A Cultura do Ter
Reflexão mais que pertinente e necessária no site Adital: a cultura do ter.
“A noção de limites – principalmente em relação à disponibilidade de recursos naturais e energéticos – foi completamente perdida por parte da atividade econômica. Extrapolou-se, por consequência, as fronteiras daquilo que se convenciona chamar de razoável, ponderável, aceitável, em termos de respeito à biosfera.”
“Não por acaso, é sintomática a percepção de que a raça humana “desenvolveu” mecanismos com mais facilidade para a ‘destruição’ do que pela ‘preservação’, tendo em vista que para a realização dessa última é imprescindível o desenvolvimento de uma consciência coletiva.”
“As provas incontestes dessa falta de parcimônia para com o meio ambiente, contidas na completa ausência de um tipo específico de consciência planetária, talvez estejam presentes na prática e hábitos enraizados em diversas culturas que enaltecem, sobremaneira, o consumo excessivo, fazendo da aquisição material espécie de dogma para a promoção pessoal, verdadeiro cabedal paradigmático da conquista do progresso e do bem-estar.”
“Essa cultura do ‘ter’, vinculada intimamente ao ato de consumir, constantemente se sobrepõe e, por isso, afronta acintosamente à cultura do ‘ser’ que, por sua vez, se liga às questões morais, éticas e mesmo de conduta pessoal.”
“No caso específico do ‘ter’, é a materialidade que se expressa com força ímpar, penetrando no consciente dos mais vorazes consumidores, naqueles chamados suntuosos compradores, nos que estão (ou nunca estiveram) poucos preocupados com as consequências ao planeta de um consumo ostensivo.”
“Em outras palavras, daqueles que pouco se importam se essa busca pelo progresso econômico e pelo bem-estar material será ou não inimiga da preservação ambiental; afinal, o que importa em matéria de respeitar as leis do mercado de consumo passa longe, mas muito longe, da necessidade em preservar o meio ambiente.”
“Esse excesso de produção/consumo – causador em primeiro plano da dilapidação dos recursos naturais – está expresso nos 20% da humanidade residente nos países mais avançados que se apropriam de 80% de toda a produção material mundial.”
“Isso faz com que, em larga medida, não haja uma adaptação das atividades econômicas às leis da natureza. Se houvesse, os níveis de produção e consumo seriam indubitavelmente mais cônscios e menos agressivos.”
Leia o artigo completo, de Marcus Eduardo de Oliveira, aqui
Oi Maria, este realmente é o vídeo mais emblemático sobre o acumulo de coisas:
É ver o vídeo e querer se desfazer de tudo que tem em casa!!! Vale a pena ver!!
Abrçs
Fernando
Muito obrigada, Fernando! Vou ver ainda hoje! 🙂
Realmente muito bom, Fernando! Já conheci pessoas assim, Tive um vizinho que partilha a casa com uma montanha de entulho, que dava pra ver pla janela. Literalidades à parte, temo que nós, povos modernos, sejamos soterrados pelo entulho que poduzimos dia a dia, porquem em algum momento vai mesmo faltar espaço para “jogar” todo o lixo da podução industrial…
Gratidão por compartilhar!
🙂