A Semana Astrológica
Semana de 07 a 13 de novembro
Semana de Quarto Crescente começando e trazendo muitas novidades! O sol faz contatos importantes: trava conversa profunda com seu dispositor moderno, Plutão, indicando a oportunidade de a consciência integrar conteúdos ainda não trabalhados, consciente e inconsciente funcionando em cooperação. Mais para o fim da semana o Sol se harmoniza com Quíron, também trazendo chances de maior aceitação das nossas fragilidades, tal aceitação tornando-se adubo para a empatia em relação ao outro. Entretanto, o mesmo Sol se indispõe com Urano em Áries no domingo, requerendo uma negociação interna delicada, entre um lado nosso que deseja mergulhar visceralmente nos projetos e objetivos, abraçando o compromisso sem duvidar, enquanto um outro lado se ressente de tal apego, de tal demanda e energia, visto que preferiria ficar mais solto e desimpedido, mais aberto para outras possibilidades. Essa incongruência pode se manifestar como grande irritação, inconstância nos desejos, ansiedade e talvez até mau humor. Ou pode também aparecer como alguém próximo a nós que age questionadoramente em relação àquilo que estamos empenhados. De qualquer forma, é necessário mantermos nossas disparidades em cheque para que não joguemos sobre outros nossa insatisfação.
Mas o que faz a energia mudar realmente é a mudança de signo de três planetas pessoais: Mercúrio ingressa em Sagitário, Vênus em Capricórnio e Marte em Aquário, dando um subtom Júpiter-Saturno para as interações e relações mais próximas. Antes de entrar em Sagitário Mercúrio cutuca urano irritantemente, pedindo que tenhamos cautela com a língua, que pode ficar ainda mais afiada e contundente nas comunicações. A mente pode ter dificuldade de conciliar a profundidade com a necessidade de distanciamento. Ao mesmo tempo em que precisamos estar muito apaixonados por aquilo que fazemos, tal paixão não pode ofuscar a impessoalidade necessária que nos permita avaliar o objeto do nosso estudo com acurácia e desperendimento. Mercúrio ingressa depois em Sagitário, signo do seu detrimento: ideias demais, estímulo demais, aventuras em excesso, de modo que não sabemos direito o que fazer com tudo isso. Em Sagitário esse Mercúrio pode se tornar um boquirroto, carecer de tato e dizer coisas erradas nas horas erradas, talvez, especialmente porque fará quadratura a Netuno e posteriormente conjunção a Saturno – além disso, não podemos esquecer que Júpiter, o regente de Sagitário se aproxima da quadratura a Plutão. Mercúrio fica em Sagitário de 12 de novembro a 02 de dezembro.
Vênus ingressa em Capricórnio, abrindo uma temporada de maior austeridade e pragmatismo, tanto nas relações afetivas quando na gestão dos valores e investimentos. Com Vênus em Capricórnio somos auto-suficientes, e as mulheres, especialmente, são mais senhoras de si, mais independentes e soberanas, mas também pragmáticas quando se trata de afetos e valores. Vênus em Capricórnio é atraída pelo dinheiro, poder, sucesso, riqueza, status mas principalmente, por segurança e solidez. Valoriza compromissos e alianças duradouras. Em Capricórnio, Vênus é a própria Rainha de Ouros do Tarô. De acordo com Sue tompkins, no livro The Astrologer’s Handbook, este é um posicionamento bastante aristocrático e atraímos os outros pela imagem de dignidade, classe e altivez, que vem com naturalidade. Controlado, sóbrio e reservado, este posicionamento pode parecer frio e calculista para quem vê de fora, mas na verdade, é a necessidade de segurança, provavelmente nascida de tempos difíceis, que move esta Vênus. Tem um senso de propriedade e do que é socialmente adequado bastante marcado e detesta expressões exageradas de emoções e sentimentos. Há uma necessidade de ser e parecer digna e respeitável e prefere perder qualquer coisa, menos o respeito ou a reputação – e Deus nos livre de perder dinheiro! Mas não se engane, ela pode ser extremamente charmosa e sedutora quando quer, porém obviamente é um charme cheio de classe, calculado e estrategicamente dirigido à figura mais poderosa do salão. A pose digna, controlada e auto-suficiente também pode esconder muita insegurança, ambição ou uma fome insaciável por riqueza e poder, dependendo dos demais aspectos e posicionamentos do mapa.
No signo da cabra Vênus favorece o nativo com uma bela estrutura óssea, pele perfeita e dentes magníficos, isso porque todas estas características físicas estão sob a regência de Capricórnio e Vênus “embeleza” tudo o que toca. Não é incomum pessoas com este posicionamento serem atraídas por parceiros mais velhos ou que pareçam mais maduros e independentes financeiramente. Em termos práticos, quando Vênus trafega Capricórnio, somos mais realistas na forma de gerir o dinheiro e demais recursos. Compramos pouco, mas compramos bem, porque priorizamos qualidade ao invés de quantidade. Queremos coisas que durem e que agreguem poder e valor. É um período bom para se investir em pedras preciosas e para planejar investimentos de longo prazo. Capricornianos em geral são favorecidos pelo passeio de Vênus em seus terrenos rochosos. É um período bom para o networking e para relacionamentos em geral além de criar boas oportunidades tanto na vida profissional quanto social. É favorável para costurar parcerias e para cuidar melhor da aparência física. Vênus ingressa em Capricórnio no sábado, dia 12 e fica neste signo até 07 de dezembro, quando ingressa em Aquário.
Marte torna-se um visionário libertário ao entrar em Aquário, na quarta-feira, dia 09 de novembro. Quando Marte trafega este signo, o impulso de auto-afirmação é colocado a serviço do coletivo, dos grupos, associações e instituições maiores que o indivíduo. É um posicionamento altamente político e também progressista. Individualmente, a ação pessoal é marcada pela inovação, independência de atitude e alto grau de experimentação. Há muita originalidade na forma de fazer as coisas e de realizar os intentos. Rebeldia também é uma característica forte e, obviamente, problemas com autoridade. Marte fica em Aquário de 09 de novembro a 19 de dezembro, quando então entra em Peixes.
E tem também outro movimento importante ocorrendo por estes dias: trata-se de um semi-sextil entre Saturno e Plutão. É um movimento sutil, dado que sutil é o aspecto, menor, mas por se tratar de dois “cachorros grandes”, pode sinalizar uma mudança, também sutil, na atmosfera, especialmente porque este é o último aspecto entre eles, antes da conjunção que farão em Capricórnio, em 2020. É como aquele último telefonema acertando os últimos detalhes de um encontro, confirmando a hora, o local e a pauta que será discutida na “reunião”. Saturno e Plutão são dois planetas de controle e que nos remetem aos nossos medos, o medo individual/grupal e o medo coletivo, o medo da espécie. Do que temos medo, atualmente? Quais são os pesadelos que nos fazem acordar apavorados na escuridão da noite? E o que podemos fazer para encarar tais medos e não deixar que eles nos paralisem e impeçam de fazer o que precisa ser feito? Como podemos instaurar uma relação de confiança com outros seres humanos? Nesta semana vivi uma experiência bastante inspiradora, que partilho com vocês. Fui ao Rio de Janeiro participar do 18° simpósio de astrologia promovido pelo Sinarj. Resolvi experimentar o Airbnb pela primeira vez. Lá chegando, fiquei meio desconcertada ao constatar que ficaria na casa de 4 rapazes e que não havia chave na porta do quarto. Quando questionei sobre isso com a pessoa com quem tinha tratado desde o início, ele disse que nenhum dos quartos tinha chave, nem mesmo os quartos de quem morava permanentemente na casa. Até mesmo o quarto dele era alugado, às vezes, uma vez que ele viaja com certa frequência e todas as suas coisas de valor ficam lá. Falando em valores, eu perguntei onde poderia guardar os meus – sim, eu confesso que sou meio desconfiada – e eles simplesmente falaram: “pode deixar lá, ninguém vai mexer”. Bom, eu me senti tranquila e segura, visto que há uma empresa por trás e todos os comentários de hóspedes anteriores eram muito elogiosos e recomendavam veementemente o local. Fiquei seis dias e cinco noites e foi uma experiência ótima, aquela cultura de confiança que aqueles universitários estão criando. No dia de vir embora, perguntei, por WhatsApp, ao contato principal, que estava viajando, se haveria alguém na casa na hora que eu precisava sair. Ele respondeu que se não houvesse, não havia problema, era só deixar a chave no aparador da entrada. Realmente me senti entre amigos, e foi como uma lufada de ar fresco perceber isso que eu chamei de “cultura de confiança”, ao invés da cultura de suspeita e medo que normalmente vemos. Tomara que isso contamine outras pessoas e que que possa proliferar, porque, mais do que nunca, precisamos lidar com o medo de maneira mais saudável, sem que ele nos previna de viver e de nos relacionar com os outros seres humanos. Assim, com Saturno em aspecto a Plutão nesta semana, é um bom momento para meditarmos sobre nossos medos, os reais e os infundados; as ansiedades e as paranoias; o medo saudável e necessário à preservação da vida e as fobias e paranoias que nos enclausuram em nós mesmos.
Uma atualização pós Trump – depois do resultado das eleições americanas nessa madrugada, o mundo acordou mais assustado e apreensivo. De fato, ninguém é ingênuo para apostar que isso não representa problemas. A questão é que estamos vivendo um movimento conservador em todo o mundo, uma reação natural ao tempos revolucionários recentes – nas últimas eleições os americanos elegeram um negro! E no Brasil se elegeu uma mulher! Agora estamos indo na direção contrária… Sim, é um cenário bem semelhante àquele do início dos anos 30, pré segunda guerra… Estou dizendo que vai haver guerra? Já vivemos uma guerra diária, não é? Olha o mundo em que vivemos hoje! Esse cenário não é recente, ele vem se desenhando há décadas! E sobre esse momento, vi um comentário do meu antigo professor do CPA, John Green, que resume o que está acontecendo. Transcrevo aqui, com autorização, porque para mim, resume a qualidade dos tempos que vivemos. Ele lembra que “o coletivo está muito além do humano, o coletivo não se ‘importa’ com a raça humana, portanto estes movimentos estão muito além de nós e das nossas forças. Gostamos de pensar sobre a evolução sem pensar que isso não necessariamente significa que as coisas melhorem para a espécie humana. Estamos vendo os dias de morte de um império e tais tempos nunca são bonitos de se viver. Os trânsitos atuais dos planetas exteriores, incluindo Saturno e Netuno gritam por mudança e então as pessoas reclamam quando a mudança ocorre porque as pessoas ‘erradas’ ganharam – mas parece que essas pessoas estão ganhando porque o poder estabelecido não promete mudança, apenas quer ‘mais do mesmo’, manter o status quo e, nestes tempos, isso não é o bastante. Nesse contexto, oportunistas se alinham com as tendências muito mais rápido do que aqueles que querem manter o status quo e é assim que eles capturam o humor vigente. Eles não são as pessoas certas para o trabalho, mas eles ganharão. De fato, é necessário uma mudança de dentro, mas isso não acontece enquanto pessoas de cada lado continurem se chamando de estúpidos. Acho que há muito pouco que possamos fazer nestes dias difíceis, mas temos que tentar mudar internamente e isso vem a partir do entendimento e não da demonização uns dos outros”.
Em 2020 teremos uma conjunção tripla de Júpiter, Saturno e Plutão em Capricórnio que certamente simbolizará impactos globais, mas como isso vai se dar, é cedo para dizer. Impérios surgem e depois desaparecem, à revelia do humano. Precisamos lembrar da nossa enorme insignificância no plano maior das coisas. Estamos aqui para fazer a nossa parte, da melhor forma que pudermos e somos responsáveis pelo que criamos e construímos, assim, se queremos mudar alguma coisa, precisamos olhar para dentro e ver onde estamos falhando e contribuindo com esse quadro que aí está. E não, o/s outro/s lado/s não é o inimigo – enquanto virmos o outro, de opinião e valores contrários aos nossos, como inimigos estúpidos, continuaremos a descer ladeira abaixo. Infelizmente!
A Lua abre a semana já na fase do Primeiro Quarto, o Crescente, em Aquário. Afoga-se em Peixes e torna-se Corcunda em Áries, sendo Cheia em Touro no dia 14, segunda-feira da semana que vem, na maior Super Lua em muito tempo.
SEGUNDA-FEIRA, 7 de novembro – A lua aquariana se harmonizou com Júpiter e Saturno, seu regente. Depois oficializa o Quarto Crescente, fazendo quadratura ao Sol, que hoje está em sextil pleno ao seu dispositor moderno, Plutão. Mercúrio está em desavença com Urano. Um dia auspicioso, leve e feliz. Temos a sensação de que, mesmo que as coisas estejam meio desencaixadas, podemos dar um jeito de harmoniza-las. Nosso espírito reformador não se dobra diante das impossibilidades do destino e, levando em conta aquelas coisas que não se pode mudar, decide que ainda dá pra fazer do limão, azedo de doer, uma bela limonada! Os projetos iniciados dias atrás agora enfrentam desafios: precisamos olhar para essa sombra e natureza ctonica e reptiliana que carregamos, sem deixar que elas limitem nosso espírito indômito e altaneiro! Precisamos nos desidentificar da nossa “cria”: ter distanciamento emocional, olhar com olhos clínicos para ver as dificuldades com frieza, assim teremos mais desenvoltura para fazer os ajustes necessários.
TERÇA-FEIRA, 8 de novembro – A Lua Aquariana conversa, bem disposta, com seu dispositor moderno, Urano, mas depois quadra Mercúrio. A Lua ainda conversa bem animada com Vênus, no fim de Sagitário e fica vazia depois, às 10h5min. Ingressa em Peixes somente às 18h46min. A madrugada pode trazer alguma turbulência e discussões duras entre os notívagos de plantão. Um desconforto entre corpo e mente pode atrapalhar o sono, comprometendo o descanso. Apesar disso, acordamos bem dispostos e aptos a relevar as incongruências internas, de modo o dia começa harmônico e leve. Pelo fim da manhã a Lua fica vazia, depois da conversa com Vênus, sugerindo que desaceleremos o coração e a vida. O que podemos fazer para ter mais harmonia e leveza em nossa vida? Parâmetros uma abordagem mais desapegada e objetiva dos problemas que enfrentamos? É dia de fazer coisas diferentes, de apostar no desapego para lidar com os problemas; talvez até seja bom tirar uma folga de tudo, sem fingidas culpas, sem lágrimas de crocodilo! À noite o clima muda e fica muito mais sensível, nostálgico e propício à solitude e à meditação e resguardo!
QUARTA-FEIRA, 9 de novembro – Marte ingressa em Aquário às 02h52min. A Lua está em Peixes e faz conjunção a Netuno, quincunce a Júpiter e quadratura a Saturno. Como ajuda se harmoniza apenas com Plutão em Capricórnio. O dia é de aguaceiro, seja externo ou interno. Enorme sensibilidade, que pode propiciar muitos insights, mas também vulnerabilidade. Dia de se sentir um tanto desminlinguido, dissolvendo-se como o sal dissolve-se na água. O sal das nossas lágrimas também alteram o gosto e a textura da pele, adicionando densidade ao dia. Uma nostalgia carregada faz querer nos perder por caminhos desconhecidos, em que não precisemos nos definir nem dizer quem somos ou o que queremos – não-decisão, não-definição. Mas, por mais que queiramos indulgir nisso por um certo tempo, chega uma hora em que precisamos voltar à terra e tomar tento da vida, das obrigações e deveres, do contrário, os puxões de orelhas será dolorosos, vexatórios e poderão nos deixar ainda mais melindrosos e inseguros. Precisamos conciliar a suavidade do coração com com as demandas do mundo real, lá fora de nós, sem nos sentir vitimizados, entendendo que é parte da experiência de se estar vivos. Marte ingressa em Aquário inaugurando um período em que a vontade pessoal se alinha à vontade e objetivos do grupo. Não basta realizar por mim, é preciso ter consciência social, estender a mão e trazer junto o outro que está ao meu lado, ou até mesmo abaixo de mim na escala social; afinal, ele não é meu inimigo, antes, é um parceiro, um amigo. Em Aquário Marte como os interesse egoístas de lado e briga pelo coletivo, eplo todo. Gosta de experimentar e inovar – inclusive sexualmente! É um prometeu, disposto a roubar o fogo dos deuses quantas vezes for necessário para implantar sua visão progressista de como as coisas devem ser, mesmo que pague um preço alto por isso, mesmo que pague com sangue por essa infração grave contra governos, instituições, poderes estabelecidos, ou esmo contra a própria natureza. Visionário, libertário, inovador, dado a experimentações e pouco afeito às amarras sociais, o Marte Aquariano precisa de uma causa coletiva pela qual lutar! Podemos nós nos perguntar: qual é o fogo que precisamos roubar? Qual é a causa com a qual precisamos nos engajar para tornar esse um mundo melhor?
QUINTA-FEIRA, 10 de novembro – A Lua Pisciana se alinha ao Sol em Escorpião e depois se funde a Quíron, conversando sensivelmente também com Mercúrio. Implica com Vênus e fica vazia depois, às 20h18min. Ingressa em Áries às 22h45min. Saturno está em semi-sextil exato a Plutão. O dia hoje está ainda mais sensível, como se isso fosse possível. Dissolvem-se as barreiras separativas de tempo e espaço, e sentimos o que o mundo sente, o que dói no mundo. Sentimos e sentimos, profunda e visceralmente, a ponto de nos afogar nesse sentir, engolfados por ele. Sim, a vida só faz sentido quando nos permitimos sentir, entretanto, não podemos deixar esmagar por tais sentimentos, antes, precisamos expressá-lo criativamente, manifestar esse sentir curativamente e a dor poderá então ser contada, cantada, desenhada, pintada, expressada efetivamente. Não precisará ficar represada, envenenando o coração e a atmosfera ao redor, não mais nos intoxicará e nem ao mundo. Precisamos cuidar para não ser tomados pelos exageros, a preguiça, a manipulação através do vitmismo. Precisamos também vigiar o medo e o clima de ansiedade que vai se instalando em nós, roubando os dias e as esperanças… Nós passaremos também, algum dia – não somos tão importantes! Enquanto estivermos aqui, cuidemos de fazer nosso melhor!
SEXTA-FEIRA, 11 de novembro – De Áries a Lua se afina belamente com seu dispositor, Marte, já em Aquário. Depois disso ela se desarranja com o Sol, mas através deste aspecto entra na fase Corcunda. Fecha a noite em harmonia com Saturno e preparando-se para a guerra com Plutão. O Sol está muito próximo do trígono a Quíron. Ao contrário dos dias anteriores, a sexta traz uma energia dinâmica e ativa, de entusiasmo, ação e realização – a ponto de nem parecer sexta, de tão animados que estamos com tudo o que fazemos, especialmente porque sentimos uma onda que nos impulsiona, vigorosa e decidida, em direção aos nossos objetivos, de forma que apostamos todas as fichas naquilo com que nos envolvemos. Contudo, há muitos desafios a serem enfrentados e parte deles têm a ver com a nossa pressa e precipitação, nossa afobação e entusiasmo pueris – que não serão perdoados, caso não assumamos a responsabilidade pelo jeito descuidado e negligente de fazer as coisas. Todo o entusiasmo juvenil e inocente precisa estar aliado ao comprometimento com a honestidade e ter como foco a melhoria e a seriedade das coisas – seriedade não quer dizer, necessariamente, sisudez de expressão! Não podemos alegar inocência e por mais que nosso otimismo e entusiasmo abram portas, eles não podem ser a única via de acesso para buscarmos oportunidades de realização. Precisamos lidar com a realidade lá fora e encarar que há coisas que precisam ser assimiladas e resolvidas – algumas delas, aliás, não têm solução individual. Além disso, sem consistência esse entusiasmo não passa de um balão de gás à deriva. Em lugar de mimimi, o melhor que fazemos é fazer bem feito desde a primeira vez, porque nem todo mundo vai nos desculpar e relevar nossa ingenuidade.
SÁBADO, 12 de novembro – Vênus ingressa em Capricórnio às 02h55min e Mercúrio ingressa em Sagitário às 12h41min. A Lua fecha o tempo com Plutão, beligerância total, que sobra até mesmo para o Sol. Alia-se a Urano e fica vazia depois desta reunião, às 09h46min. Ingressa em Touro às 23h24min. O Sol está em trígono exato a Quíron e espicaçando Urano, mas este aspecto fica pleno só amanhã. Dia de mudanças perceptíveis e enfáticas. Vigor, disposição e arrojo é que tem na prateleira do dia! Tanto que podemos meter os pés pelas mãos e fazer mais trapalhadas do que poderíamos imaginar. A madrugada de sexta para sábado está particularmente turbulenta, de modo que a manhã começa meio precipitada, afogueada e, se não temos cautela, nos expomos a situações erráticas e imprevisíveis, com possíveis resultados desastrosos. Os imprevistos nos deixam irritados e desengoçados, desatentos, portanto, precisamos ter atenção para não nos envolvermos em atritos ou mesmo acidentes. A Lua fica vazia quase o dia todo, até tarde da noite. Intuímos e sentimos influ~encias desconcertantes, que tocam nossa alma e senso de justiça, mas, de alguma forma, nos sentimos incapazes de agir ou tomar providências e esse senso de impotência nos deixa indóceis e estressados, o que requer mais cuidado e atenção, além de gentileza para com o outro e conosco mesmos.
DOMINGO, 13 de novembro – O Sol está em quincunce exato a Urano. A Lua Taurina, por sua vez, também caça confusão com Mercúrio e Marte. Se entende com Vênus e também com Netuno, mas mais tarde volta a arrumar imbróglios com Júpiter e Saturno, virando foco de um Yod-Dedo de Deus. Fecha a noite harmonizada com Plutão. O domingo tá preguiçoso, lento, modorrento e ideal para descansar. Entretanto, não conseguimos sossegar porque embora o corpo e o coração sintam profundamente os apelos do tempo e do ócio, a mente teima em se intrometer e inventar modas, inventar atividades mil, feito criança peralta com um formigão na bunda. A mente quer, mas o corpo não tem energia para obedecer. Há outros conflitos em curso que tornam o dia meio tenso: queremos profundidade e constância, ir até o fim naquilo a que nos propomos, mas mas nos irritamos com interrupções, imprevistos, descompassos, inclusive com nossa própria alternância de disposição. O resultado é que, ao invés de sossego, temos intranquilidade, inquietude, culpa, incapacidade de conjugar todas essas discrepâncias, desejos e limites, o que é adequado e o que é mais divertido e verdadeiro. Podemos azedar o domingo com tantas idiossioncrasias internas, que podem se manifestar como bloqueios ou vicissitudes externos. Melhor mesmo é pegar leve e ruminar duas ou dez vezes antes de proceder com o estouro da boiada.