Lua Nova em Libra – Abra portas e janelas!
A Lua Nova de hoje (19 de outubro de 2017, 17h13min para Brasília e 19h13min para Lisboa) anuncia um novo ciclo de muitas surpresas, notícias e acontecimentos inesperados, guinadas repentinas nas decisões e atitudes, possibilidade de rupturas diversas e necessidade de renovação e de recorrermos à nossa inventividade, mais do que nunca! Isso vale para a vida de um modo geral, mas principalmente para os relacionamentos amorosos e parcerias de negócios.
O ciclo de Libra sinaliza um período do ano em que precisamos nos concentrar mais nas nossas relações, de sair um pouco de nós mesmos e focarmos na alteridade; um período de maior busca de equilíbrio nas trocas e nas relações laterais, entre iguais. E Libra é um signo que vê as relações de forma muito civilizada, sem grudes, sem excessos de emocionalismos, sem derramamento exagerado de sentimentos. Não é sobre amor ou sentimentos, é sobre equidade, parceria, lateralidade; sobre como lidar com quem está ao meu lado – nem na minha frente, nem atrás, nem acima, nem abaixo, mas ao lado: um outro igual a mim.
No mapa desta lunação, vemos Lua e Sol a 26°35’ de Libra, em oposição exata – apenas a três minutos de distância do aspecto partil – a Urano, que está retrógrado a 26°31’ de Áries. Lua e Sol acabaram de fazer o aspecto exato e, embora muito próximos ainda, já estão se separando dele. Lua e sol também se separam de um sextil a Saturno em Sagitário e ainda fazem sesqui-quadratura a Netuno e quincôncio a Quíron, ambos em Peixes – o único aspecto aplicativo, que ainda vai acontecer é a sesqui-quadratura a Netuno. Estes aspectos separativos nos sugerem que estamos num momento/ciclo de despertar para nossas verdades relacionais e de enxergarmos com mais nitidez e lucidez (Urano) as nossas dinâmicas afetivas (Libra); de nos responsabilizarmos pelas relações que atraímos e criamos (Saturno); e como as experiências difíceis, feridas e mágoas anteriores impactam nas nossas expectativas futuras e no nosso modo de viver as relações (Quíron). É um ciclo que traz uma iluminação, uma clareza maior sobre tais dinâmicas e nos convida a viver tais relações de forma mais independente, algo que já estava sendo gritado na Lua Cheia de Áries, de duas semanas atrás. O aspecto a Netuno, que ainda vai acontecer traz um alerta: lá à frente haverá um confronto entre essa nova consciência, já adquirida, sobre nossas recém conquistadas liberdade e independência e todo o anseio pela simbiose e fusão redentoras (Netuno), um desejo por voltar ao passado de inconsciência, de não ter que decidir ou escolher por nós mesmos, esperando que outros o façam por nós.
Portanto, este é um ciclo de termos muita clareza sobre nossas intenções acerca da nossa vida amorosa e das parcerias. Que tipo de relações queremos viver em nossa vida e estimular no nosso entorno? Esta lunação clama por consciência, por desenvolvermos esta nova consciência, novos modelos e formas de nos relacionarmos; de superarmos os modelos “certinhos” e adequados; de pararmos de procurar a pessoa “certa”, o homem/mulher/parceiro “ideais” para nós e começarmos a nos relacionar com as pessoas de verdade que cruzam nosso caminho, com todas as suas idiossincrasias e esquisitices, uma vez que nós também temos as nossas! Estes modelos relacionais que funcionavam antes, já não estão funcionando mais. Desde que Plutão entrou em Capricórnio em 2008 e Urano em Áries em 2010, estes “modelos” relacionais estão sendo questionados, de forma ampla e irrestrita, questionamentos simbolizados pela oposição de Urano e pela quadratura de Plutão a Libra, desde as datas mencionadas. E cada vez que uma lunação ocorre em aspecto com estes planetas, esses questionamentos e discussões ficam potencializados.
Este ciclo vem nos convidar a plantar novas sementes relacionais. Sementes que rompam com as expectativas esperadas, que ousem ser diferentes e aceitar o diferente, em nós e no outro. Vem nos convidar a lançar intenções que sejam mais fidedignas com aquilo que somos verdadeiramente, com a nossa natureza pessoal e menos focadas nas expectativas sociais de como devemos viver nossa vida amorosa/afetiva. Para quem está num relacionamento duradouro, de qualquer tipo, é hora de abrir as portas e janelas para ventilar a relação, para tirar a umidade e espantar o bolor acumulado; é hora de nos questionarmos, honestamente, o quanto estamos felizes e satisfeitos e encarar a verdade, qualquer que seja ela, sejam os problemas relacionados conosco mesmos ou com o outro; é hora de lembrar-nos de quem somos, individualmente e do quanto temos nutrido nossa individualidade ou o quanto a relação pode ter embotado tal individualidade – provavelmente por acomodação nossa mesmo. Em termos bem práticos, é um momento em que os casais precisam de mais espaço e liberdade, de sair da rotina automática e esperada, de fazer programas diferentes, juntos ou separados; de nutrirem-se como indivíduos, para voltarem para a relação cheios de surpresas, de novidades, de estímulos, de novo ânimo – uma individualidade enriquecida e interessante é essencial para que a relação continue saudável. Quem se recusar a abrir as janelas e portas, poderá ter que lidar com surpresas desagradáveis: o vendaval virá e arrancará portas, janelas, o teto, a casa inteira! É quando nos surpreendemos com a traição do outro, com a ruptura anunciada pelo outro – rupturas, aliás, estão muito favorecidas neste ciclo! Dessa forma, é melhor mesmo abrir as portas e janelas da casa, da relação, da alma, da vida e convidar o vento a varrer tudo o que está embolorado e estagnado e ventilar o que precisa ser ventilado! Tenhamos coragem, o vento só vai levar o que não tem mais a ver com a nossa verdade!
Vênus, regente da Lua Nova, está bem isolada, sem fazer aspectos a outros planetas. O último aspecto que fez foi exatamente um quincôncio a Urano, quando ainda estava em Virgem. Esse isolamento sugere cautela, porque há inconstância na expressão dos afetos e desejos – ora queremos e somos efusivos, ora não estamos nem aí e nem nos importamos e essa oscilação deixa aos outros e a nós mesmos confusos e denota uma desconexão dos desejos e valores mais profundos. Assim, é essencial, nos momentos de dúvidas, em que não sabemos o que/como escolher, nos voltarmos para dentro e identificar quais são nossos valores básicos e se os mesmos ainda são válidos.
De modo mais geral, este é um ciclo de muita inconstância nos propósitos e nos humores. Há forte tendência a radicalismos, intolerância, notícias chocantes – a respeito das relações, como também a respeito das questões relacionadas à arte e à estética e aos conceitos de justiça e de equilíbrio – lá vem mais polêmica! Mas é também um ciclo de muita inovação, de buscar experimentações que revigorem nossa vida e nos façam renovar a vontade de viver, de nos sentir presentes no mundo, ocupando nosso espaço de direito, nos afirmando, afirmando nossa individualidade sem temor (Marte puxa uma formação de Locomotiva) e vivendo nossos propósitos pessoais e nossas relações de forma mais transparente e mais genuína.
E você, quais são suas intenções para este ciclo? Que tipo de relações deseja criar e viver? Que projetos pode visionar que trarão mais entusiasmo, inovação, estimulo para sua vida? Onde precisa renovar seus gostos estéticos? Onde precisa ter mais ousadia, talvez até chocar um pouco? Onde precisa dar uma “sacudida” para espantar a poeira e o bolor da estagnação e da previsibilidade? Pense nisso e lance suas intenções!
Feliz Lua Nova, feliz Novo Ciclo para você!
Como sempre, um excelente texto 😍!!!
Muito obrigada pela partilha.
Namastê
Sempre revigorante e maravilhosa em bênçãos de palavras. Lindo, Maria Eunice!
Nossa! Que texto!
Obrigada pela reflexão!!!
Muito obrigada, pela partilha desta leitura. Um bom período para si!
Parabéns!
Gratidão!
Amei esse texto. Me identidentifiquei muito nessa parte de dar uma sacudida. Renovar. Toma oque é meu direito. Nossa!!
Parece que escreveu pra mim…
Obrigado! 🙏