Da natureza, ciclos e efeitos dos eclipses

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Birth Chart Painting – Eclipse Lunar – Reprodução

Na antiguidade os eclipses eram vistos com muito pavor. Acreditava-se que os astros, no caso, o Sol e a Lua, eram devorados por um monstro terrível, ou ainda que  eram vítimas de um malefício misterioso que os levaria à morte, do qual seriam libertados apenas por muito barulho, especialmente quando a Lua adquiria a tonalidade vermelha, o que se acreditava ser seu sangue jorrando. Assim, sociedades primitivas de vários lugares do planeta organizavam as algazarras ou alaridos. A finalidade era assustar o monstro devorador pra obrigá-lo a largar sua presa. De modo geral, os eclipses costumavam ser responsabilizados por epidemias, doenças e toda a sorte de maldições, até mesmo casos de incesto. O certo era que esperavam-se pragas e moléstias diversas na esteira de um eclipse (1).

Mas imagine um Eclipse Total do Sol: o dia de repente vira noite, a temperatura cai drasticamente, os animais se recolhem como se de fato fosse noite… Se parece bizarro e assombroso para nós, que já temos tanto conhecimento a respeito do fenômeno, imagine para os povos antigos que não sabiam o que estava acontecendo de fato. Era realmente assustador, pavoroso. Há relatos, inclusive, de eclipses terem parado guerras, pois ambos os exércitos em pleno campo de batalha não sabiam o que se passava na natureza e podem ter visto o fenômeno como um sinal dos céus para pararem o conflito.

Hoje, o homem moderno já não teme que o sol vá ser engolido por um demônio ou acometido de algo maligno. Ficamos mais inteligentes, mais sabidos e rimo-nos das “bobagens” dos povos primitivos de outrora. Uma pena. Uma pena que perdemos a capacidade de nos maravilharmos com esses acontecimentos que hoje são explicados cientificamente. A aparente bobagem e crendice dos antigos escondia uma certa sabedoria, aquela que se alcança quando se viveu o bastante para observar muitas vezes os ciclos da vida e da natureza. Sabidos que somos não podemos dizer que os eclipses “causam” o que quer que seja ao homem aqui na terra, mas astrologicamente eclipses simbolizam momentos únicos e especiais, funcionando como gatilhos que disparam ou precipitam situações que vinham sendo evitadas ou cozinhadas em fogo lento, especialmente em termos coletivos, como situações políticas e econômicas, ou mesmo simbolizando o desenvolvimento de áreas do conhecimento humano – sim, os eclipses também podem significar e simbolizar coisas boas!

Mas o que são eclipses?

Tecnicamente um eclipse acontece quando um corpo celeste é ocultado por outro. Assim eclipses podem envolver corpos celestes diversos, mas aqui vamos falar especificamente dos eclipses solares e lunares, que são os que têm mais impacto na Terra e que são objeto de estudo na Astrologia. Neste contexto, Eclipses são lunações elevadas à máxima potência, uma vez que ocorrem na Lua Nova ou na Lua Cheia.

Neste artigo vamos falar sobre as dinâmicas dos eclipses e seus significados astrológicos, mas antes, vamos  entender a astronomia dos eclipses. AVISO: este artigo é bastante extenso e técnico na sua primeira metade. Se você você está interessado apenas nos significados astrológicos, vá direto para o meio, embora eu ache que você vai perder muito da informação essencial. Se você realmente gosta de Astrologia e eclipses e gostaria de entender melhor sua dinâmica, aproveite! Este artigo é largamente baseado na pesquisa sobre eclipses da Dra. Bernadette Brady, astróloga inglesa, publicado em seu livro The Eagle and the Lark. (2)

Um eclipse ocorre quando a Lua Nova ou Cheia acontece próxima ao eixo dos nodos lunares, que são pontos matemáticos ou imaginários, os pontos onde a órbita da Lua ao redor da Terra cruza com a eclíptica, o caminho aparente do Sol, ou seja, a órbita da Terra ao redor do Sol. A Eclíptica recebe esse nome exatamente porque os eclipses ocorrem quando a Lua está muito próxima do plano que contém a eclíptica.

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Ilustração esquemática dos Nodos – Reprodução

Os nodos, nódulos ou nós lunares são dois, Norte e Sul e formam um eixo porque estão exatamente opostos – na verdade, todos os planetas têm nodos, os pontos onde o planeta cruza o plano estendido da órbita de outro planeta, mas aqui o que nos interessa é apenas os nodos da Lua. O símbolo do Nodo Norte parece uma ferradura e o do Nodo Sul lembra uma ferradura invertida. Eles têm sido observados pelos astrônomos há muitos séculos, desde quando as observações astronômicas começaram no mundo, porque sempre que o Sol fica próximo a eles no seu caminho aparente ao redor da Terra, as lunações também são eclipses.

O Nodo Norte é o ponto onde a Lua cruza a eclíptica ascendendo do Sul para o Norte, e o Nodo Sul é o ponto inverso, quando a Lua descende do Norte para o Sul. Se o plano da eclíptica fosse exatamente igual ao plano da órbita da Lua, teríamos eclipses em todas as luas novas e em todas as luas cheias. Isso não acontece devido à inclinação da órbita da Lua em relação à eclíptica, que é de cerca de cinco graus e é por isso que um eclipse pode se dar somente quando a Lua nova ou cheia acontece próxima ao eixo nodal, estando o Sol ou a Lua, ou ambos, conjuntos ao Nodo Norte ou Nodo Sul.

Etimologia

A palavra “eclipse” vem do grego  EKLEIPSIS  (έκλειψη), que significa desaparecer, ocultar, abandonar, sair de um lugar, aquilo que falta. Sua etimologia já aponta para a forte impressão emocional que causa, pois estas palavras têm significado marcantes em todas as culturas.

Tipos de eclipses

Os eclipses podem ser solares, quando acontecem na Lua Nova; ou lunares, quando acontecem na Lua Cheia, tendo a partir dessa classificação inicial outras classificações que veremos abaixo.

“Embora o diâmetro do Sol seja 400 vezes maior do que o da Lua, a Lua parece ter o mesmo tamanho do Sol quando vista da Terra, devido ao fato de estar a uma distância menor da Terra. Portanto, a Lua tem o potencial de bloquear a luz do Sol quando passa sobre a sua face” (3)  – o fato de eles parecerem ter o mesmo tamanho é bastante significativo simbolicamente, porque nos alerta o quanto ambos são igualmente importantes para a vida na terra e para a vida psíquica do ser humano.

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Mecânica dos Eclipses Solares e Lunares – Fsogumo, do Wikipedia – Reprodução

Um Eclipse Solar só pode ocorrer durante uma Lua Nova, quando a Lua e o Sol estão em conjunção e próximos a um dos nodos, ou seja, quando ambos se alinham ao centro da Terra em longitude e latitude celestiais. Obviamente, os eclipses solares são visíveis na região do globo em que eles acontecem durante o dia – não necessariamente em toda a região onde é dia – enquanto os eclipses lunares podem ser avistados nas regiões onde o eclipse acontece no período noturno. Christine Arens (5), astróloga americana e grande pesquisadora de eclipses, diz que os efeitos de um eclipse serão sentidos mais intensamente, tanto em termos coletivos quanto individuais, nos locais em que ele é visível. “Se você pode ver, você será afetado”, diz ela. Isso se aplica particularmente aos países em que o eclipse é visível. Ela vai além e diz ainda que “num eclipse há uma tal intensificação da energia que todo ser que possua um campo bioenergético é afetado” – então, estamos falando também de animal e vegetal, e possivelmente, mineral. 

A magnitude de um eclipse depende da distância dos luminares em relação à Terra e consequentemente, em relação aos nodos. Como a distância da Lua em relação à Terra não é constante e varia em torno de 10%, a sombra da Lua, ou “umbra” nem sempre alcança a superfície da Terra e esse fato dá origem aos vários tipos de eclipses solares:

Eclipse Total do Sol – A Lua fica entre a Terra e o Sol. Ocorre quando a Lua está em seu perigeu, ou seja , a menor distância da Terra e parecendo maior do ponto de vista geocêntrico. Neste caso, ela pode cobrir completamente o disco solar, bloqueando totalmente sua Luz e causando um Eclipse Total do Sol. Se a Lua Nova ocorrer a uma distância entre 0° e 9°55’ (nove graus e cinquenta e cinco minutos) de um dos nodos, definitivamente isso será um eclipse total; se ocorrer entre 9°55’ e 11°15’ de distancia de um dos nodos, o eclipse poderá ser total ou parcial.

Eclipse Parcial do Sol – como diz o nome, neste tipo de eclipse, somente uma parte do Sol é bloqueada pela Lua. Isso se dá quando o cone de sombra da Lua produz uma área menor do que o disco do Sol ou quando apenas a zona de penumbra encobre a luz do Sol sobre a Terra. Os eclipses parciais do Sol ocorrem entre 11°15 e 18°21 graus de distância dos nodos. Um eclipse acontecendo entre 9°55’ e 11°15’ de distância dos nodos poderá ser parcial ou total.

Eclipse Anular ou Anelar do Sol – este eclipse acontece quando a Lua está em seu apogeu, a maior distância em relação à Terra. No apogeu a Lua parece menor do ponto de vista geocêntrico e neste caso, seu disco não consegue bloquear ou cobrir completamente o disco do Sol, deixando um anel luminoso ao redor de si, que poderá parecer um anel de fogo. Com relação à distância dos nodos, este eclipse é um eclipse total, porque ocorre muito próximo do eixo nodal e é chamado anelar ou anular devido ao apogeu da Lua e à aparência de anel criada em função disso.

Eclipse Híbrido ou Anular-Total – o eclipse é total em uma parte do globo e anular em outros pontos.

 

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Mecânica do Eclipse Lunar – Fsogumo – Wikimedia Reprodução

Eclipses Lunares

O eclipse lunar se dá durante uma Lua Cheia, quando a Lua está na sombra da Terra, em oposição ao Sol, ou seja a Terra está entre os dois luminares. Os eclipses lunares também podem ser de vários tipos, mas as orbes (distâncias) em relação aos nodos são muito menores. Sua classificação é feita de acordo com a parte da Lua que é obscurecida pela Terra e qual parte desta sombra terrestre está obscurecendo a Lua. A sombra projetada pela Terra é dividida entre umbra e penumbra. Na umbra não há iluminação direta do Sol, enquanto que na penumbra, apenas uma parte da luz solar é bloqueada.

Eclipse Total da Lua – neste eclipse a Lua está totalmente inserida na umbra (sombra) da Terra. Costuma ocorrer entre 0° e 3°45’ de distância dos nodos. Se uma Lua Cheia acontece entre 3°45’ e 6° pode ser um eclipse total ou parcial da Lua.

Eclipse Parcial da Lua – Como o nome diz, ocorre quando o reflexo da luz solar sobre a Lua é encoberto parcialmente pela sombra da Terra, ou seja, A Lua entra na sombra da Terra sem ficar totalmente imersa nela. A distância que Sol e Lua estão dos nodos pode variar de 6° a 12°15’.

Eclipse Apulse ou Penumbral – a Lua entra somente na penumbra da Terra e não na umbra/sombra, a parte mais escura, ou seja, o alinhamento não é perfeito. Este eclipse acontece quando Sol e Lua estão a mais de 12 graus de distância dos nodos.

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Representação gráfica dos vários tipos de eclipses lunares. Posição 1 – não há eclipse; posição 2 mostra um eclipse penumbral; 3 mostra um eclipse parcial; e 4 mostra um eclipse total – Fsogumo, através do wikimedia files – Reprodução

Tétrade – sequencia de quatro eclipses totais da Lua. Temos atualmente uma Tétrade em andamento (entre 2014 e 2015). O primeiro eclipse desta tétrade específica foi o de 15 de abril de 2014, o segundo foi em 08 de outubro de 2014, o terceiro ocorreu em 04 de abril de 2015 e o quarto e último ocorrerá no dia 28 de setembro de 2015 (29 de setembro na Europa), todos eles no eixo Áries-Libra, o que reflete a ênfase que este eixo está tendo com o trânsito dos Nodos Lunares de fevereiro de 2014 a novembro de 2015. A Tétrade geralmente traz eclipses das chamadas “Luas de Sangue”, por causa da coloração vermelha que a Lua adquire durante o eclipse. Embora sejam vistos como nefastos pelos sensacionalistas de plantão, os efeitos do eclipse, como já estressamos bastante, dependerão de muitas variáveis, sendo que muitos eclipses podem ter efeitos bastante positivos.

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Esta ilustração da UFRGS mostra com mais clareza a diferença entre os diversos tipos de Eclipses Lunares Reprodução

As Séries Saros e a frequência dos eclipses

Já sabemos que para um eclipse ocorrer é preciso que Sol e Lua estejam próximos ao eixo nodal. A Lua, em seu ciclo de 29,5 dias passa por este eixo duas vezes por mês, fazendo conjunção ou ao Nodo Norte ou ao Nodo Sul. Contudo, mais do que isso, sabemos que as fases da Lua acontecem em relação ao Sol, portanto, o Sol é o determinante para que tenhamos um eclipse. Assim, em sua caminhada pela eclíptica celeste, o Sol faz conjunção ao eixo nodal duas vezes ao ano, cruzando uma vez com o Nodo Norte e seis meses depois com o Nodo Sul – ou vice-versa – determinando que tenhamos duas temporadas anuais de eclipses todos os anos. O Sol leva aproximadamente 36 dias para viajar sobre o eixo nodal, 18 dias se aproximando e 18 dias se separando, então a extensão da temporada de eclipses é de cerca de 36 dias. Qualquer Lua Nova ou Cheia que aconteça durante este período, isto é, dentro da orbe de 18°21′ de distância dos nodos, será, necessariamente, um eclipse. Bernadette Brady, astróloga inglesa já mencionada acima, lembra que estas temporadas de eclipses não são fixadas num determinado período do ano, uma vez que o eixo nodal trafega ao longo do Zodíaco, em movimento retrógrado, cerca de um grau e meio por mês, levando em torno de 19 meses para transitar um signo inteiro. Assim, por cerca de 19 meses, ou três temporadas, os eclipses acontecerão no mesmo eixo de signos, por exemplo, Áries-Libra, como está ocorrendo agora – e de casas no mapa natal – intercalando com o eixo anterior por uma ou duas temporadas, até que o eixo tenha migrado completamente, como o eixo Virgem-Peixes, para o qual os nodos migrarão em novembro próximo – lembre-se os eixos viajam para trás, em movimento retrógrado!

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Ilustração antiga de um eclipse do Sol Autor desconhecido – Reprodução

Muitos astrólogos consideram os eclipses – e os períodos anteriores e posteriores a eles – como simplesmente caóticos e selvagens, atribuindo-lhes, no geral, qualidades nefastas e maléficas, mas isso não necessariamente é verdade. Isso porque a qualidade da família a que o eclipse pertence tem grande influência na forma como ele se manifesta. Sim, os eclipses pertencem a famílias, ou, melhor dizendo, a séries, as chamadas Séries Saros. A palavra “Saros” significa repetição ou a ser repetido e este nome foi dado  pelo lexicógrafo grego Suida, já no século X DC, muito depois de terem sido descobertas.

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Projeção da sombra (umbra) da Terra dá origem aos eclipses lunares na Lua Cheia – Desconheço o autor – Reprodução

Os babilônios tinham uma sabedoria e tecnologia estupendas. Num período em que se pensava que a Terra era achatada, eles descobriram dados e fatos super importantes a respeito dos eclipses, que são válidos até hoje. Eles descobriram, por exemplo, que “um eclipse lunar só poderia ocorrer se houvesse um eclipse solar e que eclipses lunares poderiam ou não acontecer dentro de duas semanas, ou antes ou depois do eclipse solar” (3), portanto, matematicamente, o eclipse solar é o determinante para os ciclos e os eclipses lunares seriam efeitos colaterais dos solares. Como os eclipses lunares eram muito mais óbvios, este passo foi realmente importante no estudo dos eclipses.

Portanto, os eclipses não ocorrem isoladamente, mas pertencem a séries, a padrões maiores que podem durar  mais de mil anos, com começo, meio e fim. “Durante o segundo milênio AC, aproximadamente 747 AC, os Babilônios descobriram que o mesmo tipo de eclipse ocorrerá a cada 18 anos, 11 dias e um terço, mas não necessariamente no mesmo lugar, ou seja, eles descobriram que os eclipses acontecem em séries. O mesmo padrão ocorrerá com Eclipses Anulares, parciais ou Totais. A cada 71 ciclos Saros o eclipse voltará ao mesmo lugar da eclíptica” (3).  Por exemplo:

25 fev 1952       Eclipse Total do Sol  a  4°43’   Peixes

7 mar 1970       Eclipse Total do Sol  a  16°44′ Peixes

18 mar 1988    Eclipse Total do Sol  a   27°42 Peixes

Brady sugere esta analogia:“Imagine todo o conceito como uma floresta. Cada Série Saros é uma árvore na floresta e cada eclipse individual é uma folha da árvore (…) Cada ciclo ou Série Saros se desenvolve por mais de mil anos, fazendo o estudo de uma série individual equivaler a sentar e assistir a uma grande árvore crescer”, diz Brady. Essa árvore certamente está envolvida em várias atividades que não somos capazes de perceber, e, porque nosso período de obervação é muito curto comparado à vida da árvore,  tais atividades pareceriam eventos completamente casuais ou desconectados, acrescenta ela. Entretanto, se fôssemos capazes de observar por mais de mil anos, perceberíamos o padrão se desenvolvendo vagarosamente ao longo de todo esse tempo. Ou ainda, “se entendêssemos a natureza da árvore, sua espécie e suas características, o ‘evento casual’ faria muito mais sentido sem que precisássemos ficar sentados esperando por tanto tempo”.

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Ilustração do desenvolvimento de uma Série Saros ao longo do globo terrestre – Do site do Sinarj – Reprodução

Falando mais claramente, cada série começa como um minúsculo eclipse parcial num pólo do globo terrestre, seja no Pólo Sul ou Pólo Norte. O eclipse inicial de uma série ocorre a cerca de 15 ou 18 graus de distância dos nodos. Ao longo dos anos e séculos, esta série vai “viajando” para o centro do globo e em direção à eclíptica, reduzindo cada vez mais a orbe ou distancia dos nodos, até que quando atingem a eclíptica em cheio, os eclipses ocorrem na versão “Total”. Esse movimento dura centenas de anos e leva cerca de 640 anos para que um eclipse de uma série aconteça em conjunção exata ao eixo nodal, indo, aos poucos se distanciando e fazendo o movimento inverso, tornando-se parciais de novo, até que a série finalize no Pólo oposto ao que começou, com um eclipse acontecendo aproximadamente a 18 graus atrás do eixo nodal. Percebem como os babilônios “mandavam muito bem” ao descobrir tudo isso já naquela época, sem nada da tecnologia moderna que temos hoje?

Geralmente há várias séries acontecendo simultaneamente, começando no mesmo pólo, de 19 a 21 delas, cada uma num momento diferente da vida da série. Somando-se a isso, há outras 19 ou 21 séries que iniciaram-se no pólo oposto do globo, assim a qualquer momento que se imagine, existem cerca de 42 séries ativas viajando pelo globo, metade indo de Norte a Sul e metade viajando na direção contrária. A Nasa dá números para distinguir cada série (4). A Dra. Brady utiliza a nomenclatura dada pelo astrólogo canadense Carl Jansky, cujos estudos e nomenclatura são anteriores ao site da Nasa, onde podemos pesquisar extensivamente todos os eclipses, sejam os vigentes, os do passado ou os do futuro. Assim, a Nasa utiliza uma nomenclatura numérica simples e Jansky, em cujos estudos Brady se baseia para aprofundar suas próprias pesquisas, utiliza outra terminologia, incluindo uma referência ao pólo onde a série começou. Para dar um exemplo, o eclipse do dia 13 de setembro de 2015, pertence à série 125 de acordo com a nomenclatura da Nasa. Já Jansky e Brady dizem que esta série é chamada Série Saros Norte 18, porque nasceu no Pólo Norte.  Os dados da Nasa e de Jansky também divergem em outros pontos. Para Brady/Jansky uma mesma Série Saros pode ter eclipses solares e lunares, já a Nasa divide as séries de forma exclusiva, somente lunares ou somente solares; outra discrepância se dá em relação ao número de eventos de cada série, que para Brady/Jansky varia de 71 a 72 e para a Nasa chega a mais de 80. Isso nos leva ainda a outra divergência, que é a duração de cada série, que Brady aponta ser de 1.280 anos e a Nasa diz passar de 1.500 anos. Como este é um site de Astrologia e como estou mais familiarizada com as pesquisas da Dra. Brady, vou me reportar a ela. Mas este é um assunto que pretendo estudar mais a fundo para entender a origem da divergência entre essas duas fontes. Quando tiver tempo para pesquisar e cruzar os dados de Brady com os da Nasa e conseguir chegar às minhas próprias conclusões, voltarei a este assunto. Voltemos então às Séries Saros.

Assim como tudo que tem um início, cada Série Saros pode ter uma mapa levantado para seu começo, porque começou num determinado momento, no Pólo Sul ou Norte. Cada Série Saros contém de 71 a 72 eventos ou Eclipses Solares e cada eclipse da série irá reverberar e trazer presente a qualidade do tempo em que foi iniciada, como uma assinatura, como todo e qualquer mapa natal. Portanto, quando falamos de um eclipse, precisamos analisar não só as configurações e a qualidade do tempo em que aquele eclipse em particular acontece, mas precisamos trazer presente também o “mapa natal” da Série Saros a que ele pertence, para que possamos ter uma imagem mais fidedigna. Do contrário, como diz a Dra. Brady, seria como querer analisar a floresta inteira tendo uma mão cheia de folhas, sem saber a quais árvores elas pertencem – ou seja, a imagem estaria não só incompleta, mas muita confusa e a análise seria totalmente parcial e não acurada. Então, cada Eclipse Solar e seu resultante Eclipse Lunar trará consigo as qualidades da série a que pertencem, alguns sendo muito tensos e críticos, outros sendo mais fluidos e tranquilos, cada um deles tendo também temas específicos realçados pelas configurações do seu “mapa natal”. E mesmo que os Eclipses Totais sejam mais carregados e potentes, ainda assim, reverberarão as qualidades daquele Eclipse Parcial minúsculo que iniciou toda a série, ocorrido cerca de 650 anos antes.

Em resumo, de acordo com Bernadette Brady, cada Série Saros tem um ciclo de aproximadamente 1.280 anos, nascendo num Pólo e morrendo no pólo oposto. Cada série produz um eclipse a cada 18 anos e 9 ou 11 dias, e cada um desse eclipses acontecerá cerca de 10 graus à frente do anterior na escala zodiacal. Os eclipses mais potentes ou “totais” ocorrem quando a série está trafegando a eclíptica terrestre, ou seja, num “cinturão” de cerca de 320 anos, entre o anos 480 e 800 do início da série.

Tempo de vigência ou efeito dos eclipses

Os eclipses têm seus efeitos calculados em termos de tempo de formas diferentes para os solares e lunares. Christine Arens (5) afirma que para os eclipses lunares,  o número de horas representa o número de meses e os minutos representam o número de semanas em que o eclipse terá efeito. Os eclipses solares, por serem mais impactantes, têm seu efeito prolongado, o número de horas de duração do eclipse representa o número de anos e a quantidade de minutos representa os meses em que o eclipse terá efeito, sendo que cada 5 minutos corresponde a um mês, seja em mapas individuais ou na Astrologia Mundana. Ela estressa que o eclipse mais recente sempre terá efeito mais forte, uma regra aceita pela maioria dos astrólogos.

Astrologicamente falando…

Os eclipses são de suma importância para a Astrologia Mundana ou Mundial, porque têm grande impacto nos mapas de países, na economia e no coletivo em geral. Aliás, Bernadette Brady sugere em seu livro que se pesquise o desdobramento de uma Série Saros sobre o mapa de um país ou tendo um tema como pano de fundo, como por exemplo, ciência, arte, linguagem, ou qualquer outro tema que seja pertinente se pesquisar. Assim pode-se ter uma noção mais clara do impacto de uma série, visto que é impossível acompanhá-la no mapa de seres humanos, que vivenciarão no máximo 6 eventos de cada série em vigor e em média, 4. Contudo, Astrologia Mundana não é minha especialidade, então nos concentraremos nos efeitos e simbologia dos eclipses na Astrologia Natal. Portanto, tendo olhado os principais aspectos técnicos acerca dos eclipses, vamos agora olhar seus significados astrológicos e simbólicos.

Os eclipses, como as lunações comuns, também nos falam de um tempo de novos começos e semeaduras que, claro, representam também o fim de ciclos anteriores (Lua Nova/Eclipse Solar) ou fruição, pináculos, frutificação, auge e recompensas (Lua Cheia/Eclipse Lunar).

Mas eclipses não são necessariamente ruins e muitos na verdade têm efeitos muito positivos. Por isso não é preciso temê-los, mas antes, verificar qual área da vida está carecendo de mudanças para que não sejamos pegos de surpresa, e ao contrário, favoreçamos estas modificações pedidas pela vida. Eles propõem “sairmos de onde estamos para crescer, propõem uma mudança na percepção da vida na área do mapa que é eclipsada, oferecendo oportunidade de grande crescimento, embora não necessariamente sem sofrimento” – não lembro o autor desta citação. Desta forma, eclipses vêm nos obrigar a mudar aquilo que estivemos adiando. E como nós seres humanos, somos criaturas de hábitos, nós nos apegamos às circunstâncias e normalmente ficamos apavorados ante a mera idéia de mudar, mesmo quando estamos cientes de que a mudança é para melhor.

Outro ponto muito importante a se considerar é que lunações e eclipses tratam especificamente do tema relacionamentos, especialmente os eclipses lunares, já que as lunações contam a estória da relação entre o Sol (Masculino) e a Lua (Feminino). Porém isso não se dá somente no âmbito das relações afetivas, ou relações homem-mulher, mas em todo tipo de relacionamento humano em que há um EU e um TU, ou um NÓS e um ELES. Dependendo de onde o eclipse cai no mapa, sua influência será sentida, por exemplo, no eixo vida privada x vida profissional; ou na área dos meus valores x os valores dos outros; ou sua expressão individual  x a inserção nos grupos; e pode mesmo cair no eixo específico dos relacionamentos, a primeira e sétima casas.

Eclipses Solares e Lunares e seus efeitos diversos

Mas qual a diferença básica entre os eclipses solares e lunares? No Eclipse Solar, a luz do Sol é eclipsada pela Lua, ficando desaparecida, assim, sendo o Sol o centro da personalidade e da consciência, diz-se que a própria consciência (Sol) fica eclipsada temporariamente pelos instintos e sentimentos (Lua), podendo o indivíduo manifestar comportamentos compulsivos e muito reativos. Sendo assim, de acordo com Christine Arens (5), o Eclipse Solar favorece ao feminino, às mulheres e às fêmeas em geral e desfavorece ao masculino, aos homens em geral e a figuras de poder e autoridade.

Já no Eclipse Lunar acontece o contrário: a Lua é eclipsada pela Terra. Uma vez que a própria Lua Cheia já fala de conflitos e da necessidade de se alcançar um equilíbrio ou conciliação, poderia se dizer que a Terra fica como mediadora entre os instintos e a consciência. Mas sim, no Eclipse Lunar a consciência solar é favorecida e chega-se a muitas resoluções e decisões acerca de assuntos que vinham se arrastando anteriormente. O masculino, os homens e machos em geral são mais beneficiados quando da ocorrência dos eclipses lunares. 

A respeito disso, Brady diz que eclipses solares tendem a ter efeitos mais externos, significando eventos fora da pessoa, enquanto os lunares são mais internalizados e mais concernentes à vida emocional e  íntima do indivíduo. De qualquer forma, alerta ela, ponderações internas significadas por um eclipse lunar poderão levar a ações externas e efetivas geradas pela pessoa em questão. Assim, eclipses solares tratam de eventos precipitados de forma inconsciente; já os lunares são mais associados com eventos mais conscientes, que envolvem escolha, pensamentos e sentimentos dos quais o indivíduo está ciente.

Os efeitos dos eclipses também estão relacionados à sua localização no mapa natal e aqui temos dois tipos de análises:

1 – primeiro, trata-se dos eclipses que ocorrem ano a ano num dado eixo de casas e signos do mapa natal. Este movimento é determinando pelos Nodos Lunares em trânsito. Como dissemos acima, os Nodos levam cerca de 19 meses para trafegar um par de signos – não vamos esquecer, os nodos são um par de opostos! Assim, durante estes 19 meses,  todos os eclipses acontecerão no mesmo eixo de casas, salientando os temas daquelas casas e nos obrigando a adquirir mais consciência sobre seus assuntos e a forma como lidamos com eles em nossas vidas. Vamos dizer, por exemplo, que um indivíduo tenha Áries no Ascendente e consequentemente, Libra na casa 7 do mapa natal. Neste caso, este indivíduo teria esse eixo de casas enfatizado de fevereiro de 2014 até novembro de 2015, que é o período em que os Nodos estão trafegando estes signos. Entretanto, como a orbe para que ocorra um eclipse é bastante extensa (18°21′), não necessariamente todos os eclipses neste período serão em Áries ou Libra, podendo ocorrer no eixo anterior, de Virgem e Peixes, como é o caso do eclipse do dia 13 de setembro, o que inclui neste caso hipotético as casas 6 e 12 do mapa natal, que serão as próximas realçadas quando os Nodos migrarem em novembro, até mais 19 meses.

2 – a segunda maneira de os eclipses destacarem casas e signos no mapa natal é observando o desdobramento de uma Série Saros. Como já dissemos, a cada 18 anos e 9 ou 11 dias acontece um eclipse de uma dada série num certo grau de um signo e 18 anos depois, outro eclipse acontecerá 10 graus depois. Se conseguimos verificar com cuidado, poderemos estar cientes dos temas que são desencadeados novamente, que certamente estarão relacionados com o ciclo anterior, provavelmente no mesmo par de casas do mapa natal. O eclipse do dia 13 de setembro que acontece a 20° de Virgem, por exemplo, pertence à Série Norte 18 ou 125 de acordo com a Nasa. Os últimos eclipses desta série aconteceram em 01/09/1997 (02/09/1997 para Lisboa) a 09° de Virgem; 22/08/1979 a 29° de Leão; 11/08/1961 a 18° de Leão e assim sucessivamente. Assim, podemos olhar lá atrás e rememorar o que acontecia em nossas vidas para termos uma ideia de quais temas este eclipse trará à tona novamente. O próximo eclipse desta série acontecerá em 23/09/2033, a 00° de Libra.

Há ainda uma outra forma, muito potente de sentir os efeitos de um eclipse no mapa natal. Quando um eclipse cai em aspecto próximo a um planeta, e aqui são considerados apenas os aspectos maiores – conjunção, sextil, quadratura, trígono e oposição, com orbes máximas de 5 graus – ou a um ângulo, este eclipse certamente terá grande repercussão na vida do indivíduo e será sentido de forma enfática, tanto nos assuntos regidos pelo planeta em questão, quanto na área de vida representada pela casa em que o eclipse cai, quanto as áreas de vida representadas pela casa em que o planeta se encontra, assim como pelas casas regidas pelo planeta que é aspectado pelo eclipse. Se estes efeitos são tensos ou fluidos, depende de vários fatores, entre eles, o tipo de aspecto que o eclipse faz ao planeta; o posicionamento geral do planeta no mapa; a Série Saros específica a que pertence o eclipse, assim como as configurações do eclipse individual.

Concluindo, os eclipses representam um momento único de conscientização na atividade humana, portanto, trazem em si grande potencial de crescimento e iluminação, por mais estressantes que sejam ou pareçam. Eles vêm salientar assuntos e áreas de vida de acordo com os signos e casas em que acontecem e com os planetas que tocam, demandando mudanças e alterações na forma como gerimos e vivenciamos estas áreas de vida. Representam oportunidades e portanto, demandam exame interior para que sejamos capazes de agarrar tais oportunidades. No caso de eclipses solares, há uma qualidade fatalista a respeito deles, devido à forte carga inconsciente e assim exigem maior aprofundamento e cautela para não nos tornarmos vítimas de nossas compulsões, instintos e inconsciência.

Abaixo há uma lista dos efeitos e temas precipitados por casa onde ocorre um eclipse no mapa natal (6):

Casa 1 – Casa angular e super importante onde o eclipse se faz notar de forma inquestionável, especialmente se conjunto ao Ascendente. Período de grande ênfase e destaque pessoal. A energia e o entusiasmo ficam acentuados e você se sente fazendo maior impacto no ambiente e no mundo em geral. Pode ser um bom período para fazer mudanças na aparência física. É um ciclo para se destacar e aparecer – se esse destaque é positivo ou negativo vai depender das ações e atividades desenvolvidas até aqui, assim como dos aspectos que o eclipse possa fazer a planetas natais.

Casa 2 – A ênfase aqui recai sobre os valores, sejam eles materiais ou imateriais. Finanças, posses, patrimônio material vêm para a linha de frente e “eventos” podem se precipitar ligados a ações passadas. Pode ser um bom período para reavaliar investimentos e a gestão dos recursos; para aprender uma nova habilidade que se transforme também em recurso e valor; especialmente para refletir sobre nossos valores mais essenciais e como eles influenciam nossas decisões e escolhas.

Casa 3 – O foco recai sobre estudos e aprendizados, que serão, ou não, estimulados e favorecidos, dependendo dos aspectos do eclipse. Comunicação, veículos, viagens curtas, viagens diárias para o trabalho e deslocamentos em geral também são influenciadas por estas energias. Irmãos e parentes próximos podem também se tornar foco da nossa atenção por diferentes motivos.

Casa 4 – Outra casa angular onde o eclipse tem maior ênfase. Assuntos ligados à família de origem, assim como à família formada pelo indivíduo. Mudança na relação com a figura paterna, que pode ter seu poder e autoridade ofuscados de alguma forma. A atenção é para os assuntos domésticos, do lar e da casa física em que se mora, assim como para a faceta mais íntima da vida privada. Reformas e mudanças na residência são possíveis.

Casa 5 – A criatividade e expressão pessoal recebem grande injeção de ânimo, assim como os romances e atividades de lazer e relaxamento. Filhos, como expressão mais óbvia de nossa criatividade também se tornam o centro das atenções, especialmente o filho mais velho; novas atividades criativas ficam favorecidas, como artes, danças, música, etc. Aconselhável ter cuidado com especulações e jogos de azar. E claro, se as manifestações são benéficas ou estressantes, depende das variáveis do eclipse.

Casa 6 – Trabalho diário, emprego, colegas de trabalho, relação com empregados e servidores, saúde, corpo, cotidiano, bichos de estimação… Todos estes assuntos ficam realçados com um eclipse solar nesta casa. É um momento de avaliar com seriedade a forma como cuidamos da saúde e especialmente avaliar o impacto de maus hábitos sobre ela, como fumar, por exemplo. Reorganização do local de trabalho assim como programas de reeducação alimentar ficam beneficiados.

Casa 7 – Outra casa angular. Todas as relações próximas ficam sob os holofotes, sejam parcerias afetivas ou de negócios, assim como amigos mais chegados e também os tais “inimigos declarados”. Propostas de casamento ou de sociedades são possíveis, assim como rupturas, dependendo de como o eclipse “conversa” com o resto do mapa e dos demais movimentos que estejam acontecendo neste mapa.

Casa 8 – Casa dos valores dos outros, da morte (não necessariamente literal) e renascimento, de crises, de impostos, seguros e heranças. E também do sexo como expressão da parceria íntima. Então todos estes assuntos podem demandar nossos cuidados e nosso tempo, trazendo benefícios ou preocupações. O período pode ser particularmente “quente” sob os lençóis e novos amantes podem aparecer à nossa porta.

Casa 9 – As viagens de longa distancia, assim como as buscas espirituais e a mudança de crenças ocupam nossa atenção quando um eclipse cai nesta casa. Cursos superiores e vida acadêmica, assim como publicações também estão enfatizados. Os parentes do cônjuge também são vistos aqui e podem representar problemas ou alegrias. Novos conhecimentos que expandem a consciência podem ser iniciados a partir de novos contatos ou até mesmo por um livro que começamos a ler.

Casa 10 – A ultima casa angular, de suma importância. A casa da nossa imagem pública, da carreira, da vocação e também da mãe ou da figura materna arquetípica. Podemos ser promovidos ou demitidos sumariamente; podemos ficar literalmente sob os holofotes em situações públicas e que agregam valor à nossa persona pública e status profissional. Publicidade gratuita pode nos favorecer. Eventos ligados à mãe também podem nos afetar.

Casa 11 –  Um eclipse nesta casa pode indicar um período bom para se iniciar novas amizades, participar de grupos e associações que sempre quisemos mas nunca tomamos a atitude. Aqui vemos os amigos e as relações sociais, que obviamente ganham ênfase especial. As esperanças de futuro e projetos de longo prazo também ficam favorecidos, ou sua realização, reavaliação ou desilusão.

Casa 12 – Possivelmente a casa mais difícil de expressão de um eclipse. A casa da introspecção e do inconsciente. Esqueletos tendem a sair do armário e demandar que lidemos com eles; tabus familiares ou raciais tendem a cair no nosso colo de graça, e não podemos mais fingir que não os vimos; é uma casa de serviço, então somos convidados a prestar serviços que implicam sacrifício ou oferenda de nosso tempo e energia em favor de outros. Podemos nos sentir particularmente introspectivos e sentir o desejo de isolamento e reclusão.

Fontes pesquisadas

  • (1) VERDET, Jean-Pierr – O Céu, mistério, magia e mito – Objetiva
  • (2) BRADY, Bernadette – The Eagle and the Lark – Predictive Astrology – Weiser Books
  • (3) GREEN, John – Eclipses – Apostila do Foundation Course do Centro de Astrologia Psicológica de Londres, CPA.
  • (4) Site da Nasa sobre eclipses: http://eclipse.gsfc.nasa.gov/eclipse.html
  • (5) ARENS, Christine – Eclipses – Webinar promovido por Kepler College em 05/04/2013
  • (6) RUSHMAN, Carol – Predictive Astrology – Llewellyn
  • (7) MICHELSEN, Neil F. – The American Ephemeris for the 21th Century – Starcrafts Publishings
  • (8) www.astro.if.ufrgs.br 

mariaeunicesousa

Maria Eunice Sousa é astróloga de orientação psicológica, formada pelo Centro de Astrologia Psicológica de Londres, fundado e dirigido por Liz Greene. Mora em Cuiabá, onde atende com Astrologia, trabalhando também como tradutora e intérprete (Inglês-Português). Além de Mapa Natal e Revolução Solar, também atende com Astrocartografia e Espaço Local (formada pelo Kepler College), Mapa Infantil, Mapa de Relacionamento e Mapa Vocacional.

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