Ciclo de Marte – Ação localizada!
Este é o terceiro artigo de uma série de cinco sobre o papel de Marte como disparador das configurações lentas que se desenham entre 2022 e 2023. O primeiro foi Fogos de Marte, gases de Netuno; o segundo foi Disparos Localizados: Marte retrógrado no Brasil e no mundo. Agora vamos olhar como o mapa do Ciclo de Marte conversa com isso tudo!
No dia 30/05/2022 começamos um novo ciclo de Marte às 6h19min no horário de Brasília. O ciclo de Marte é importante porque revela onde a ação acontece durante um período de aproximadamente dois anos, e que tem repercussão coletiva, tendo importância na Astrologia Mundial.
Do que se trata?
O ciclo de Marte indica as regiões do globo terrestre onde é passível de haver conflitos, inclusive conflitos bélicos, guerras, ou onde o clima estará mais inflamado e volátil, no sentido das competições humanas, ou simplesmente do avanço da ação humana em direção à autoafirmação, seja individual, seja de grupos ou nação com objetivos específicos de marcar território. Também indica onde pode haver problemas de outra natureza, também precipitados por Marte – como cataclismos naturais. Portanto, não se assuste, porque este artigo fala das possíveis dificuldades sugeridas pelas linhas de Marte. Não quer dizer que não haja coisas boas – apenas não é disso que trata este artigo.
O Ciclo de Marte era uma ferramenta usada extensivamente pelo astrólogo Jim Lewis, estruturador da ferramenta de Astro*Carto*Grafia, exatamente para analisar a política e a geopolítica mundial num dado período. Outra maneira de identificar possíveis conflitos bélicos mundiais é analisar o mapa astrocartográfico dos presidentes americanos – visto que aquele país se vê como a polícia do mundo – buscando as linhas de Marte como sinalizadores quentes e indicadores de áreas propensas a choques e confrontos. As regiões sob linhas de Marte são as mais prováveis de receber ataques ou a afirmação do poderio americano durante o exercício de cada governo.
Este ciclo vale por cerca de dois anos ou 23 meses – já falei bastante sobre isso neste artigo aqui – mas de forma muito resumida, o ciclo de Marte é contado para o momento em que Marte passa pela declinação zero, ao Norte. Isso ocorre geralmente quando Marte está trafegando o primeiro decanato do signo de Áries.
Novo Ciclo
No ciclo atual, iniciado em 30 de maio de 2022, temos configurações bastante interessantes. Este ciclo começou exatamente no dia da Lua Nova em Gêmeos, menos de duas horas antes. No início deste ciclo, Marte fazia uma conjunção de mesmo grau com o planeta Júpiter, atualmente disposto por Marte, regente do signo de Áries. A conjunção de Marte a Júpiter indica que as funções marciais estão exacerbadas, aumentadas, exageradas, uma vez que Júpiter é o planeta que significa aumento, crescimento, multiplicação e expansão de tudo o que toca.
Marte em Áries é um posicionamento de muita energia, dinamismo, força, coragem, determinação e confiança, afinal, em Áries Marte está em seus próprios domínios. Porém, também pode simbolizar impulsividade, precipitação, grosseria imaturidade, cabeça quente, temeridade, imprudência. Júpiter, nesta posição, multiplica todos esses significados.
Além da conjunção a Júpiter, ao iniciar este ciclo, Marte recebe um sextil (já separativo) da Lua, que está prestes a se renovar. A Lua está a 7° de Gêmeos, enquanto o Sol está a 8°. O ciclo de Marte começou às 09:19 no horário de Greenwich – a localidade que se usa para analisar mapas mundiais – e neste mapa a conjunção Marte-Júpiter está na casa 9, das relações internacionais e assuntos de justiça, logo atrás de Quíron, que trafega Áries de 2018 a abril de 2027. A colocação de Marte na casa 9 deste mapa pode indicar que a política internacional estará realmente “inflamada” nos próximos dois anos e nesse contexto, não ajuda nem um pouco o fato de Saturno estar na casa 7, da diplomacia, acordos e tratados, recebendo quadratura de Mercúrio retrógrado em Touro, na casa 10, dos governos e altos escalões. Depois de Vênus, Mercúrio é o outro construtor de pontes, pois conversa, negocia, leva e traz mensagens; a quadratura a Saturno sugere diálogos difíceis e comunicação travada – caminhos fechados e conciliações improváveis. O próprio Saturno somente recebe aspecto maior de Mercúrio, ou seja, sua única via de integração no mapa é por uma quadratura fixa – isso não ajuda muito., pois todas as posturas estão inflexíveis
Por falar em Vênus, ela está em grande destaque, aparecendo no Meio do Céu, embora em conjunção dissociada. Vênus está a 2° de Touro, seu domicílio, porém se afastando de quadratura a Plutão na Casa 6. O Meio do Céu está a 29° de Áries, um grau crítico, regido por Marte, assunto central do mapa, e recebe quadratura de Plutão. A meu ver, isso adiciona mais tensão e clima de extremismo, apesar de Vênus estar domiciliada.
Sol e Lua estão no fim da casa 10, prestes a entrarem na 11 – mais uma vez, adicionado grande ênfase às autoridades do mundo, governos, chefes de estado etc. A Lua se afasta de um sextil a Marte, bastante amplo, o Sol, porém, já se despede e muitos nem considerariam haver um aspecto entre eles. Há possibilidade de alianças ou apoios, baseados em situações passadas, mas tais apoios são frágeis e talvez não se sustentem. Dependendo dos orbes utilizados, se poderia dizer que Jupiter e Marte estão isolados formando um dueto na casa 9 e Lua e Sol formando outro na Casa 10.
A Casa 10 está bastante ocupada: além de Sol e Lua, temos Vênus no Meio do Céu e ainda Urano, Nodo Norte e Mercúrio, o Nodo Norte no exato Ponto Médio Mercúrio-Urano. Mercúrio está retrógrado e em quadratura exata a Saturno, um aspecto bastante tenso e comprometendo a “leveza” da Lua Nova, que é regida por Mercúrio nesta situação desafiadora.
Como fica no mundo?
Depois de olharmos o mapa astrológico, vamos analisar o mapa astrocartográfico deste ciclo, porque é aí que está a verdadeira “diversão” da análise do Ciclo de Marte!
O mapa astrocartográfico mostra as regiões em que os planetas estão ascendendo, descendendo, culminando ou anti-culminando, então, independe da localização para a qual o mapa é levantado, porque estas posições não mudam.
Além das óbvias linhas de Marte, também iremos dar atenção às linhas dos luminares, Sol e Lua, e de Mercúrio e Saturno, por estarem numa quadratura exata, e ainda da onipresente quadratura Saturno-Urano.
Linhas de Marte – Onde a ação acontece!
É importante lembrar que Marte está em conjunção de meio grau a Júpiter, portanto, as linhas desses dois planetas estarão unidas: onde houver uma linha de um, lá estará a do outro. Júpiter aumenta o fogo de Marte. Marte potencializa e energiza a expansão jupiteriana.
Marte em Culminação, ao longo da longitude 23W19’ (Júpiter 24°W)
Esta longitude passa no leste da Groenlândia, oeste da Islândia e desce ao longo do Oceano Atlântico, passando na região dos Açores, Ilhas de Cabo Verde, Ilha da Madeira e ainda perto das Ilhas Canárias. Embora esteja majoritariamente sobre áreas oceânicas, inabitadas, a linha de Marte MC indica que essas regiões ficam mais inflamáveis neste período, acentuando tendências que já se desenhavam ou precipitando situações novas.
O Atlântico Norte É uma região propensa a ciclones e furacões, que poderão ficar mais furiosos nestes dois anos. Em 2021 o vulcão Cumbre Vieja entrou em erupção nas Ilhas Canárias e mais recentemente houve tremores de terra nos Açores. Em 2016 a Ilha da Madeira sofreu incêndios florestais catastróficos devido a massas de ar tropical seco e quente – houve imensos prejuízos, além de mortos e feridos. Tais eventos não necessariamente se repetem, mas definitivamente a região está sujeita aos calores marciais de 30 de maio de 2022 a 4 de maio de 2024, quando se inicia o ciclo seguinte.
Porém, há algo mais que também precisa ser considerado, que é a AMAS – Anomalia Magnética do Atlântico Sul (SAA no inglês), “uma espécie de defasagem na proteção magnética da Terra localizada sobre o Atlântico Sul” (1) que se manifesta através de vários fenômenos ainda pouco estudados. Para começar, em termos humanos, há maior impacto dos raios solares devido à baixa proteção da “capa magnética da Terra”, propiciando maior incidência de câncer de pele, doenças de pele em geral e uma possível combustão energética mental, não prontamente aferível, mas que favoreceria depressão, dependência química e outras fragilidades na saúde humana. Essa anomalia também apresenta altos níveis de radiação que pode ter efeito sobre satélites, espaçonaves e, aqui embaixo, equipamentos eletrônicos e tecnologia em geral; mudanças no polo magnético da Terra, alteração da rotação e do líquido de diodo do manto terreno – entre vários outros efeitos, sobre os quais não vou me estender aqui, porque não é disso que trata este texto – agradeço muitíssimo ao caro colega Enel Ávila, do Rio Grande do Sul, por esse resumão, porque não é um assunto sobre o qual eu tenha me debruçado muito. Ocorre que a AMAS está localizada na região Sul do Atlântico, tendo o foco principal no continente, sobre o estado do Paraná e imediações, mas se estendendo pelo Atlântico até o litoral da África do Sul – da longitude 50° Oeste no Brasil, até a longitude 15° Leste, próximo da costa da África.
Além da linha de Marte no Meio do Céu, esta região está sensibilizada por linhas de configurações tensas em diversos mapas astrocartográficos nos próximos meses: no mapa da retrogradação de Marte, a linha de Plutão Ascendente passa ao longo da costa brasileira, e no Atlântico temos as linhas “benéficas” de Mercúrio, Sol e Vênus no Meio do Sol – esperamos que a conjunção Vênus-Sol apazigue um pouco as tensões – porém, mais a Leste, temos as linhas do eixo nodal, Urano no Meio do Céu, cruzando com Saturno ascendendo. No mapa do eclipse solar de 25 de outubro vemos Marte descendendo, que cruza com Netuno no Fundo do Céu (na latitude 02°S), seguido pelas linhas de Júpiter e Quíron, também no Fundo do Céu. No eclipse lunar de 8 de novembro as figuras são parecidas, já que os dois eclipses ocorrem em horários parecidos – horários próximos com duas semanas de diferença indica que os planetas estarão em regiões mais ou menos semelhantes. Marte no Descendente está sobre o continente, passando sobre a região Sudeste e Sul; as linhas de Netuno e Júpiter no FC e Plutão Ascendendo terão se deslocado mais para o Oeste, ligeiramente.
O que tudo isso significa? Não posso fazer afirmações, porque é algo que comecei a observar agora e demanda mais pesquisa, mas acredito que tais linhas colocam a região e o fenômeno AMAS em destaque. Pode ser que tenhamos notícias de coisas completamente diferentes – sinceramente, eu pesquisei esta região, que tem algumas ilhas isoladas, e, além da AMAS, não achei nada que chamasse a atenção. Os furacões e tufões costumam acontecer mais no Atlântico Norte e no Pacífico. Então, vamos observar – se você que está lendo souber de fatos interessantes sobre esta região, por favor, deixe seu comentário.
Editado: o caríssimo colega Fernando Fernandes, da Constelar Astrologia, acrescentou que “cabe lembrar que nos últimos anos têm sido frequentes os tornados no litoral da região Sul, às vezes com ventos muito destrutivos. A área mais atingida tem sido Santa Catarina, mas é por causa do relevo: os ventos podem entrar pelo Vale do Itajaí e alcançar regiões mais distantes da costa. No Paraná, existe o paredão da Serra do Mar e Curitiba já fica do outro lado da montanha”. Fernando já havia falado sobre isso num artigo da Constelar, intitulado Ciclone em Santa Catarina… A culpa é de George Bush. Também preciso corrigir: eu disse acima que o foco está sobre o Paraná, apenas como localizador, porque, na verdade, toda a região Sul está sob os efeitos da AMAS, além de parte do Sudeste e partes da Argentina e demais países da região Sul da América do Sul.
Marte em anti-culminação, 156E41’ (Júpiter 155°W57’); linhas de Lua e Sol descendendo
A linha de anti-culminação de Marte desce do norte da Rússia, passa a leste do Japão e desce pelo Pacífico sobre a região da Indonésia e pela lateral da Austrália. As linhas de Marte e Júpiter no Fundo do Céu cruzam com as linhas do Descendente de Sol e Lua nessas imediações.
Nesta região está o famoso Anel ou Círculo de Fogo do Pacífico, assim chamado por concentrar o maior número de terremotos e erupções vulcânicas no mundo, que por sua vez podem desencadear tsunamis. O Círculo de Fogo tem forma de ferradura, “é formado por uma série de fossas geológicas encontradas no fundo do oceano, onde são registrados alguns dos pontos mais profundos da crosta terrestre, como a Fossa das Marianas (…) é responsável por cerca de 90% dos abalos sísmicos e de 50% dos vulcões existentes em todo o planeta” (2). Ou seja, é uma região naturalmente “nervosa”.
Semelhantemente ao que ocorre no Atlântico Sul, nesta área temos a repetição das mesmas linhas se sobrepondo ao considerarmos os diversos mapas, porém, com as linhas dos planetas nas posições invertidas em relação àquela região já analisada (Marte-Júpiter IC, Netuno IC, Sol e Lua DSC, Saturno IC, Urano DSC). Como esta região já é bastante nervosa, tendo essa predisposição a fenômenos geofísicos, a linha de Marte no Fundo do Céu (Casa, a pátria, a terra), pode indicar as entranhas da Terra sendo “reviradas” e entrando em ebulição com a dose extra de calor, representada por Marte. Há propensão à ocorrência desses fenômenos geofísicos, particularmente entre abril e maio de 2023, já que haverá um Eclipse Anular do Sol nesta região no dia 20 de abril e outro Lunar Apulse em 5 de maio, também visível na região – os eclipses também são grandes disparadores das configurações lentas e costumam se manifestar como fenômenos geofísicos.
A Indonésia foi palco de uma grande tragédia esportiva recentemente, quando o público invadiu o estádio após o fim de uma partida de futebol, resultando em mais de 120 pessoas mortas e centenas de feridos – esportes é um assunto da regência de Marte e Netuno trata das massas. A região é ainda propensa a ciclones, tornados e enchentes e já há notícias de enchentes em certas localidades dessa região.
As linhas de Lua e Sol descendendo começam no extremo norte da Rússia, passam ao largo do litoral do Japão, cruzando a região central da Indonésia e ainda atingindo o oeste da Austrália, onde cruzam com Saturno no Fundo do Céu.
Marte em Ascensão – 113°W18’ (Júpiter 113°W59’); Lua e Sol anti-culmiando no Oeste e Ascendendo no Leste.
Como Marte está na declinação zero, suas linhas de ascensão e ocaso ficam praticamente verticais, deslocando-se de Norte a Sul, diferentemente de outros planetas em outras declinações, cujas linhas deslocam-se de forma diagonal.
Estas linhas partem do extremo Norte do Canadá, descendo pela região Centro-Oeste dos Estados Unidos, cruzando sobre o Golfo do México, descendo até a Antártica. Com Marte ascendendo, o próprio povo da região é revitalizado e energizado, de certa forma, pela “presença” de Marte. Um dado importante que vale lembrar sobre os EUA é o padrão de tiroteios em escolas juvenis, alguns com média de duas dezenas de mortos, o mais violento de todos, com 32 mortos. Infelizmente, o ano de 2022 tem estado bastante sangrento por lá. Falei um pouco sobre isso no texto sobre Marte retrógrado.
Além de violência literal, a linha de Marte pode indicar conflitos políticos mais acirrados nestas regiões – o processo eleitoral americano se dará durante a retrogradação de Marte, e EUA têm Marte m Gêmeos – será um Retorno de Marte bastante longo! Se incluirmos os planetas transnetunianos da Astrologia Uraniana no mapa de Marte retrógrado, temos a linha de Vulcano na longitude 114W, sobrepondo-se à de Marte. Vulcano é um planeta que representa forças fora do controle humano. É como um Urano super potencializado. Estados Unidos enfrentam ameaça de recessão – vivem Retorno de Plutão e ainda oposição de Netuno a Netuno. Biden tem investido muito na guerra Rússia-Ucrânia, mas o apoio à Ucrânia – na verdade é mais uma oposição à Rússia – pode custar caro a eles.
Sol e Lua em anti-culminação traçam suas linhas por volta da longitude 141°W, região não habitada na maior parte – as linhas descem do Alasca e avançam pelo Oceano Pacífico em direção ao Sul.
Marte no Descendente 66°E40’ (Júpiter 66°E05’) – Lua e Sol culminando.
Estas linhas descem do norte da Rússia e passam sobre Cazaquistão, Afeganistão e Paquistão, atingindo ainda o extremo oeste da Índia, descendo pelo Oceano Índico.
O Paquistão tem sido atingido por fortes chuvas desde junho com número de mortos passando de 1.200, sendo mais de 400 crianças. No total, mais de 33 milhões de pessoas desabrigadas. O Afeganistão tem sido notícia no Brasil devido aos imigrantes que têm chegado a Guarulhos, ficando dias ou semanas acampados por lá, sem um direcionamento claro do que fazer ou para onde ir. Números da Agência de Refugiados da ONU dão conta de mais de 3,5 milhões de afegãos em deslocamento atualmente, devido a conflitos (3). O país enfrenta séria crise econômica – entre as muitas outras que têm se estendido pelas últimas décadas – recentemente agravada pelas sanções econômicas internacionais desde que o Talibã voltou ao poder.
E mais: um drone americano matou o chefe da Al-Qaeda, Ayman al Zawahiri, em Cabul em agosto e isso acirrou tensões entre esses dois países, com o Afeganistão acusando o Paquistão de facilitar a entrada dos drones americanos no território afegão. A região é mais um dos barris de pólvora do mundo.
A Linha de Marte Descendendo ainda tem efeito moderado no leste da Arábia Saudita e no Irã. Como sabemos, as jovens iranianas têm protagonizado um levante contra o governo em protesto inicial contra a morte de uma estudante, Mahsa Amini, por não estar usando o hijab corretamente – o véu mulçumano. Os protestos ganharam força e agora percorrem o país, com adesão cada vez maior. Além disso, o Irã está sendo acusado pela OTAN de fornecer drones kamikazes para a Rússia no conflito contra a Ucrânia. Netuno descendendo também passa sobre o território iraniano, indicando potencial de confusões, martírios e sacrifícios.
As linhas de Lua e Sol no Meio do Céu passam sobre a Rússia, próximo a Moscou, descendo pelo extremo leste da Ucrânia, na região da usina de Zaporizhzhia, que sofreu danos com a guerra e tem sido observada com atenção pelas autoridades internacionais devido ao risco de acidentes nucleares. A linha de Mercúrio culminando – aquele que está em quadratura a Saturno – passa pela região central da Ucrânia, oeste da Turquia e desce pel região central da África. Mercúrio aqui, devido aos aspectos, sinaliza a conversa endurecida e travada.
Lua e Sol
Além das linhas de Sol e Lua já mencionadas, as linhas dos luminares ascendendo descem do norte do Canadá, passam pelo Nordeste americano e atravessam o Brasil, desembocando sobre o Rio de Janeiro. O Brasil tem estado na berlinda há alguns anos. Essa Lua Nova em Gêmeos ocorreu exatamente em cima da conjunção Lua-Júpiter do mapa da Independência do Brasil. Embora o ciclo lunar tenha validade por cerca de quatro semanas apenas, aqui ele está congelado por todo o período que durar o ciclo de Marte – estimulando a conjunção natal do Brasil. Isso pode adicionar combustível aos ânimos que se alteram cada vez por aqui – a Lua representaa o povo e o Sol os governantes. No mapa levantado para Brasília Lua e Sol estão no Ascendente, é claro, colocando essa ênfase sobre a imagem do país e sobre o povo.
Concluindo…
As linhas de Marte e das configurações importantes no mapa apontam onde o clima está mais nervoso, de uma maneira ou de outra. Algumas situações podem de fato ter notoriedade global e atingir números dramáticos, em outros casos, as crises podem ser mais pontuais e localizadas.
A retrogradação de Marte sinaliza um período importante em que muitas dessas “promessas” do ciclo podem se cumprir, por isso eu sobrepus os dois mapas e algumas coisas chamam bastante a atenção:
1 – Sol e Vênus estão em quincunce aos luminares do mapa do Ciclo de Marte, indicando desacertos na possibilidade de conversas e negociações;
2 – Vênus, dignificada em touro e elevada no MC, recebe a oposição de Mercúrio, Sol e da própria Vênus em Escorpião de cinco meses depois: impedimentos para os benefícios que esta Vênus poderia indicar. Além disso, o eclipse de 25 de outubro também “detona” essa Vênus, pois ocorre em oposição exata a ela, mais uma vez, negando suas promessas.
3 – O próprio Marte, que retrograda quadrando Netuno, está em quaadratura partil ao Netuno do Ciclo, ralçando um pouco mais o potencial da quadratura.
O que ajuda é que o trígono Marte-Saturno também está exato: Saturno “esfria” o calor de Marte e o convida à sensatez. Se isso é suficiente para evitar os desastres potenciais, não sabemos ainda.
Marte tem sempre que indicar a guerra ou os conflitos? Não necessariamente, mas ele é sim o princípio da agressividade e, se o contexto já está propício a isso, como ocorre atualmente, Marte acende o pavio. Por isso ele é tão importante. Como Marte está isolado em Áries, sendo ampliado e multiplicado por Júpiter, ambos em dueto, sem conversar com os demais astros no ceú no início do seu ciclo, há a indicação de ele se expressar de maneira mais crua e primitiva, por estar menos integrado no coletivo. É um tempo em que as pessoas – e a própria Natureza – podem de fato, estar mais violentas e reativas.
Cada indivíduo que consiga cuidar da própria raiva, da sua agressividade individual com consciência, maturidade e de forma construtiva, ajuda a diminuir os estragos sugeridos no coletivo. A massa de energia psiquíca raivosa e inconsciente dimiui e já não precisa ser tão destrutiva. Se nos dispomos a combater o Bom Combate, de forma justa, íntegra, estabelecendo nossos limites e respeitando os dos outros, ganhamos todos! O Nobre Guerreiro ganha mais uma luta – não contra o outro, mas contra a porção destrutiva em si mesmo.
Referências:
(1) https://metsul.com/cresce-anomalia-do-campo-magnetico-sobre-o-brasil-que-preocupa-cientistas/
(2) https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/circulo-fogo-pacifico.htm
(3) https://www.acnur.org/portugues/afeganistao/
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Obrigado Maria Eunice por disponibilizar o seu trabalho. Gostei bastante.
Ida Coelho.