A Semana Astrológica – Crescendo em tempos difíceis

Semana de 15 a 21 de fevereiro

A semana começa de forma bem dinâmica, com a Lua oficializando o Primeiro Quarto já na segunda-feira, sugerindo uma semana de expansão e de abertura de novos caminhos. Desafios que levam ao crescimento é o que tem no menu dos dias.

O Sol ingressa em Peixes, indicando o fechamento de mais um ciclo anual. Nesta fase da vida mundana ou pessoal, sintetizamos a experiencia vivida ao longo dos últimos onze meses, fazendo avaliações e reflexões sobre o que vamos modificar no novo ciclo anual que se iniciará em março, quando o Sol ingressar em Áries. Até lá estaremos focados em dissolver entraves e apegos a coisas menores que nos identifiquem em demasia com essa experiencia terrena. Nesta fase do ano precisamos olhar para nós mesmos em contraponto à futura dissolvição corpórea e de ego que um dia nos ocorrerá, quando tivermos cumprido nossa missão aqui e estivermos prontos para voltar à presença do Grande Pai e da Grande Mãe. Conseguimos realmente nos manifestar plenamente neste mundo terreno? Conseguimos realizar nosso propósito sem nos identificar demais com estes papeis mundanos? Se morrêssemos hoje, o que levaríamos conosco e o que deixaríamos de legado? Peixes sempre vem propor esse desapego da vida terrena, com uma perspectiva que olha para além do momento presente e dessas dimensão limitada em que nos encontramos atualmente.

Vênus também muda de casa. Ingressa em Aquário na quarta-feira, tornando-se mais livre e independente nas relações. Amor à liberdade, é o mote de Vênus em Aquário, que diz “porque te amo, te deixo ir”. Experimentação e gosto pelo excêntrico, pelo diferente são parte da sua expressão afetiva. Não nos atemos a identificações de sexo, gênero, raça, cor: apaixonamo-nos pela pessoa por trás da sua persona social; encantamo-nos com suas ideias; fascinamo-nos por termos os mesmos ideais; e engajamo-nos nas mesmas causas sociais. Essa Vênus se move pela afinidade intelectual, pela comunhão de mentes, muito mais do que comunhão de corpos. A excitação começa na cabeça e nas ideias e só depois alcança a dimensão física. A expressão afetiva é menos romântica, menos apaixonada e prima pela igualdade de expressão. O amor pelos grupos sociais favorece amizades e grupos em geral. O trânsito de Vênus favorece investimentos em tecnologia e no melhoramento das condições de vida nas sociedades.

Mercúrio anda relativamente quieto, recuperando-se ainda de sua retrogradação. Nesta semana está bastante isolado e só faz um aspecto tímido e bastante inconsciente a Júpiter, sugerindo que temos muitos planos mirabolantes, ideias entusiasmadas mas ignoramos os percalços e detalhes necessários para colocar tudo isso em prática. É possível que tais ideias sejam excêntricas demais, extravagantes, impraticáveis. Talvez até as descartemos sem nem mesmo tentar executá-las, como uma defesa contra o possível fracasso. De qualquer forma, vale a pena colocarmos tais planos em standby e retomá-los no futuro, quando estiverem mais claros – quem sabe, se forem maturados, se provem de grande valor. Por enquanto, quem sabe seja melhor calar até que elas sejam analisadas mais cuidadosamente, porque desconectadas que estão da realidade presente, talvez não sejam inteligíveis ainda. Este isolamento de Mercúrio também sugere problemas na comunicação, propensão a dificuldades em nos fazer entender, em explicar nossas ideias e percepções ou tendência a nos sentirmos não ouvidos, de modo que talvez falemos sem parar. Assim, antes de reclamar que o outro não nos entende, podemos nos questionar se nós estamos transmitindo nossa mensagem de forma efetiva ou se não estamos impondo nossas ideias aos demais.

Temos em andamento uma configuração de Grande Cruz Mutável entre três figuras importantes, que embora não fique exata por enquanto, causa tensão e desassossego no pano de fundo dos dias. Trata-se da oposição de Júpiter retrógrado em Virgem a Quíron em Peixes, ambos em quadratura a Saturno em Sagitário, que chega a alcançar o grau 16 deste signo antes de entrar em retrogradação. Júpiter faz oposição exata a Quíron na semana que vem, dia 23 e em 23 de março faz quadratura a Saturno. Nosso desejo de expansão (Júpiter), além de já estar tímido e se manifestar de modo muito criterioso (Virgem), enfrenta dificuldade irreconciliáveis, obstáculos intransponíveis, que nos lembram dolorosamente de nossos limites mais vergonhosos, os quais nos deixam mais fragilizados (Quíron). Nessa equação, precisamos chegar a um resultado coerente: separar o possível do impossível, reconhecer essa fragilidade não remediável, sem conserto e agir mesmo assim; fazer de nossa fraqueza, força; e transformar tudo em resiliência, reestruturar nossa fé e otimismo, agora sobre bases mais sólidas e coerentes; realizar o que for possível, com responsabilidade, honestidade, critério (Saturno). O que não podemos é ficar paralisados e lastimando a vida – se assim fizermos, ela, a vida, nos atropelará sem misericórdia porque não é hora de bancar a vítima. Problema todo mundo tem e todos estão lidando com dificuldades diversas, alguns mais outros menos. Assim, precisamos nos armar de compaixão, generosidade e bondade, para transformarmos os cenários desoladores ao nosso redor. Manter a fé e a esperança, mesmo diante das dificuldades. Confiar, quando a vida diz para esperar. Porque, como tudo na vida, isso também vai passar! Como diz a oração de São Francisco: “Onde houver ódio que eu leve o amor; onde houver ofensa que eu leve o perdão; onde houver tristeza que eu leve a alegria; onde houver dúvida que eu leve a fé” – veja oração na íntegra ao final do texto. É isso ou resvalaremos no complexo da vítima chorosa, o que não nos ajudará em nada. Quando olhamos ao redor, sempre percebemos pessoas com dificuldades mais graves que as nossas e que, ainda assim, não desistem da luta!

A Lua oficializa a fase do Primeiro Quarto em Touro na segunda-feira, uma fase de crescimento, arrojo, desenvolvimento e conquistas. Em Gêmeos ela busca fazer contatos e conexões que propiciem a abertura dos caminhos. Torna-se Corcunda e mais focada e tenaz em Câncer; expande sua generosidade em Leão e é Cheia, finalmente, em Virgem, na segunda, 22. Nesta jornada conversa com todos os demais corpos celestes, seja harmoniosa ou conflituosamente.

A SEGUNDA-FEIRA é marcada pelo Primeiro quarto, o Quarto Crescente. A Lua Taurina faz quadratura ao Sol Aquariano no fim da madrugada. A Lua ainda faz um trígono a Vênus, sua dispositora, que percorre os últimos graus de Capricórnio, e fica vazia logo depois às 08h556min. Ingressa em Gêmeos somente às 12h35min, de onde se alinha ao seu regente, Mercúrio, no início de Aquário. A manhã começa lenta, devagar quase parando. Perdemos a hora ou resmungamos contra o relógio implacável a nos dizer que a cama não é onde deveríamos estar a essa altura… Espreguiçamo-nos a mais não poder para poder acordar. No mundo lá fora as coisas também andam lentas e nos indispomos com o tráfego e a lentidão da vida. Por que, se nós mesmos ainda estamos em estado de repouso? É melhor não exigirmos demais dos outros aquilo que nós mesmos não podemos dar e começarmos as atividades pelo que é mais óbvio e prático: organizar a agenda, dividir o tempo e a energia conforme as prioridades e a importância em nossa vida. A Lua formaliza uma etapa importante no desenvolvimento do ciclo, um momento de crise que demanda ajustes quanto aos projetos semeados pela Lua Nova. Touro exige que sejamos pragmáticos e muito pé no chão, que transformemos os ideais e visões Aquarianos em metas realizáveis, com datas, orçamentos, planejamento e cronograma de ação. Damos conta disso? Aqui é que a porca torce o rabo… Lua e Sol ainda fazem quadraturas separativas a Marte em Escorpião. Conseguimos domar nossa vontade ou a falta dela? Conseguimos alinhar estes propósitos com nossas necessidades, superando as inseguranças e a hesitação? É fácil sonhar e idealizar no mental aquilo que almejamos. Mas estamos dispostos a arregaçar as mangas, a botar a mão na massa e fazer o que for necessário para tornar esses planos realidade? Ou vamos nos deixar vencer pelo cansaço e indisposição? Se não nos comprometermos de verdade com esta visão, nossos sonhos não passarão de anseios ilusórios a serem relembrados tempos depois com amargura, culpa e decepção. O pior não é encarar o olhar do outro. O pior é nos enfrentar no espelho e encarar a desistência de nós mesmos e destes sonhos. Sempre é tempo de retomar a direção! A tarde fica mais dinâmica e movimentada e parece que a mente finalmente entra nos eixos, incendiando-se de ânimo e maior clareza!

Já a TERÇA-FEIRA traz desafios outros. A Lua Geminiana faz quadratura a Netuno em Peixes e oposição a Saturno em Sagitário, formando uma T-Square mutável, da qual Netuno é o foco. Ao longo do dia essa T-Square vira Grande Cruz Mutável, pois envolve mais tarde a Quíron e Júpiter. A Lua também faz sesqui-quadraturas a Vênus em Capricórnio e a Mercúrio em Aquário, além de quincunce a Plutão. O único aspecto harmonioso é feito a Urano em Áries. É, o dia tá “pesadão” e cheio de um tom frenético de muitas atividades que talvez levem a nada, se não tivermos cuidado. Não há descanso: a mente pulula em muitas direções, feito bola de ping-pong que vai e volta teimosa, insana-mente. A sensação é de falta de fôlego, tal o ritmo alucinado do dia. Tudo porque estamos divididos e espalhados para todo lado, partidos em mil pedaços: muitos interesses, inúmeras obrigações, necessidades diversas e para completar, inseguranças vorazes que deixam tudo mais ansioso, inquieto, com uma sensação lancinante de que apesar de estarmos assoberbados, falta o essencial. E motivados pela falta, talvez entremos na compulsão e busquemos ainda mais estímulos. Opa! Alerta vermelho! Tudo começa com uma mente entupida de muitos pensamentos, preocupações, inquietações, muitos deles inúteis e desnecessários – medos e antecipações sombrias que talvez nunca aconteçam. Toda essa pre-ocupação compulsiva também pode servir para nos livrar de sentir realmente as coisas – ao invés de sentir perdemo-nos num emaranhado ensandecido de pensamentos. Portanto, o primeiro passo é esvaziar a mente, drená-la dessa super atividade, filtrar o excesso e concentrarmo-nos no essencial. É possível que todo esse frenesi nos dê a ilusão de estarmos realizando muito, mas talvez esteja apenas causando desgaste e dispersão. Para realizarmos algo, precisamos de ancoragem e centramento. Como conseguimos isso? Primeiro respirando, esvaziando a mente, disciplinando as ações, e ouvindo o coração ao invés de simplesmente racionalizar o que não gostaríamos de sentir. Vomitar tudo num papel, num desabafo às antigas pode ajudar muito; para os mais modernos, pode funcionar gravar as reclamações para si mesmo, ao invés de despejá-las sobre incautos passantes… Ouvir a própria voz lamentosa pode nos “acordar” para o nosso próprio absurdo… A partir disso, podemos acalmar a mente e a alma e utilizar o melhor da energia aérea Geminiana.  Como diz o poeminha de Gabriel Rodrigues:

“Moça,
A calma
Da alma
Acalma
O coração.
Não é sempre
Que se deve chorar.
Às vezes
Você só precisa
Da calma
E de mais nada, além
De seu sorriso.”

Vênus ingressa em Aquário às 02h17min da QUARTA-FEIRA. A Lua Geminiana oficializa a quadratura a Júpiter em Virgem, faz quincunce a Marte em Escorpião e um trígono benfazejo ao Sol Aquariano, ficando vazia às 14h37min. Ingressa em Câncer às 17h24min. De Câncer a Lua se indispõe com Vênus. Júpiter entra em orbe de quincunce a Urano, aspecto que ficará exato pela segunda vez no dia seis de março. O dia ainda traz alguns dilemas, mas o dia está menos sobrecarregado do que o anterior. Depois das avalanches mentais e de muita fricção sobre se queremos mesmo cumprir com a agenda do dia – que ainda está bem atarefado –  podemos alinhar o coração com os objetivos conscientes e fluir com o dia, colocando algum senso de ordem no caos emocional e mental que nos acometeu. À noite a sensibilidade finalmente aflora e entramos em contato mais prontamente com as inseguranças e carências que tínhamos evitado com tanto empenho, trazendo dilemas antigos, um lado querendo manter a compostura e a atitude de “não preciso de nada nem de ninguém” e o outro ansiando por colo e cuidados. Vênus em Aquário é independente e livre, avessa a apegos e demonstrações efusivas de sentimentos. “Eu sou de ninguém; eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”, diria ela, algo incongruente com esta Lua Canceriana, que deseja, sobretudo pertencer e se vincular. Contudo, não precisamos levar tudo a ferro e fogo, nem precisamos provar nada para ninguém. Admitir o próprio conflito para o outro e principalmente para si mesmo pode resolver muito da tensão e pode também propiciar uma abertura na expressão dos sentimentos e uma consequente receptividade. Não somos robôs programados para ter sempre as mesmas respostas prontas, assim, podemos receber nossas alterações emocionais e de humor  com menos severidade e compreensão. Se compreendemos a nós mesmos, estaremos mais aptos e ser compassivos também com o outro.

A Lua Canceriana faz quincunce a Mercúrio em Aquário nas primeiras horas da QUINTA-FEIRA, além de também se irritar com Marte em Escorpião. Mais tarde a Lua se afina com Netuno em Peixes e a sensibilidade transborda. No fim da dia o clima volta a azedar, com a Lua entrando em atrito com Saturno em Sagitário e brigando abertamente com Plutão em Capricórnio, já em orbe de quadratura a Urano em Áries, formando uma T-Square Cardinal. À noite a Lua entra na fase Corcunda. O dia começa meio desconfortável, talvez devido ao sono um tanto conturbado da madrugada. A manhã traz uma sensibilidade profunda, que nos coloca em contato com sentimentos densos, tanto os nossos quanto aqueles na atmosfera ao nosso redor. Talvez captemos frustrações escondidas, dissabores não ventilados, de modo que nos predispomos a irritações e pequenos amuos de criança emburrada. No fim do dia, porém, os amuos que não endereçamos adequadamente tornam-se problemas mais sérios e entram pela noite gerando crises e convulsões emocionais, nas quais nos sentimos vitimizados a lutar contra intimidações e manipulações, sem percebermos que o perpetrador do bullying atendeu a um chamado inconsciente nosso – sim, na verdade ele está dentro. A oposição poderosa com a qual nos deparamos não se resolverá com choros e lamentos – pelo contrário, talvez até estimule ainda mais o sadismo oculto do outro. Antes, precisamos arrebanhar nossa força e maturidade emocionais, nos responsabilizarmos por nossos sentimentos, sensações e carências se queremos ser respeitados e percebidos como gente grande. Perceber que o outro talvez esteja devolvendo na mesma moeda o tratamento que lhe demos pode ajudar a colocar as coisas em perspectiva – então descobrimos que não somos nem vítimas, muito menos inocentes. É preciso sim, honrar nossos sentimentos e, dependendo da situação, expressá-los com franqueza, mas isso não significa promover crises e dramas desnecessários e vexatórios, que talvez só nos leve a perder o respeito dos nossos pares. Um pouco de sobriedade e contenção nos fará perceber tudo o que está em jogo, inclusive nossa independência e respeito próprio.

O Sol ingressa em Peixes às 03h34min da madrugada de SEXTA-FEIRA. A Lua Canceriana faz quadratura exata a Urano em Áries, ainda formando uma T-Square Cardinal devido à oposição a Plutão. Contudo, a Lua faz alguns contatos benéficos que ajudam a equilibrar o gerenciamento das emoções: forma um Grande Trígono em Água com marte em Escorpião e Quíron em Peixes, e como está em harmonia também com Júpiter, esta configuração vira uma Pipa que tem Júpiter de foco. A Lua fica vazia às 12h37min, depois do trígono a Marte. A noite e a madrugada ficam bastante tumultuados, mas o dia ganha ares mais sensíveis e compassivos. Estamos mais alinhados com nossas emoções e sentimentos, sensibilizando-nos também com as dificuldades alheias, possivelmente até saindo do nosso caminho para oferecer ajuda a alguém. Sentimo-nos em conexão com a rede da vida de uma forma inexplicável e isso faz os dramas recentes parecerem um tanto sem sentido e infantis ou mesmo muito distantes. O Sol ingressa em Peixes finalizando mais um ciclo anual e sugerindo uma reflexão profunda sobre os propósitos que queremos realizar no ano vindouro. Uma dissolução dos restolhos do ano que finda, uma dissolução de propósitos meramente egoicos para vislumbrarmos a volta à Casa do Pai ou da Grande Mãe. O ciclo Pisciano sugere a inclusão de tudo o que foi excluído da mente racional durante o ano, para nos integrarmos novamente à fonte da vida, para nos regenerarmos e sermos paridos no próximo ciclo, com sorte, com mais maturidade e clareza do nosso papel no mundo e na vida.

A Lua, redondamente grávida, ingressa em Leão à 00h18min de SÁBADO, de onde faz quincunce ao Sol. Ao longo do dia faz oposição a Vênus e Mercúrio em Aquário e sesqui-quadratura a Quíron em Peixes, fechando a noite em trígono a Saturno. O dia traz um tom um pouco mais leve e solto, embora ainda possamos nos deparar com opiniões antagônicas e possivelmente extremistas. Contudo, é pedido de nós que sejamos mais generosos nos confrontos, que não nos identifiquemos tanto com opiniões, que podem bem estar erradas ou, no mínimo, duvidosas; que demos o benefício da dúvida ao nosso interlocutor e percebamos que toda estória pode ter muitas versões e que essa coisa de verdade absoluta simplesmente não existe, ou, é pelo menos nebulosa. Assim, o outro, por mais antagônico que seja na expressão, ainda é um amigo e parceiro. Podemos expressar ideais e ideias com franqueza e honestidade, podemos concordar em discordar; e, em nome da civilidade e do afeto mútuo respeitamos as disparidades, sem permitir que elas cavem um abismo desnecessário entre nós. Nossos projetos, que devem estar indo de vento em popa, precisam ser divulgados e promovidos, mas não à custa de questões essenciais e tão necessárias quanto. Contudo, é necessário conciliar necessidades e valores, para negociarmos sem sentir que vendemos a alma ao diabo.

O DOMINGO traz um Grande Trígono em Fogo formado pela Lua Leonina em contato harmonioso com urano em Áries e Saturno em Sagitário. Entretanto, os auspícios desse Grande Trígono podem ser ofuscados pela inquietação e ansiedade de um Yod do qual a Lua é o foco, uma vez que ela faz quincunces a Plutão e a Quíron. À noite os conflitos podem ficar mais tensos com a quadratura Lua-Marte. Vênus está em sesqui-quadratura a Júpiter. Uma sensação de divisão colore o dia: temos desejos de sair e explorar o mundo, sentimos que finalmente estamos autorizados a escalar aquela montanha, empreender aquela aventura, tomar aquele novo caminho ou nova atividade; todavia, há uma insegurança latente a nos perseguir, como um mau presságio, a acinzentar o arco-íris do nosso entusiasmo. O que nos vence, nossos medos e receios ou nossa fé e esperança? Estamos voando ou despencando no abismo? Onde está nossa intuição no dia de hoje? Que direção ela aponta, o que nos sugere? Somente tolos e incautos ignoram seus instintos de auto-preservação. Igualmente, os fracos e covardes deixam-se congelar por seus receios sem nunca sair do lugar. É preciso pois, calar a voz do medo paralisante e da audácia destemperada, ouvindo a voz serena, a mais verdadeira, no fundo de tudo, que nos dirá, se tivermos ouvidos para ouvir, qual a atitude certa para o momento presente, qual o melhor caminho, qual convite da vida iremos aceitar no dia de hoje. A noite pede cautela e paciência para lidarmos com possíveis conflitos e embates entre vontades inflexíveis e talvez belicosas. Antes de atacar como estratégia de defesa, é aconselhável se questionar se estamos, de fato, sob ameaça ou se estamos indóceis apenas por não receber a atenção que desejávamos, mas que por algum motivo, não recebemos. Ou talvez tenhamos que nos afirmar e fazer respeitar, a despeito de estarmos inseguros e duvidosos de nós mesmos. Reagir cegamente não é uma boa opção e isso só se consegue com auto-escrutínio honesto.

Desejo que a sua seja uma semana frutífera, feliz e abençoada!

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

Francisco de Assis

mariaeunicesousa

Maria Eunice Sousa é astróloga de orientação psicológica, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene. Mora em Cuiabá, onde atende com Astrologia, trabalhando também como tradutora e intérprete (Inglês-Português). Além de Mapa Natal e Revolução Solar, também atende com Astrocartografia e Espaço Local (formada pelo Kepler College), Mapa Infantil, Mapa de Relacionamento e Mapa Vocacional.

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