Lua Nova em Aquário – Viva e Deixe Viver!
Depois do último ciclo focando em questões mais práticas e materiais, temos hoje a segunda lua nova de janeiro, a 10°55’ do idealista e progressista signo de Aquário (30 de janeiro de 2014, 19:38, Horário Brasileiro de Verão, Brasília). Depois de ter ordenado a casa, as finanças, as metas do ano, é hora de desapegar-nos de tudo que identificamos como ultrapassado.
O excêntrico signo de Aquário nos convida a desafiar o lugar comum e o nosso apego ao status quo e à segurança tão valorizada por Capricórnio. É hora mesmo de contrapor o pragmatismo de Capricórnio e o idealismo de Aquário. Um signo sempre é a antítese do signo anterior, então, enquanto Capricórnio quer ser aceito e integrado socialmente, Aquário rebela-se contra as regras estabelecidas; enquanto Capricórnio preza segurança material, tradição e hierarquia, Aquário tem a liberdade como seu valor máximo, rebelando-se contra hierarquias e mandando a tal da segurança e da tradição às favas… E assim as diferenças entre os dois signos continuam… No momento os valores aquarianos se sobressaem porque além de Sol, Lua e Mercúrio em Aquário, Urano, seu co-regente, faz um aspecto harmônico com Sol e Lua e é o ponto focal daquela tão falada Cruz T Cardinal, enfatizando a necessidade de inovar e de ousar ser diferente.
Mas hoje eu queria focar no aspecto mais social deste signo, aquele lado que associa Aquário com a amizade e a camaradagem. E para isso, acho interessante notar que essa Lua Nova ocorre um dia antes de Vênus voltar ao movimento direto, estando ela já estacionária, depois de cerca de seis semanas no mundo inferior, sinalizando um período de reavaliação em nossos valores e relacionamentos (mais sobre Vênus retrógrada).
Durante as últimas semanas, enquanto Vênus esteve retrógrada, parecia que algumas de nossas relações mais próximas tinham entrado no modo stand by, funcionando meio no automático, porque sob a superfície, muitas transformações ocorriam, mas não estavam aptas ainda a serem implementadas em cheio… Em outros casos, relações desintegraram-se completamente porque não suportaram o escrutínio da avaliação necessária. E em muitas situações o ponto crucial dos conflitos eram os valores divergentes. E daí vem a pergunta: é possível manter uma relação, seja amorosa ou de amizade, quando há grande divergência de valores? O que você acha? Dá para fazer uma tal separação?
Desconsiderando os desvios graves de caráter, percebo que quando nos deparamos com pessoas de valores muito diferentes dos nossos, somos obrigados a pensar sobre eles e o quanto eles são importantes, nem que seja para ratificar e reiterar esses valores, no caso de a relação não ir adiante… Mas com Aquário é possível abraçar as diferenças e respeitar o modo de vida dos outros, assim como seus valores, mesmo quando não concordamos com eles, no melhor estilo “viva e deixe viver”. É possível também flertar com o excêntrico, com o incomum, permitindo que um confronto saudável entre minha visão de mundo e a do outro ocorra, sem que isso signifique dividir o mundo entre os “maus” e os “bons”, como quereriam os muito imaturos e ingênuos. Em Aquário também percebemos que quando buscamos somente aquilo que parece conosco, estamos fadados à mesmice e ao tédio, perdendo em riqueza e em crescimento. E, indo mais além, percebemos que o pano de fundo disso pode ser uma grande insegurança arraigada a respeito de quem somos, que talvez não suportaria ser confrontada por um “outro” muito diverso, e assim, é muito mais confortável e seguro relacionar-se apenas com gente da mesma idade, credo, classe social, ideais, valores, etc., que nos ajudem a manter a idéia que temos de nós mesmos.
Aproveitemos então esta Lua Nova de Aquário para inaugurar um jeito novo de ver e de viver as relações de amizade, afetivas e sociais em geral. Ajudados pelo retorno de Vênus, renascida e transformada, possamos estabelecer amizades mais respeitosas com a diversidade e singularidade dos outros e também com a nossa. Celebremos a dádiva da Amizade, essa troca afetiva tão essencial na vida, e que acontece de forma tão misteriosa, quanto temos coragem de ignorar os rótulos e abrir-nos à possibilidade de encantamento diante do outro ser humano à nossa frente, em toda a sua diversidade e riqueza! Sim, inauguremos novas amizades e reiteremos as antigas que valem a pena e que sobreviveram ao escrutínio das últimas semanas! E vivamos! E deixemos viver!