir daí as noites de Vênus são regadas a música, dança, bebida e amor e ele se casa com a deusa. Dessa união surge um monstro e o jogo passa a ser no mundo inferior, jogo que Vênus perde e por causa disso ela/ele deve ser morta pelo Sol. Ele/Ela é de fato sacrificada pelo Sol, mas renasce depois como Estrela da Manhã, na forma feminina.
Depois dessa união cósmica, certamente ela, Vênus, não será mais a mesma. Depois da Conjunção Inferior, o planeta vai ficando para trás do Sol, até que quando chega a aproximadamente 10 graus atrás do sol, alguns dias depois da conjunção, ele finalmente começa a aparecer no céu novamente, como a Estrela Dalva, a Estrela da manhã. Ao atingir cerca de 30 graus atrás do Sol, estaciona novamente e retorna ao movimento direto. Apesar do movimento direto, Vênus ainda está lento e após um mês ele atinge o ponto máximo de elongação oriental ou oeste, atrás do Sol cerca de 45 a 48 graus, neste ponto ele é associado a Eósforo (Fósforo), também filho da deusa da Alvorada e irmão de Héspero. Pouco mais de nove meses depois, metade do ciclo de 18-19 meses, ocorre a Conjunção Superior, chamada assim porque desta vez, é o Sol que fica no meio entre a Terra e Vênus.
Vênus Retrógrado no Mapa Natal
A simbologia de todo este ciclo é muito rica e profunda. Vênus representa nossa capacidade e necessidade de socialização e de dar e receber afeto, nossos valores, auto-estima… Assim, uma das características mais recorrentes quando o indivíduo tem Vênus retrógrado no mapa natal é a androginia psicológica. Isso é simbolizado pela a Conjunção Inferior, quando Vênus funde-se tanto com o Sol quanto com a Terra, incorporando as qualidades celestiais de Urania (Sol) e as qualidades terrosas e instintuais de Pandemos (Terra), qualidades femininas e masculinas; é simbolizado ainda no mito Mesoamericano, quando Vênus se torna masculino enquanto dança com a deusa Xochiquetzal.
Isso quer dizer que a pessoa tem um senso de completude e inteireza, sendo emocionalmente independente e livre, com um corpo de valores morais e estéticos muito próprios e completamente independente dos valores sociais vigentes. Mas isso é algo que só vem com o tempo, porque até que a pessoa aceite e viva a partir desse código próprio e aceite a si mesma como diferente, ela passa por muita confusão e senso de inadequação e estranheza. Obviamente, sua relação com o corpo também é muito particular e Sullivan ressalta que essas pessoas “freqüentemente têm dificuldade de separar suas próprias necessidades daquilo que é esperado delas, então elas se retraem, seja numa negação ascética das necessidades corporais e demandas viscerais, seja nos aspectos sensuais da vida (…) As manifestações possíveis são inúmeras mas variam de relacionamentos múltiplos a praticamente celibato. A forma de expressar afeto é diferente dos modelos vigentes, e a pessoa tende a ser emocionalmente mais reservada.
Outro dom de Vênus retrógrada é a criatividade infinita, relacionada desta vez com a simbologia do número cinco e do Número Áureo. Nascer com Vênus retrógrada ou estacionário, diz Sullivan, “significa uma conexão poderosa com este Número de Ouro. A natureza introvertida e contemplativa desses indivíduos é altamente imaginativa e deve achar maneiras de externar o metafísico através do físico”. Essas pessoas vivem normalmente à frente do seu tempo, ou num tempo diferente de sua época, e seu senso estético pode ser totalmente avant-garde, lançando moda e ditando tendências, ou completamente incompreendido. De um jeito ou de outro, eles precisam achar canais de expressão para toda essa imaginação e criatividade e assim, o mundo das artes está cheio deles.
Particularmente, relaciono Vênus retrógrado no mapa natal com o que chamo de a “Síndrome do Patinho Feio”. A pessoa normalmente se acha e se percebe muito diferente da família de origem, tendo dificuldade de abraçar seus valores e tradições. Sua relação com o corpo também pode ser complicada e a pessoa pode se achar feia ou sem atrativos, pode ser vítima de bulling na família e na escola por ser tão diferente e “estranha”. A pessoa pode também se sentir não amada, ou sentir que por algum motivo não é digna de amor. Assim como o patinho feio, ela pode sentir-se uma estranha no ninho, e clientes já confirmaram em consulta que chegavam a suspeitar terem sido adotados, tal o nível de diferenciação. A sexualidade também é outra questão que pode ser tabu no início da vida, quando o indivíduo ainda não consegue pensar por si mesmo e não consegue compreender a si próprio e às suas emoções e formas de sentir, tão diferentes do que é considerado “aceitável” no meio em que vive. E há ainda relatos de abusos sexuais, embora isso não seja regra. Mas como todos sabemos, a estória do patinho feio termina bem. O patinho não é um patinho, é um cisne, cujo ovo foi perdido pela mãe-cisne e adotado pela mãe-pata. Ao crescer torna-se um cisne belíssimo e vai em busca de sua própria “turma”. Gradativamente o indivíduo vai percebendo que apesar de se sentir “diferente” isso não necessariamente quer dizer “errado” e se estiver no ambiente adequado, pode aprender a se aceitar como é, manifestando seus melhores potenciais. Se este ambiente não é tão favorável, mesmo assim, funciona como motivador e catalizador para que a pessoa parta numa busca ou saga de auto-entendimento fora dali. O caminho dessas pessoas nunca é fácil, mas certamente é muito rico e profundo, assim como a simbologia do ciclo Venusiano.
Vênus Retrógrado em Trânsito
Quando Vênus fica retrógrada em trânsito, como está agora até dia 31 de janeiro, “algo misterioso toma lugar, uma reformulação da ordem natural, um retorno a um lugar ideal onde tudo o que é manifesto pode parecer com uma replicação simplificada da perfeição cósmica”(3). Assim como o planeta desaparece de nossas vistas, recolhendo-se para um lugar desconhecido e misterioso, que nossa limitada percepção não consegue alcançar, assim também, de certa forma nos recolhemos. Nesse tempo de introspecção sutil – sim, porque precisamos continuar funcionando no mundo – ocorre uma reavaliação interna dos nossos valores; dos nossos relacionamentos e da reciprocidade existente ou não neles; de nossa auto-estima. Porém, como a retrogradação de Vênus é uma das mais inconscientes, é possível que nem percebamos o que ocorre, e então, nos pegamos rompendo relacionamentos amorosos ou de amizade, sentimo-nos isolados, diferentes. Como em tudo o que é cíclico, não há começo ou fim, apenas uma espiral evolucionária, em que a cada vez em que o ciclo é ativado, ele ressoa a partir de todos os outros, pois são inseparáveis e falam dos mesmos temas, seja no passado ou no futuro. É útil então olhar para os ciclos anteriores e recordar o que ocorria no período. Neste caso específico, a última vez que Vênus ficou retrógrada em Capricórnio foi no fim de 2005 início de 2006 (24 de dezembro 2005 a 02 de fevereiro de 2006). Vale a pena refletir sobre o que era importante para você naquela época, quais eram seus valores, a quantas andava sua auto-estima, como estavam seus relacionamentos, como estavam suas finanças… Essas perguntas adquirem mais significado se você souber em que área do seu mapa natal esse trânsito ocorre e se a conjunção Inferior (dia 11 de janeiro, a 21 de Capricórnio) faz aspecto com algum planeta no mapa (para ver um desenho do seu mapa natal e descobrir onde você tem Capricórnio, clique aqui).
Gary Caton, astrólogo americano, relaciona este ciclo específico de retrogradação em Capricórnio com a utilização do Tempo. Ele lembra que Chronos é a palavra grega para tempo no sentido de quantidade, de quanto tempo temos e que Kairos é tempo em termos de qualidade, ou de tempo sagrado, especial e de como empregamos este tempo (4). Então é pertinente refletir sobre o uso do nosso tempo, se a forma como “investimos” o tempo reflete nossos valores internos e aquilo que é importante para nós ou se apenas fazemos o que é esperado de nós. Ou ainda se o tempo é um algoz contra o qual corremos freneticamente, ou se precisa ser morto, como quando precisamos “matar o tempo” porque nada é suficientemente interessante ou significativo na vida.
Em termos práticos, de modo geral, quando Vênus está retrógrada, é aconselhável um retiro estratégico, uma desaceleração da vida social para que as condições para as mudanças sutis que precisam ocorrer sejam favoráveis e para que nos sintonizemos com nosso mundo interior. Assim, ao invés de reclamar de solidão, dê-lhe boas vindas e faça aquelas atividades para as quais nunca tem tempo por causa do frenesi da vida diária; procure a Natureza e contemple-a em meditação passiva (parado) ou ativa (com movimento). Medite sobre a qualidade dos seus relacionamentos; reveja seus valores – eles continuam a refletir quem você é ou quem está se tornando? Reveja sua relação com o mundo e com seus recursos materiais; reveja sua relação com os assuntos da casa em que Vênus trafega atualmente (* veja relação básica abaixo). E particularmente em Capricórnio, reveja sua relação com o Tempo.
Finalmente, em honra a Capricórnio, termino com um texto extraído do livro Lavoura Arcaica, de Raduam Nassar. Parte deste texto é declamado belíssimamente por Raul Cortez no filme do mesmo nome:
“O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor; embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; o tempo está em tudo.
Rico só é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando-o antes com sabedoria para receber dele os favores e não a sua ira; o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é; pois só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas. (5)
(*)Vênus retrógrada em trânsito leva a questionamentos nos assuntos da casa em que trafega. Veja os significados básicos das casas do mapa natal:
Casa 1 – O Eu, a forma como você vê a vida em geral, como é visto pelas outras pessoas, sua identidade
Casa 2 – Valores, recursos materiais e imateriais, talentos, dinheiro, como você ganha e como gasta dinheiro
Casa 3 – Comunicação, educação, irmãos, ambiente imediato, viagens curtas
Casa 4 – Família, o clã, o Pai, o lar, a casa, o passado familiar, as origens
Casa 5 – Criatividade, auto-expressão, artes, recreação, lazer, romances, jogos, como você relaxa
Casa 6 – Trabalho cotidiano, emprego, serviço, corpo, saúde, rituais diários, animais de estimação
Casa 7 – O outro, relacionamentos, casamento, parcerias afetivas ou profissionais, litígios,
Casa 8 – Transformação, renascimento, sexualidade, o que se partilha na intimidade, os valores e o dinheiro dos outros
Casa 9 – Educação Superior, filosofia de vida, fé, religião, viagens longas, outras culturas
Casa 10 – Imagem Social, seu papel no mundo, vocação, carreira, a mãe.
Casa 11 – Amigos, networking, projetos de longo prazo, associações diversas.
Casa 12 – O inconsciente pessoal e coletivo, Carma, motivações escondidas, redenção
Princípios Básicos do Funcionamento da Retrogradação
a) Sol e Lua nunca ficam retrógrados;
b) o movimento de retrogradação é uma ilusão de ótica que nos faz perceber o planeta deslocando-se para trás e isso acontece devido ao relacionamento do planeta em questão com o Sol, e devido às diferentes velocidades de rotação da Terra e dos demais planetas, assim, para os planetas interiores, Mercúrio e Vênus, a retrogradação ocorre em períodos próximos à conjunção inferior com o Sol, enquanto que no caso dos planetas exteriores (posicionados depois da Terra no sistema solar), a partir de Marte, o ciclo retrógrado está diretamente relacionado àoposição com o Sol;
c) os planetas exteriores Urano, Netuno e Plutão, devido à lentidão de seu movimento e à distância do Sol, passam boa parte do tempo em movimento retrógrado e seu impacto no mapa natal é menos perceptível, a não ser que estejam próximos do ponto estacionário, quando adquirem ênfase especial, pois além de ter sua ação e significado realçados, provavelmente mudarão de direção nas progressões secundárias. Com Júpiter e Saturno não é muito diferente – aliás, de Júpiter em diante a retrogradação tem impacto mais definido em Astrologia Mundial e em Astrologia Horária e Eletiva;
d) assim, os planetas cujo ciclo de retrogradação é mais perceptível em Astrologia Natal são Marte, Vênus e Mercúrio e considerando que Mercúrio fica 20% do tempo retrógrado (três vezes ao ano, em períodos de aproximadamente três semanas), isso não chega a ser tão traumático, com exceção de situações específicas em áreas regidas pelo planeta – o impacto também é menor porque certamente Mercúrio mudará de direção nas Progressões Secundárias. De forma que em Astrologia Natal os planetas cuja ação é alterada de forma significativa quando retrógrados são Vênus e Marte, dois planetas relacionados ao simbolismo do masculino e feminino. Vênus fica retrógrado cerca de 40 a 45 dias a cada 18 meses e Marte parece mover-se para trás de 60 a 80 dias, a cada 2,13 anos (Leia sobre Marte Retrógrado)
Referências bibliográficas
(1), (2), (3) – Retrograde Planets – Traversing the Inner Landscape – Erin sullivan – Samuel Weiser, 2000.
(4) – The 2014 Conjunction of the Sun and Venus in Capricorn – Gary P. Caton -em artigo para a revista The Mountain Astrologer
(5) – Lavoura Arcaica – Raduan Nassar
Pingback: Lua Cheia em Câncer – Apaixone-se por seus objetivos! | Astrologia Psicológica
Pingback: Lua Nova em Aquário – Viva e Deixe Viver! | Astrologia Psicológica
Pingback: Marte Retrógrado – Quando o Pai é o Inimigo | Astrologia Psicológica
Pingback: Vênus Cazimi – No Coração do Sol | Astrologia Psicológica
Pingback: A Semana Astrológica – Paciência, haja paciência! | Astrologia Psicológica
Uau! Texto excelente. Tenho vênus retrógrado em virgem. E com os meus recentes estudos de astrologia eu sempre via as pessoas falando sobre a retrogradação de vênus de uma maneira muito negativa e até fatalista. Gosto muito de textos como o seu que trazem conteúdo e uma visão diferenciada sobre o assunto. Mostrando que temos que aceitar as adversidades ao qual somos expostos e crescer com elas para nos tornarmos melhores.
Um grande abraço!
Muito obrigada pela visita e pelo feedback positivo, Ellen!
Realmente, a Astrologia contemporânea vê de forma muito negativa os planetas retrógrados, quando não precisa ser assim.
São dinâmicas diferentes e, como qualquer outro posicionamento, indica desafios mas também talentos e muitos potenciais criativos.
Um grande abraço e volte sempre! 😀
Pingback: A ascenção do amor realista – Vênus e Marte em Capricórnio – Parte II | Astrologia Psicológica
Olá Maria Eunice! Primeiramente os meus parabéns, pois eu nunca tinha lido um texto em que eu me identificasse em cada palavra. Eu tenho vênus retrógrada e você descreveu de forma simples porem direta de todos os sentimentos que esse planeta pode trazer. Um viva para a astrologia antiga, para a astrologia moderna e para as astrologias que ainda virão. Continue com o seu trabalho maravilhoso que está fazendo.
Mariana, eu também agradeço sua devolutiva preciosa, por comentar e confirmar essa análise, mesmo que o texto fale desse possiconamento em linhas gerais. Agradeço sua partilha por aqui! Um grande abraço e tudo de bom!