A Origem do Halloween

jackolanternO Halloween, ao contrário do que muita gente pensa, não é uma festa americana. A cultura americana se apropriou da festa, especialmente da parte vendível. Halloween vem de “All Hallows’ Eve” ou a noite de todos os Santos, que inicia o tríduo Hallowmas, a celebração  dos santos e mortos. A data atual de Hallowmas, ou Dia de Todos os Santos, teria sido estabelecida pelo Papa Geregório III. Alguns estudiosos e pesquisadores, porém, afirmam que o festival de Hallowmas ou Halloween é uma apropriação cristã da festa pagã de Samhaim, uma festa de origem Celta. Os Celtas acreditavam que nesta data os mortos podiam andar entre os vivos e que os vivos poderiam visitar seus mortos.

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Samhaim, que significa “sem luz” ou “fim do verão”, era considerada uma Noite Sagrada e marcava o fim de um ano e o começo do outro, o fim das colheitas e o inicio do outono/inverno no Hemisfério Norte, o período de dias mais curtos, período de escuridão e repouso da Terra, associado com a morte e a esterilidade. Todo o mês de novembro era dedicado aos mortos. Dinheiro era coletado e guardado para ser dado aos mortos, assim como comidas diversas eram deixadas nas encruzilhadas para que os falecidos pudessem vir buscá-las. Havia fogueiras, que tinham a intenção de ajudar a alumiar o caminho dos mortos até o Outro Mundo e de afastar os espíritos maus.

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A festa era associada com maçãs, nozes e árvores de avelãs; isso porque as avelãs eram símbolo de sabedoria e continham todas as artes e ciências. A aveleira era uma das sete árvores sagradas dos irlandeses, assim como a macieira, que era considerada a árvore da imortalidade. Da macieira dizia-se que levava as almas à terra dos imortais, que se alimentavam com o fruto da vida e da infinita felicidade. As festividades de Samhaim aconteciam em pomares de maçãs e aveleiras.

Os Druidas sacrificavam uma ovelha negra e ofereciam libações àqueles que haviam morrido durante o ano. As foices e ferramentas de colheitas eram guardadas. Novembro era também um mês de morte e sacrifícios para os Anglos e os Teutônicos, que faziam sacrifícios de animais.

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No dia 31 de outubro os mortos levantavam-se, então, e vagavam pela terra. Lorde Samhaim, o Senhor da Escuridão chegava em busca dos espíritos para levá-los para o Mundo inferior. As pessoas usavam máscaras para espantar para longe os maus espíritos e esculpiam nabos para colocar velas acesas dentro. Os imigrantes descobriram na América que abóboras eram mais práticas de se esculpir do que os nabos, daí o surgimento do “Jack O’ Lantern”, a abóbora esculpida com uma lanterna dentro.

Neste período de transição, dizia-se que as fronteiras entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos tornavam-se muito tênue e estes dias eram considerados especiais e de energia poderosa. Por isso mesmo, para as bruxas, é um período em que os véus que separam mundos tornam-se extraordinariamente finos e é possível aprender os mistérios dos Reinos de Hécate, já que este é seu festival.

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A tradição de se vestir e fantasiar neste dia talvez remonte ao período em que as pessoas se disfarçavam e usavam máscaras para sair pedindo comida de porta em porta, diz o folclorista John Santino. O folclorista diz ainda que foram os Irlandeses que trouxeram o festival para os Estados unidos.

“Ao longo dos séculos várias entidades sobrenaturais – incluindo bruxas e fadas – foram sendo associadas com o Halloween e mais de um século atrás, na Irlanda, dizia-se que o evento era um período em que os espíritos dos mortos podiam retornar aos seus velhos locais de assombração. Então vestir-se e fantasiar-se de fantasma e bruxa virou moda e tornou-se mais comercial.”

Praticantes de Wicca, bruxas, círculos de mulheres e místicos em geral celebram o Festival de Samhaim e fazem rituais diversos.

Feliz Samhaim, Hallowmas, Halloween! Feliz Dia das Bruxas!

Feliz Dia de Todos os Santos!

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Fontes:
1 – Elisabeth Brooke, A Woman’s book of Shadows
2 – livescience.com
3 – Wikipedia

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Maria Eunice Sousa é astróloga de orientação psicológica, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene. Mora em Cuiabá, onde atende com Astrologia, trabalhando também como tradutora e intérprete (Inglês-Português). Além de Mapa Natal e Revolução Solar, também atende com Astrocartografia e Espaço Local (formada pelo Kepler College), Mapa Infantil, Mapa de Relacionamento e Mapa Vocacional.

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