Lua Cheia em Escorpião – Que Monstro Você Precisa Combater?

25 Abril 2013

A Lua Cheia em Escorpião de hoje é também um Eclipse Lunar (25 Abril 2013, 16:56, hora de Brasília). Na principal configuração temos o Sol, Marte e Vênus em Touro, opostos à Lua e a Saturno em Escorpião. Os planetas em Touro harmonizam-se com Plutão em Capricórnio e Lua e Saturno harmonizam-se com Netuno e Quíron em Peixes. Saturno também está em bom aspecto com Plutão.

Talvez por causa das supertições e da aura de mistério e magia de tempos de outrora, eclipses nos deixam arredios, meio assombrados. Há uma sensação de perigo, que não sabemos direito de onde vem. Em Escorpião, há também um pouco de paranóia, uma sensação de estar sendo vigiado, observado, de se estar sob ataque iminente. Mas talvez o ataque iminente não venha necessariamente de fora.

Esse eclipse em Escorpião vem chamar a nossa atenção para temas que talvez venhamos tentando ignorar por serem muito dolorosos, e que representam nossas batalhas com forças sombrias, estejam elas dentro de nós ou no mundo exterior. Temas que estiveram encobertos, que foram postergados agora vêm à tona e somos obrigados a lidar com eles, queiramos ou não. Talvez sejam assuntos dos quais nem estávamos conscientes, mas que agora vêm à luz da nossa consciência. Sendo a Lua um dos primeiros significadores de relacionamentos, é provável que esses assuntos estejam ligados às nossas relações, e considerando-se que a polaridade Touro-Escorpião lida com valores, materiais ou imateriais, os meus e os seus, é possível que isso seja o pivô da crise em questão.

Enquanto eclipses do Sol simbolizam, entre outras coisas, novos começos, os lunares significam fins, términos de assuntos que vinham se arrastando ou que vínhamos tentando evitar. Como já disse, em Escorpião nossa batalha é contra as forças sombrias, inconscientes ou não, internas ou externas. E essa batalha é normalmente simbolizada nos mitos por lutas ferozes contra dragões destrutivos, monstros-serpente virulentos e letais, górgonas de olhares petrificantes(Medusa), etc. Geralmente o dragão protege um tesouro inestimável que o herói veio buscar ou resgatar. Há, por exemplo,  a batalha da luta de Hércules contra a Hidra de Lerna, uma serpente monstruosa com corpo de dragão que tinha nove cabeças. Quando uma das cabeças era cortada, exalava um vapor letal e outras três nascim em seu lugar, de modo que era virtualmente impossível derrotá-la. Há a Medusa, um  “monstro de asas, de olhos flagrantes, dentes enormes, língua saliente, garras horrendas e serpentes no lugar de cabelos, cujo olhar transformava homens em pedra”(1) e que foi morta por Perseu. E há a própria Serpente do Paraíso, que tentou Eva a provar do fruto proibido.

No caso de Hércules, o tesouro encontrado é a décima cabeça da Hidra, que se transforma numa jóia rara e preciosa;  na estória da Medusa, o cavalo mágico Pegasus brota de seu corpo aniquilado por Perseu;  e no jardim do Éden, por causa da feliz culpa de Adão e Eva, ganhamos a jóia do conhecimento e da consciência, e somos redimidos pelo Sangue do Cristo.

Não importa qual é a serpente-monstro que combatemos, o que importa é que algo precisa ser redimido. Talvez uma parte ultrajada de nós mesmos, uma parte que julgamos e condenamos porque achamos inaceitável; talvez seja a tentação diária da corrupção se somos pessoas públicas;  talvez a corrupção no âmbito individual; talvez seja a ânsia de poder e de controle sobre o outro; talvez ainda o apossar-se do que não é nosso; e sim, talvez seja mesmo um inimigo real, sorrateiro, traiçoeiro e sagaz que esteja aguardando para dar o bote. O fato é que esse aspecto sombrio está a nos rondar e não irá nos deixar em paz enquanto não olharmos de frente seus olhos sedutores e petrificantes. Seremos petrificados e aniquilados ou herdaremos a jóia preciosa após matar o dragão?

Na sua vida, que forças sombrias você combate neste momento?

Que assunto espinhoso você vem evitando a todo custo e sente que vai lhe dar uma rasteira a qualquer momento?

De onde vem a sensação de perigo e ataque iminente?

Quais esqueletos você tem arrastado por aí e que precisam ser definitivamente enterrados?

O que você precisa permitir que chegue ao fim? Para o que você precisa dizer adeus?

O que precisa ser trazido à luz, reconhecido, aceitado e redimido ?

Fundamentalmente, reconheça a jóia rara que tomou o lugar do monstro.

Boa batalha para você!